As próximas semanas da Quarta Forte irão impactar
Estiva Gerbi e região. Serão verdadeiras festas de louvor e adoração que
celebram ao Senhor Jesus por mais um ano vitorioso deste laborioso trabalho. E
na noite deste quarta-feira, 23 de novembro de 2016, a primeira noite especial
contou com a participação de diversas caravanas de nossa região, que
superlotaram nossa sede regional para um momento inesquecível de adoração, que
certamente marcará a vida de todos nós. Muitos pastores e itinerantes também
marcaram presença na celebração, que contou ainda com a participação da Casa Orebe e do Grupo
de Pandeiros Estrela de Davi (IEAD Jd. Nova Odessa - Mogi Guaçu).
Com o cantor Lucas
Paulo nos louvores, o coração de toda igreja logo se quebrantou aos pés do
Senhor, criando uma atmosfera de adoração envolvente. E assim, em constrição e
quebrantamento, a congregação estava preparada para ouvir uma palavra
impactante ministrada pelo seminarista internacional, Pr. Sineilton Leal.
João 5 nos conta a história de um homem, enfermo a
trinta e oito anos, aguardando nas dependências do Tanque de Betesda, que as
águas fossem agitadas por um anjo, porque acreditava que se fosse o primeiro a
descer no tanque, seria imediatamente curado. Porém, os anos se passaram, ele
envelheceu e sua enfermidade apenas se agravou. Talvez sua maior frustração
residia no fato que em todos estes anos, ninguém jamais se prontificou a ajudá-lo
na descida as águas. Porém, sua história iria mudar completamente num encontro
inesperado com um certo nazareno.
Aquele homem já estava enfermo a alguns anos,
quando uma estrela brilhou nos céus de Belém anunciando o nascimento de alguém que
anos depois teria um encontro marcado com ele. Aquele homem talvez estivesse se
contorcendo em dores, enquanto os olhos do sacerdote Simeão marejavam de emoção,
quando um menino recém-nascido foi levado ao templo para ser apresentado. Doze
anos depois, enquanto aquele homem se agarrava a esperança de uma cura nas
águas de Betesta, uma criança galileia deixava admirado os doutores da lei no Templo
de Jerusalém, tamanha graça e sabedoria que emanava de seu ser. Mais dezoito
anos se passaram, e o homem enfermo ainda desejava passar pelas águas miraculosas,
quando um jovem pregador interiorano entrava no Rio Jordão para ser batizado, e
iniciar seu ministério, apresentando o Reino dos Céus. No próximo ano, aquele
homem acordaria todas as manhãs ansioso por uma chance de reabilitação, e o
Cordeiro de Deus, cuidaria de ministrar aos corações aflitos uma mensagem de
fé, arrependimento e amor. No ano seguinte, Jesus já era um líder espiritual de
grande popularidade, ao qual uma grande multidão o seguia.
Jesus tinha 32 anos quando se encontrou com o homem
enfermo desta história. Era época de uma importante festa judaica, e Jesus foi
para Jerusalém afim de participar da Páscoa. Milhares de pessoas celebravam
pelas ruas, relembrando do livramento no Egito e se empanturrando de pão e
carne de carneiro. Mas, ao invés de se dirigir aos centros festivos, Jesus atravessa
pela Porta das Ovelha, e anda calmamente em direção a uma multidão de enfermos,
cegos, mancos e ressicados. Segundo a crença popular, de tempos em tempos, um
anjo descia do céu e movimentava as águas, e o primeiro que descesse no tanque,
seria curado imediatamente. Uma chance entre mil, e mesmo assim, centenas de
pessoas se amontoavam ali. Segundo os estudiosos, Betesta significa “Casa de
Misericórdia” ou ainda “Casa da Graça”. Mas na prática, Bestesda era um
verdadeiro corredor da morte, uma UTI a céu aberto, um cemitério por
antecipação, onde muitos morriam agarrados a esperança. Era inevitável que
Jesus fosse atraído para lá.
A Bíblia é categórica ao afirmar que o salário do
pecado é a morte (Ezequiel 18:4 / Romanos 6:23), logo, todo homem está sob a
égide desta terrível dívida, caminhando a passos largos para uma sepultura
eternal. A morte do pecador não passa por nenhum tipo de autoritarismo divino,
e nada mais é, do que a execução da justiça em sua forma mais pura e terna. Por
nossas escolhas e práticas pecaminosas conscientes, merecemos sim morrer, inda
que a vontade de Deus vá exatamente na direção oposta (João 13:16). A
misericórdia do Senhor surge como um facho de luz em meio as trevas, uma
segunda chance de vida no exato momento que a mão da morte toca nosso pescoço.
Por seu amor, Deus escolhe suspender temporariamente a sentença que pesa contra
o homem, NÃO lhe dando o castigo do qual é merecedor. Já a “graça”, nada
mais é do que um favor imerecido, um presente pelo qual não esperamos, uma
“promoção” que não tencionávamos receber. Deus não nos deve absolutamente nada
e não está obrigado a nos conceder qualquer tipo de favor. Mesmo assim, o
Senhor concede a seus servos bens e favores que não mereciam receber. Se
existe um clamor por misericórdia e graça, Jesus certamente vai atende-lo.
Desde de seu nascimento, Jesus se encaminhou dia a
dia para aquele encontro. Ele caminha em direção a um homem com quem já tinha
se encontrado alguns anos atrás, quando ainda era um adolescente de doze anos,
deixado por três dias em Jerusalém (Lucas 2). Aquele não era tempo do poder de
Deus se manifestar através de Jesus, mas o rosto do paralítico ficou gravado em
sua memória, e seu nome registrado na agenda. Vinte anos depois, ao regressar
para Jerusalém, Jesus caminha no meio da multidão, procurando um rosto
conhecido, pois a hora do milagre havia chegado (João 5:8). E assim que se
aproxima de seu amigo anônimo, Jesus lhe faz uma pergunta objetiva:
Queres ficar são?
A resposta do paralítico se inicia com uma
expressão reveladora: - Senhor... O
homem reconhecido por Jesus, também o reconheceu como Cristo. Os anos se
passaram, mas não interferiram na agenda de Deus... - Senhor, não tem ninguém que me ajude a entrar nas águas...
E agora, uma frase entalada na garganta de Jesus
por longos vinte anos entra como uma flecha no coração daquele paralitico:
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