Certa vez, o
presidente americano Abraham Lincoln declarou: Estou ultimamente ocupado em ler a
Bíblia. Tirai o que puderes deste livro pelo raciocínio e o resto pela fé, e,
vivereis e morrereis um homem melhor. A
grande verdade é que ninguém consegue se manter impassível diante da Bíblia, e
este é de fato, o único livro capaz de mudar o destino de um homem, no agora e
na eternidade.
A Bíblia é na
verdade uma compilação de livros (como se fosse uma mini-biblioteca), escrita
ao longo de 1.600 anos por mais de 40 autores diferentes. Em sua versão
“protestante”, contem 66 livros, sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo
Testamento, divididos em 1.189 capítulos e 31.103 versículos (este número pode
chegar a 31.171 dependendo da versão). Aqueles que se opõem ao conceito
de que a Bíblia seja um livro sagrado, apresentam como principal argumento o
fato dela ter sido escrita e compilada por homens, e isto de fato, é verdade.
O Velho
Testamento, por exemplo, possui em sua vasta lista de autores nomes como
Moisés, Salomão, Jeremias e Esdras, sendo estes livros catalogados, compilados
e reconhecidos pelos mais eruditos rabinos judeus, e somente em 250 d.C., é que
houve um consenso sobre quais livros comporiam o cânon vecchio testamentário.
No caso do Novo Testamento, nomes como Paulo, Lucas, João, Pedro, Mateus e
Tiago figuram entre os principais escritores, sendo que foram os chamados “pais
da igreja”, tais como Clemente, Policarpo e Irineu, alguns dos responsáveis
pela catalogação dos evangelhos e epístolas, sendo a mesma finalizada apenas em
397 d.C.
Para um livro
estar no cânone sagrado foram observados alguns elementos. No caso do Velho
Testamento, foi considerado se o livro fazia parte do cânon hebraico, se ele
foi citado por Jesus ou seus discípulos e se seus ensinamentos não contradiziam
outros livros. Foi exatamente estes critérios que separaram o que hoje
consideramos “sagrados” dos chamados “livros apócrifos”, que embora tenham
valor histórico inquestionável, não são considerados divinamente “inspirados”.
Para o Novo
Testamento os critérios foram ainda mais exigentes. O autor precisaria ser um
apóstolo ou ter tido ligação direta com um deles. O livro precisaria ser aceito
pelo Corpo de Cristo como um todo. O conteúdo obrigatoriamente deveria ser de
consistência doutrinária e ensino ortodoxo. O livro teria que conter provas de
alta moral e valores espirituais que refletissem a obra do Espírito Santo.
Nenhum livro
passaria por este crivo se não fosse inspirado pelo próprio Deus, e foi
exatamente Ele, que se encarregou não apenas de “inspirar” os autores, como
também “direcionar” os compiladores nas escolhas corretas de quais livros
deveriam compor as Escrituras, tornando a Bíblia em nossa única regra de fé,
sendo que os ensinamentos nela contidos, são as bases do genuíno cristianismo.
Em nenhum
momento, porém, a Bíblia se impõe sobre o homem, exigindo dele uma fé cega e
atitudes inconsequentes. Muito pelo contrário, a própria Bíblia se coloca na
posição de ser verificada, testada, analisada, meditada, conferida e
interpretada. Somente após esmiuçar a Palavra, e deixá-la fluir voluntariamente
aos recônditos do coração, e que o homem poderá finalmente entender as palavras
de Paulo em II Timóteo 3:16 - Toda
a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e
plenamente preparado para toda boa obra.
A doutrina
bíblica é a chave para sermos bem-sucedidos na caminhada cristã. Infelizmente,
por não ser valorizada, assistimos uma série de novas “doutrinas” surgindo, não
para a glória de Deus e sim para o próprio homem. Isso tem feito com que a
Igreja do Senhor Jesus experimente um desvio doutrinário e Paulo exorta Timóteo
a admoestar quanto aos falsos ensinos que estavam entrando na Igreja (I Timóteo
1:3). Esse desvio doutrinário se caracteriza de várias formas, levando cristãos
à distorção ou até mesmo ao abandono da fé.
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