Um dos mais intrigantes relatos do
antigo testamento é o decálogo de calamidades que atingiu a terra do Egito,
devido à resistência de Faraó em conceder a liberdade aos escravos hebreus. Mas
qual é a verdade intricada na manifestação destas pragas? Por que Deus optou
pelo uso punitivo de insetos? Por que 10 flagelos?
Através deste estudo publicado
originalmente pelo site bíblia.com.br,
vamos buscar respostas para este enigmático evento, que assombrou o mais
poderoso reino da Terra e explicitou a soberania do grande “Eu Sou”.
O
que representavam as 10 pragas do Egito?
Estas terríveis pragas tiveram por fim levar Faraó
(Faraó, era o título dado ao monarca do Egito) a reconhecer e a confessar que o
Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima da nação mais poderosa
que era então o Egito (Êxodo 9:16; I Samuel 4:8) cujos habitantes deveriam ser
julgados por sua crueldade e grosseira idolatria. Porém, poucos conhecem um
importante aspecto dos planos de Deus para aquele povo e para os nossos dias.
Além da principal finalidade, relatada na Bíblia, que é libertação do povo de
Israel, cativo do Faraó, as 10 pragas tiveram grande importância sobre os
habitantes do Egito. Deus estava desafiando os deuses egípcios. E como se deu
isso? A resposta é simples. Imagine: Por que Rãs, Gafanhotos, Águas em Sangue,
Chuva de Pedras…? O certo é que Deus queria falar algo mais. O Deus de Israel
estava se revelando ao Seu povo e ao Império Egípcio. Cada praga era
direcionada a divindades, conforme a credibilidade do povo em confiar nesses
“falsos senhores”.
Água em Sangue - (Êxodo 7:14-24)
A primeira praga, a transformação do
Nilo e de todas as águas do Egito em sangue, causou desonra ao deus-Nilo, Hápi.
A morte dos peixes no Nilo foi também um golpe contra a religião do Egito, pois
certas espécies de peixes eram realmente veneradas e até mesmo mumificadas.
Rãs - (Êxodo 8:1-15)
A rã, tida como símbolo da fertilidade
e do conceito egípcio da ressurreição, era considerada sagrada para a deusa-rã,
Heqt. Assim, a praga das rãs trouxe desonra a esta deusa.
Piolhos
- (Êxodo 8:16-19)
A terceira praga resultou em os
sacerdotes-magos reconhecerem a derrota, quando se viram incapazes de
transformar o pó em borrachudos, por meio de suas artes secretas. Atribuía-se
ao deus Tot a invenção da magia ou
das artes secretas, mas nem mesmo este deus pôde ajudar os sacerdotes-magos a
imitar a terceira praga.
Moscas
- (Êxodo 8:20-32)
A linha de demarcação entre os egípcios
e os adoradores do verdadeiro Deus veio a ficar nitidamente traçada da quarta
praga em diante. Enquanto enxames de moscões invadiam os lares dos egípcios, os
israelitas na terra de Gósen não foram atingidos pela praga. Deus algum pôde impedi-la,
nem mesmo Ptah, “criador do
universo”, ou Tot, senhor da magia.
Peste sobre os animais - (Êxodo 9:1-7)
A praga seguinte, a pestilência no
gado, humilhou deidades tais como: Seráfis
(Ápis) – deus sagrado de Mênfis do gado, a deusa-vaca, Hator e a deusa-céu, Nut,
imaginada como uma vaca, com as estrelas afixadas na sua barriga. Todo gado do
Egito morreu, mas nenhum morreu de Israel.
Ulceras sobre os Egípcios - (Êxodo 9:8-12)
Deus nesta praga zombou a deusa e
rainha do céu do Egito, Neite.
Moisés jogou o pó para o céu que deu um tumor ulceroso na pele do povo que doeu
demais. Os magos também pegaram a doença e não puderam adorar a sua deusa e
rainha religiosa. Israel novamente foi poupado dessa praga.
Chuva de Granizo - (Êxodo 9:13-35)
A forte saraivada envergonhou os deuses
considerados como tendo controle sobre os elementos naturais; por exemplo, Íris – deus da água e Osíris – deus de fogo.
Gafanhotos
- (Êxodo 10:1-20)
A praga dos gafanhotos significava uma
derrota dos deuses que, segundo se pensava, garantiam abundante colheita. Deus
encheu o ar de gafanhotos. Os deuses egípcios (Xú – deus do ar e Sebeque
– deus-inseto) não puderam fazer nada para não deixar acontecer.
Escuridão Total - (Êxodo 10:21-23)
Com esta praga Deus derrubou o deus
principal do Egito, Rá, o deus-sol.
A palavra Faraó significa sol, ele era um deus. Egito ficou nas trevas que
chegavam a ser palpáveis, durante 3 dias, mas Israel ficou na luz.
Morte de todos os
Primogênitos - (Êxodo 11-12)
A morte dos primogênitos, inclusive
entre os animais dos egípcios, resultou na maior humilhação para os deuses e as
deusas egípcios. Os governantes do Egito realmente chamavam a si mesmos de deuses,
filhos de Rá ou Amom-Rá. Depois disto todos souberam que Deus era o Senhor e Seu
nome ficou anunciado em toda a terra. Deus destruiu todo deus falso do Egito.
Na morte do primogênito Deus mostrou que Ele tem na Sua mão o poder de morte e
de vida. O Faraó tinha pretensão de ser adorado, de ser uma divindade. O
primogênito era, em potencial um faraó, pois era o herdeiro do trono. Deus
demonstrou a falsa deidade de Faraó e seu filho.
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