A oração pode ser interpretada como uma
ligação poderosa entre céus e terra, quando o homem tem acesso as dimensões
celestiais para espiritualmente estar frente a frente com Deus.
Mais do que uma
simples conversa motivada por interesses e pedidos, precisamos entender que a
oração é antes de tudo um hino de um agradecimento, uma manifestação de
reconhecimento e um ato de louvor. A Bíblia faz inúmeras referências quanto a esta prática, como em
Levítico 26:40-45, I Samuel 7:5 I, Reis 18:41-46, II Crônicas 33:13, Jeremias
29:7, Jeremias 33:3, Mateus 5:44, Mateus 6:5-8, Lucas 1:13; 6:12, Atos 1:14,
Atos 16:25, Romanos 10:1, II Coríntios 12:7-10, Efésios 1:16, Filipenses 1:19 e
Tiago 5:14-1.
Muitos também são os exemplos de homens e mulheres de Deus que
oraram em situações diversas por causas variadas. Moisés orou de forma
intercessora pelo povo (Êxodo 32:31-32), Ana orou pedindo um filho (I Samuel 1:
4-18), Davi orou para confessar seu pecado (Salmo 51), Salomão orou dedicando o
templo ao Senhor(I Reis 8:22 a 53), Elias orou por avivamento (I Reis
18:36-37), Eliseu orou por intervenção disciplinar, (II Reis 6:17), Josafá orou
num momento de crise (II Crônicas 20:5-12), os discípulos oraram por socorro
(Mateus 8:25) e Jesus orou por nós (João 17).
Orar não é virtude, é opção....
Não é um dever, mas sim um privilégio. Não podemos alegar falta de oração em
nossas vidas por não termos o dom de orar, pois a oração é uma questão de
prática, de escolha, de querer fazer. Não existe na Terra, um único ser humano
que esteja privado ou proibido de falar com Deus. Por mais miserável e pecador
que seja o homem, o Senhor está solicito aguardando sua iniciativa para iniciar
um diálogo sincero e genuíno. A oração, porém, precisa ser espontânea, gerada
num coração quebrantado, desarmado de vaidades e convenções. Oração não é
ladainha, verborragia ou tolas repetições, mas sim um momento único para PAI e
filho se olharem nos olhos através da fé. A posição que oramos pouco importa...
Ezequias orou deitado e Jonas em posição fetal. O que realmente se torna
relevante é a nossa intenção e propósito.
Em Mateus 6:9-13, Jesus ensina aos seus seguidores
alguns elementos básicos da oração. Primeiro ele instrui seus discípulos o
valor da honestidade no momento da prece, é que repetições tolas não comovem o
coração de Deus. Então, com o didatismo de um grande Mestre, Jesus realiza uma
oração modelo, nos ensinado como proceder em momento tão solene:
“Pai nosso
que estais no céu” (reconheça a autoridade de Deus), “santificado seja vosso
nome” (reconheça a santidade de Deus, e a respeite), venha a nós o vosso Reino
(reconheça o domínio de Deus sobre tudo e todos), “seja feita a vossa vontade”
(reconheça a sabedoria de Deus e aceite seus desígnios), “assim na terra como
no céu” (reconheça a onipresença de Deus e sinta-se abraçado por Ele). “O pão
nosso de cada dia nos dai hoje” (aceite o fato que a provisão do Senhor é
diária e confie plenamente no seu sustento), perdoai-as nossas ofensas
(confesse seus pecados e sinta-se perdoado), “assim como perdoamos quem nos tem
ofendido” (não leve mágoas para o momento da oração, só é possível se aproximar
de Deus com coração puro). “Não nos deixe cair em tentação” (aceite suas
limitações e fraquezas, e deixe que o poder de Deus se aperfeiçoe nelas), “mas
livrai-nos do mal” (confesse que há batalhas que são grandes demais para você,
e as entregue a Deus). “Pois teu é o Reino, o Poder e Glória para todo sempre”
(jamais deixe passar a oportunidade de expressar louvor e gratidão pelo que o
Senhor já fez em sua vida... as demais coisas virão ao seu tempo.)
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