Texto Áureo
Chamou Moisés a Josué e lhe disse
na presença de todo o Israel: Sê forte e corajoso; porque, com este povo,
entrarás na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais; e tu
os farás herdá-la.
Deuteronômio 31:7
Verdade Aplicada
Não deixar um legado é como
roubar o futuro da próxima geração. Líderes sem legado são líderes sem
história.
Texto de Referência
Números 27:15-20
Então, disse Moisés ao Senhor:
Ó Senhor, autor e conservador de
toda vida, ponha um homem sobre esta congregação, que saia adiante deles, e que
entre adiante deles, e que os faça sair, e que os faça entrar, para que a
congregação do Senhor não seja como ovelhas que não têm pastor.
Disse o Senhor a Moisés: Toma
Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos;
apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação; e
dá-lhe, à vista deles, as tuas ordens.
Põe sobre ele da tua autoridade,
para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel.
Construindo um
legado
Nossa vida nesta Terra
é extremamente curta, sendo chamada pela Bíblia de brisa, sopro e uma pequena
planta que nasce e rapidamente morre. Na pratica, temos pouquíssimo tempo para
realizar a missão que nos foi confiada, e por mais que consigamos avanços consideráveis,
infelizmente alguma coisa sempre fica para traz. É inegável que nossos dias
estão relativamente mais curtos, e nossas “horas” se tornaram artigo de luxo.
São tantas as ocupações e preocupações que fica praticamente impossível
administrar o tempo disponível para atender tamanha demanda. Atividades diárias
se acumulam sobre nossas costas e nos obrigam a estabelecer prioridades, o que
fatalmente fará com que momentos importantes e decisivos sejam sublimados pelo
cruel carrasco cronológico. A modernidade impõe um julgo praticamente desumano
sobre o individuo, e essa imposição é aumentada sobre o líder cristão, que
precisa mensurar em poucas horas o teórico e o pratico, a ação e a reação, o
planejamento e a execução, o material e o espiritual, a vida secular e o
ministério.
Devido à necessidade de se fazer mil coisas em um período
relativamente escasso, é que muitas vezes, coisas importantes ficam sem fazer. Em
suma, toda esta realidade se encerra na mais pragmática das revelações: é
impossível fazer tudo sozinho. Mas esta
não é uma verdade pertinente apenas aos nossos dias, pois desde a antiguidade,
os textos sagrados explicitam a necessidade do trabalho em equipe, em referências
como as encontradas em Provérbios 24:6, Eclesiastes 4:9-10, Isaías 41:6 e Lucas
10:1. Já no Éden, a existência da vida humana foi drasticamente reduzida em
decorrência do pecado (Gêneses 2:17), e mais nenhum homem conseguiu ser pleno
em realizações, pois nossa vida se finda antes de nossas ambições. Assim, cada
pessoa aproveita o “gancho” deixado por outros, para a partir deste ponto
começar a desenvolver algo pessoal e possivelmente relevante, que chamará a
atenção da próxima geração, que usará este novo “gancho” para suas próprias
inovações. Tem se então a verdade por traz do jargão: Neste mundo nada se inventa, mas se copia.
A grande preocupação
que devemos ter, se divide em duas etapas. Na primeira avaliamos se nossas
ações honram o que foi construído pelos patriarcas que sucedemos, e também, se
estamos construindo algo realmente sólido para a posteridade. Ninguém é pleno
sozinho... Ninguém consegue ser completo no isolamento. Precisamos trabalhar em
conjunto com os que foram e com os que serão, afim de construir uma história e
perpetrar um legado. Como do passado nada se pode alterar, nosso estudo foca em
como podemos construir o hoje para a gente do amanhã.
Um pai responsável sempre age
pensando em deixar uma herança para seus filhos. Em relação à organização
Igreja, um líder deve ver a si mesmo como um pai que busca deixar tesouros para
seus filhos (II Coríntios 12:14). Nós seres humanos fomos criados para
reprodução (Gêneses 1:28). Nossa história não termina em nós, daí a necessidade
de compreendermos o que significa deixarmos um legado para a posteridade. Um
líder sábio trabalhará pela sua igreja, departamento ou organização secular
para que elas se mantenham depois dele, não se acabe quando ele sair ou venha a
falecer. Todo líder cristão que tem Jesus como modelo procura deixar um legado.
É claro que para que isso aconteça eficientemente não dependerá apenas do
líder, mas de sua equipe, diretoria, e do próprio sucessor.
O que é um legado?
Liderança
é algo absolutamente pessoal. Ou se exercita ou se renuncia. Todavia, existe
uma terceira coisa que pode ser feita, passá-la a um sucessor. Esse é realmente
um dos maiores desafios de nossos tempos. O legado é uma herança que se deixa
para alguém quando morre. Legado nada mais é do que deixar alguém pronto para
dar seguimento ao que já estava sendo feito, para que tal coisa não seja
desprezada e desapareça com o tempo. Todo líder de uma grande organização
dirige com o hoje e o amanhã em sua mente. Jesus preparou seus discípulos não
apenas para caminhar a seu lado, mas para dar seguimento ao que fazia quando
partisse. Jesus não deixou templos nem riquezas para seus discípulos
administrarem, mas deixou um pensamento e uma cultura que deveria ser compartilhada
através deles e daqueles que a recebessem (João 17:20). Um grande líder pensará numa maneira de
manter sua igreja ou organização quando não estiver por perto. Assim, será
ousado em inovar buscando adequar-se aos novos tempos e desafios. Poderá também
usar de sua influência para preparar o caminho de seu sucessor e até indicá-lo
em acordo com sua diretoria ou equipe.
Lembremos que, sob
a direção de Deus: Moisés, Elias, Jesus e Paulo se utilizaram de suas
influências para deixar um sucessor. E os sucessores desses
homens se esforçaram para honrar a confiança a eles outorgada
cumprindo o seu papel. A única forma de desenvolver uma ampla liderança
é fazer com que a formação de novos lideres faça parte da nossa cultura.
Observe que a preocupação de Moisés não era ficar de fora da terra da promessa,
sua preocupação era o que aconteceria ao povo, quem o sucederia, quem iria dar
continuidade a partir dali (Números 27:15-17). Líderes passam a visão para as
gerações futuras. Por isso, é importante preparar alguém, porque a vida é
breve, e a partida é sempre repentina. Qualquer líder que deseje ver sua
organização progredir, deve estar disposto a pagar o preço para assegurar um
êxito duradouro. Moisés pode partir em paz, porque sabia que Josué honraria seu
legado. Mas será que o sacerdote Eli poderia dizer o mesmo? Fica aqui uma
pergunta: líderes que não prepararam outros, viveram para quê?
Os
líderes passam a compreender a importância de um legado quando são sucedidos
por outros que afundam ou destroem aquilo que construíram com amor, suor e
muitas lágrimas. Nessa hora a indignação toma conta da vida de um líder.
Todavia, deveria pensar em uma coisa importante. Se realmente houvesse feito um
bom trabalho naquela igreja ou organização, não importaria quem viesse liderar
depois dele. Pois qualquer um que assumisse, estaria apto para levar adiante
aquele propósito inicial. E aí que pecamos! Sabemos construir templos, sabemos
reformá-los, dar-lhes dimensão e aparência. Mas, infelizmente, deixamos a
desejar no tratamento de almas e morremos muitas vezes sem sucessão. Talvez
essa reflexão nos faça compreender melhor o significado de um legado, e porque
Moisés buscou a Deus pedindo um líder capaz (Números 27:15-17). Todo líder um dia deixará sua organização de
uma maneira ou de outra. Por uma ascensão ministerial, para atender um chamado
urgente, por ser jubilado, e, ainda que se negue a jubilar-se, um dia vai
morrer. Por isso, um líder deve estar enfocado na próxima geração. Deve
preparar sua organização para enfrentar um futuro inevitável.
Muitos acreditam que um
exército de ovelhas lideradas por um leão, venceriam facilmente um exército de
leões liderados por uma ovelha. Isto porque o líder tem a capacidade de moldar
seus liderados de acordo com sua própria mentalidade. Esta dádiva é uma faca de
dois gumes, pois quando não usada com sabedoria se torna em maldição. Líderes
fracos fatalmente forjarão grupos fracos, e líderes fortes, fortaleceram seus
liderados, por mais fracos que sejam. Este princípio vale para qualquer outra
esfera de ação, tais como o empreendedorismo, a dedicação, a inventividade e a
pró atividade. O líder sempre ira ditar o ritmo da caminhada de seus
liderados. Um dos primeiros e mais
visíveis sintomas de uma liderança doentia, é que ela se concentra e se implode
em seu próprio epicentro, já que na ausência de confiança em seu próprio
liderar, o mau líder se nega a investir em alguém que pode substituí-lo e
retirar de sua mão a autonomia e o poder. Em algumas organizações, como por
exemplo no exército americano, um líder que seja julgado por sua própria tropa,
como inapto para comandar, pode ser declarado incapaz, e em seu lugar, o
segundo em comando assume o posto. Muitos líderes querem a todo o custo evitar
que seus liderados tenham este tipo de discernimento, e para isso, não investem
em jovens obreiros promissores, não preparam sucessores e nem municiam seu povo
com o conhecimento, pois entende que essas ferramentas da boa liderança, podem tornar-se
em armas contra ele. Mas o sucesso definitivo de um líder é exatamente a obra
realizada por seus discípulos. Um grande e maravilhoso exemplo desta verdade é
o próprio Jesus. Seu ministério terreno foi curto, com aproximadamente três
anos de duração, porém, o mestre dos mestres dedicou este período a preparar
seus sucessores em todos os aspectos, afim de que pudessem continuar sua obra
quando estivesse ausente. E foi exatamente isto o que aconteceu. Com sua
ascensão aos céus, os seus discípulos (alunos) se tornaram apóstolos (enviados),
e deram seguimento ao trabalho iniciado na Terra pelo Messias.
Vale lembrar que
no momento em que a Igreja como uma instituição foi oficialmente inaugurada,
conforme relato de Atos 2, Jesus já não estava presente em corpo físico, mas o
legado por ele construído, deu embasamento para que seus pupilos assumissem a
liderança da obra, e com o direcionamento do Espírito Santo, mudassem o mundo
para sempre. Jesus, como o maior líder que já existiu, conseguia olhar homens
aparentemente desqualificados e enxergar seu potencial adormecido. Então,
sabendo que seu tempo estava findando, ele não media esforços para instrui-los
e apronta-los, e seu esmero em preparar sucessores foi tão bem sucedido, que
aqueles discípulos arrebanhados na Galileia são hoje reconhecidos como
fundamentos da grande Família de Deus, na qual Jesus é a pedra angular (Efésios
2:20). O grande sucesso da liderança de Jesus é que nem mesmo a sua morte pôs
fim ao seu ministério. Haviam homem preparados por ele para dar seguimento ao
seu projeto salvador. Paulo salienta que cada um tem seu papel nesta grande
obra. Uns plantam, outros regam, mas é Deus quem faz crescer (I Coríntios 3:6).
Somos
capazes de descobrir quantas sementes existem em uma laranja, mas é impossível
saber quantas laranjas existem em cada semente. Essa é uma descoberta de quem
planta. O que seria das próximas gerações de árvores e de frutos se a semente
não fosse plantada? Deixar um legado é exatamente isso, é plantar para que a
próxima geração produza muito mais frutos que a anterior. É pensar na
perpetuação da espécie. Para isso um líder precisa ser um catalisador.
Um líder catalisador
Cientificamente,
o catalisador é uma substância que afeta a velocidade de uma reação, mas emerge
do processo, inalterada. O catalisador é um agente transformador que se mantém
intocável no curso de sua função. É uma enzima que se reproduz sem nunca ser
alterada. Ele é como a matriz de uma produção, que a partir dela tudo se
reproduz. Ou seja, o catalisador utiliza o que já existe, precisando apenas do
pouco para produzir bastante. Sem enzima catalista a reação biológica mais
lenta levaria um trilhão de anos para entrar e um processo de transformação. O
maior exemplo de líder catalisador é Jesus Cristo. Ele levou três anos e meio
para formar doze pessoas. Nós levaríamos um milhão de anos para fazer o mesmo.
E por quê? Por causa de nossa incapacidade de reproduzir. Os catalisadores formam
sucessores e não seguidores. Eles não são influenciados, eles confrontam.
Havendo catalisadores, ocorrerão mudanças e transformação. Um líder catalisador
não toma a visão para si, ele doa para o povo. Muitos líderes têm fracassado
porque em vez de passar a visão querem que o povo siga suas personalidades.
Nossa imagem é passageira, enquanto que a visão é gerações. Nós somos
temporários. A visão não. Ela é pessoal, não é nossa, é para os filhos que
ainda não nasceram.
Podemos
dizer que tôo líder catalisador se torna um pai. Um pai porém, não cria filhos
para si mesmo. Entenda! Não casaremos com nossos filhos, eles não viverão para
sempre em nossa casa; um dia deverão seguir seus próprios destinos. Essa é a
visão de um catalisador. Ele sabe que deve preparar alguém para alguém. O que
esperamos de nossos filhos? O pai não deseja que seus filhos sejam como eles.
Os pais trabalham no intento de que seus filhos avancem, progridam e alcancem
degraus sempre mais elevados. Para isso devem lhes dar mantimento, vestimenta,
educação e prepará-los para enfrentar os desafios da sociedade. Agora a
pergunta é: fazemos assim com os nossos filhos espirituais? Cuidamos deles ao
ponto de que possam assumir nosso legado e ir em frente? Investimos em vidas?
Ou somente pregamos a Palavra achando que isso é tudo?
Todo
líder catalisador é influente. Ele não busca nada em outro lugar, ele
influencia com o que existe em suas propriedades sem deixar que sua propriedade
seja alterada. Jesus influenciou o mundo sem jamais ser influenciado. Jesus
jamais precisou copiar o modelo de alguém. Ele era o verbo, a ação (João 1:1).
O fato de saber que Ele habita em nós, nos dá a garantia de que temos em nós a
mesma unção que estava sobre Ele. Não precisamos ficar imitando modelos, eles
dão certo dependendo da visão, do local, e da pessoa a quem o Senhor quis se
revelar. A maior descoberta está no potencial que existe dentro de cada um de
nós. Infelizmente nos apaixonamos pelos nossos próprios métodos e modelos de
culto. Achamos que estamos fazendo a obra, mas, na verdade, só estamos tendo
enfado e cansaço. É tempo de criar! O potencial para criação já nos foi dado, e
está vivo dentro de cada um.
Preparando um
sucessor
Os
filhos de Israel eram uma enorme congregação que já se contava aos milhões nos
dias de Moisés. Sabendo Moisés que, por determinação divina, não duraria muito
mais, tomou as providências no sentido de preparar um sucessor. É claro que, ao
saber que não entraria mais na terra prometida, Moisés se entristeceu muito,
afinal tinha investido toda a sua vida naquilo. Ele orou para que Deus
reconsiderasse a sua determinação, mas ao contrário, Ele permaneceu irredutível
e passou a orientar-lhe no que fazer. Sabiamente Moisés ora ao Senhor, autor e
conservador de toda vida, para que desse um líder ao seu povo, para que não ficassem
como ovelhas dispersas. Então, o Senhor Deus ordenou a Moisés que tomasse a
Josué, filho de Num, homem em que há o Espírito. Evidentemente, que era o
Espírito Santo e também alguém que já tinha afinidade com o espírito de Moisés.
Uma das atitudes mais importantes para que Josué viesse a aceitar e a
permanecer na liderança foi o seu fortalecimento. Deus diretamente ordenou que
Moisés fizesse todo um trabalho para o estímulo de Josué. Ele deveria ser
apresentado a Eleazar, o sacerdote e perante toda a congregação. Ao receber a
imposição de mãos e as orientações diante de todos, Josué estava sendo
legitimado como sucessor de Moisés (Números 27:21-23). Todos a partir dali
deveriam respeitá-lo de um modo diferente depois daquela legitimação. Não se
sabe quanto tempo Moisés ainda viveu a partir dali, porém, tudo estava
encaminhado agora. O exemplo de Moisés fala por si só e ensina qual é o
procedimento correto nessa questão. Não precisamos ter que morrer para que se
busquem, às pressas, alguém para substituir-nos, devemos também ter em mente a
hora de passar o bastão.
Porém, uma verdade a ser ressaltada é
que toda sucessão tem um tempo determinado. Todo líder que pensa no avanço e na
progressão do Reino de Deus deve identificar a fase que está vivendo. Precisamos
saber quando o tempo acabou, quando é a hora de parar, o momento de eleger
alguém e o que Deus nos permite fazer ou não. Existe labores que a fase não nos
permitirá fazer, porque não é o tempo, ou porque não seremos nós que iremos
executar. Um grande exemplo para nós é Davi. Ele foi guerreiro, organizou os
exércitos de Israel, fundou Jerusalém. Mas não pôde construir o templo. Não era
sua fase. Isso era para Salomão, seu filho, executar. Davi só pôde ofertar e
não construir. Mas ele desanimou? Não. Ele fez o que faz um bom líder. Ele
proveu de tudo para o que vinha depois dele. Um bom líder não deixa dívida para
o próximo. Dá-lhe meios para que execute. A geração de Josué foi muito
diferente da geração liderada por Moisés. Josué era mesclado, possuía
autoridade e sabedoria como Moisés e, sem perder suas características
particulares. Mas o principal não era ser igual, mas seguir adiante com a nova
fase do projeto divino. Existem períodos exatos para cada coisa acontecer (Eclesiastes
3:1). Temos que aprender a identificar esses períodos - estar sensíveis ao
tempo de Deus.
Muitos são os exemplos bíblicos sobre a importância de um legado.
Como já foi citado, Jesus preparou um grupo de doze homens para dar
continuidade na construção as bases do cristianismo, e o resultado podem ser
visto nos milhares de cristãos espalhados pelo mundo. Outros patriarcas também
cuidaram de perpetuar o seu legado nas próximas gerações. Por exemplo, é
impossível desvincular uma das outras, as histórias de Abraão, Isaque e Jacó,
que ao continuarem o trabalho do antecessor, ainda lançaram novos fundamentos
para os que viriam, e com isto deram origem a grande nação de Israel. Moisés
orou ao Senhor pedindo um substituto e viu em Josué a pessoa perfeita para
assumir o cargo. Fez dele seu homem de confiança, ensinou-lhe a liderar e coube
à Josué, a honra de levar a nação israelita para a reconquista da terra
prometida. Ao ser proibido pelo Senhor de construir o templo que tanto sonhava
por ter mãos sanguinárias, o rei Davi tratou de fazer todos os preparativos
para a construção, desde o terreno até os materiais, e seu filho Salomão
construiu uma das sete maravilhas do mundo antigo, recebendo em seu templo, a
glória do Senhor. Elias preparou Elizeu para seu um dos maiores embaixadores de
Deus em seu tempo, e inclusive o instrui no que deveria fazer para se tornar um
profeta ainda maior que ele mesmo. Em resposta, Elizeu fez conforme fora
ensinado e realizou o dobro dos milagres de seu professor. Discípulos fazendo discípulos (Pedro e Marcos
– Paulo e Timóteo), essa tem sido a máxima da igreja em todos os tempos, e o
segredo de seu grandioso crescimento universal. Estamos neste mundo para
aprender e para ensinar. É enganoso o coração de quem acredita que “esconder”
conhecimento o fará melhor que os demais. Isto apenas o torna mesquinho e
egoísta. O homem de Deus que de graça recebe tantas dádivas tem o prazer (e a
obrigação), de passar às próximas gerações tudo o que recebeu gratuitamente.
Paulo poderia guardar para si todos os ensinamentos que receberá do Senhor em
loco, quando esteve no terceiro céu. O apostolo, porém, ao mesmo tempo em que
soube guardar segredos sobre as “revelações” pessoais que eram só dele; fez
questão de compartilhar com a humanidade todas as coisas que tinha aprendido com
o Senhor (I Coríntios 11:23). Passado quase dois milênios, ainda estamos
bebendo na fonte aberta por Paulo, aprendendo com ele e repassando este
conhecimento aos novos na fé. Um ciclo que começou em Cristo e jamais terá fim,
pois teremos uma eternidade para aprender coisas novas com Jesus. Esta é a
beleza de um legado. Esta é a obrigação de todo homem de Deus.
Uma coisa
deve ficar muito clara. O maior legado de um líder é trabalhar para que a
igreja ou organização se mantenha depois dele, tendo a alegria e o zelo em
preparar e deixar alguém que ame a Deus, respeite o povo, e siga a visão
deixada pelo seu legado.
Para conhecer com maior profundidade o perfil bíblico de um líder, participe neste domingo (21/09/2014), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 92
Liderança Cristã : Editora Betel
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
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