Em meados do Século XV, a Reforma Protestante se
espalhava pela Europa como se levada pelo vento. Na Inglaterra medieval, subia
ao trono a primeira rainha bretã a professar o protestantismo: Elizabeth. Muito
próximo dali uma inimiga íntima destilava veneno contra a jovem monarca. Seu
nome era Maria Stuart, rainha da Escócia. O Reino Unido não estava tão “unido
assim”, e fervilhava em plena evolução. Maria Stuart era uma opositora ferrenha
ao protestantismo e travava uma guerra civil contra John Knox, o pai da reforma
protestante escocesa. Segundo seus biógrafos, Knox orava incansavelmente
pedindo ao Senhor que lhe desse a Escócia, caso contrário, ele morreria de
tristeza pelas almas não salvas. Maria não aceitava o avanço do protestantismo
pela pelo seu país, e não tolerava o fato da Inglaterra ser governada por uma
“herege”. Ameaças e insinuações se tornaram constantes, a tensão cada vez mais
latente.... Então, a jovem e inexperiente rainha Elizabeth foi questionada se
temia um ataque liderado pela rainha escocesa. Então, Elizabeth surpreendeu a
todos com a resposta que se tornaria uma das mais celebres frases da história: “Não
tenho medo da armada escocesa... Só dá oração de John Knox. ” Sábias foram
as palavras ditas por esta mulher brilhante, que compreendia o poder da oração
feita por um servo de Deus... A Bíblia não deixa dúvidas quando afirma
categoricamente em Tiago 5:16 que a oração de um justo é poderosa e eficaz, e
pode muito em seus efeitos.
A oração é o único elemento produzido na Terra que
consegue a proeza de atravessar por entre as potestades e legiões celestiais, e
literalmente, rasgar os céus. E ali, onde reina pureza e perfeição, as orações
realizadas pelos Servos de Deus, são recebidas com júbilo e alegria, pois tem a
capacidade incompreendida de perfumar o próprio paraíso. João testemunhou em
loco esta realidade, e a descreveu em suas revelações: E, havendo tomado o
livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do
Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são
as orações dos santos (Apocalipse 5:8).
Um pouco mais a frente, João se
aproxima do Trono do próprio Deus, e avista diante dele um Altar de ouro. Então
um anjo imponente e deslumbrante chega trazendo em sua mãe um incensário de ouro,
tendo em seu interior uma grande quantidade de incenso, que será usado para
manter as chamas do altar acessas. Entretanto, para que tal “combustão”
aconteça, primeiro é necessário agregar um novo componente a esta mistura: e
foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre
o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as
orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus (Apocalipse 8:3-4).
Que linda revelação... São as nossas orações que
mantem acessa a chama do Altar que está diante do Trono de Deus. Pode haver
privilégio maior? Nenhuma arma fere Deus, nenhuma tecnologia consegue
alcança-lo, nenhum exército pode confrontá-lo... Mesmo assim, sua mais singela
oração tem o poder de fazê-lo se levantar de seu Trono, para simplesmente
sentir o cheiro suave que emana de suas preces... E o que vem a seguir é
colossal: Fogo, trovões, relâmpagos e terremotos (Apocalipse 8:5).
E se não
bastasse tamanho poder, a oração ainda tem a capacidade ímpar de comover o
coração de Deus em nosso favor, fazendo-o mover suas mãos em nosso auxilio,
bradando dos céus em nosso socorro, pois “todo o que pede, recebe; e quem
busca, acha; e ao que bate, a porta se abre” (Mateus 7:8).
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