Quando era autorizada por Deus, a simples presença da Arca da Aliança em
no campo de batalha, fazia com que os adversários temessem grandemente o
exército israelita.
Porém, com o passar dos anos, Israel transformou a Arca da
Aliança num verdadeiro “amuleto”, levado à revelia para campos de batalha, afim
de assegurar vitórias milagrosas sobre seus inimigos. Este ritual adentrou os
anos, chegando aos dias do jovem profeta Samuel. Neste período, Eli, e seus
filhos Hofni e Finéias exerciam um sacerdócio displicente e corrompido,
provocando a ira do Senhor. Naqueles dias, Israel subiu a peleja contra os
filisteus, sem ao menos consultar os profetas para conhecer a vontade de Deus.
Próximo a Ebenezer, o exército de Israel foi surpreendido por um ataque
filisteu, que culminou na morte de quatro mil israelitas. Imediatamente, os
anciões concluíram que a grandiosa derrota era em decorrência da ausência da
Arca no campo de batalha. Os filhos de Eli se encarregaram de ir até Siló, e
mesmo com a objeção de Eli, e sem a autorização do Senhor, conduziram a Arca ao
campo de batalha.
A chegada da Arca trouxe louvor ao arraial dos israelitas e
tremor aos filisteus, que chegaram ao consenso que a única forma de ter uma
chance contra o “Deus de Israel” era realizando um ataque imediato enquanto
Israel ainda festejava a chegada da Arca. A estratégia deu muito certo e em
poucas horas, cerca de trinta mil israelitas foram mortos, incluindo Hofni e
Finéias. Os sobreviventes fugiram em desespero e para piorar a situação, a Arca
da Aliança foi tomada pelo inimigo. Um benjamita com “vestidos rotos e com
terra sobre a cabeça” foi o encarregado de trazer as más notícias até Siló. O
velho Eli, já cego e cansado, estava recostado em sua cadeira, e ao tomar
conhecimento da morte de seus filhos e do roubo da Arca, se desequilibrou, caiu
da cadeira, fraturou o pescoço e morreu. Naquele instante de angústia, uma de
suas noras (esposa de Finéias) entrou em trabalho de parto e colocou na criança
o nome de ICABODE, que significa “Inglório”, e declarou com voz moribunda: Foi-
se a Glória de Israel. Deus permitiu que a ARCA DA ALIANÇA fosse levada para
ensinar o seu povo que a falta de obediência afasta ao Senhor Deus, e sem sua
presença, não existe qualquer elemento terreno que possa substitui-lo.
Os filisteus, orgulhosos por sua vitória, levaram seu espólio mais
preciso para a cidade de Asdode, e colocaram a Arca da Aliança no templo de seu
deus Dagon, um híbrido de homem e peixe. Pela manhã, a imagem de Dagon estava
caída defronte a Arca da Aliança. O misterioso evento voltou a acontecer no dia
seguinte, mais desta vez, a imagem do deus fenício estava aos pedaços.
Assustados, os filisteus retiraram a Arca do templo e a colocaram em
um edifício adjacente, porém os moradores de Asdode foram atingidos com
enfermidades muito aflitivas, mais precisamente, terríveis hemorroidas. A
Arca então foi enviada para Gade, porém a praga também se alastrou por aquela
cidade, e a Arca é imediatamente mandada para Ecrom, onde uma infestação de
ratos arrasa toda a terra.
Durante sete meses, a Arca percorre a Filistía, cujos moradores estão em
polvorosa para se livrar dela, porém, não existe registros de qualquer
mobilização israelita para recuperá-la. Os sacerdotes pagãos elaboram um plano
engenhoso para dar a correta destinação a Arca de Israel. Ela é colocada em um
carro novo, que por sua vez é atrelado a duas vacas, que não deveriam ser
guiadas, mas sim escolher o próprio destino. Os animais tomam o caminho de
Bete-Semes, e ali, a Arca é recebida com muita alegria pela família de um homem
chamado Josué. Esta ação fez com que a praga cessasse sobre os filisteus e
colocou os bete-semitas em estado de total empolgação com a presença de objeto
tão imponente. Porém, no afã de ver o que havia dentro da Arca, os moradores
daquela cidade removeram a tampa e olharam para o interior da caixa, atitude
esta que causou a morte de muitos habitantes da região. Assustados, os
sobreviventes enviaram uma mensagem à Quiriate-Jearim, oferecendo para eles a
oportunidade de hospedar a Arca. Foi um levita chamado Abinadabe que recebeu a
Arca em sua nova morada, e escolheu seu filho Eleazar como o guardião da mesma.
Ali, a Arca ficou guardada por muitos anos.
Boa noite...
ResponderExcluirGostaria de saber, se no tempo em que a Arca da Aliança, ficou fora de Israel, do tempo de Samuel, Saul e Davi. No qual Davi resolveu recuperar a arca, que estava na casa de ABINADABE, ficou cerca de 70 a 60 anos. Nesse tempo, não não haviam mais os Holocaustos anuais? Do Sumo Sacerdote? Tendo em vista, a Arca não esta lá nesse periodo descrito?
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirDe 60 a 70 anos? A Arca da Aliança ficou fora dos termos de Israel apenas 7 meses e foi levada para Bete-semes e depois para Quiriate-Jearim já nas terras de Israel, onde ficou 20 anos. Mas particularmente eu acredito que o povo nunca deixou de prestar os seus sacrifícios e holocaustos à Deus durante a ausência da Arca da Aliança, uma vez que ainda existia um servo de Deus em Israel e o povo o respeitava. Porém Samuel requereu do povo que fossem congregar em Mispa, mesmo que a Arca estivesse em Quiriate-Jearim. Leia 1Samuel Capítulos 6 e 7.
ExcluirA arca ficou 20 anos na casa de abinadnade.
ExcluirA PAZ A TODOS. ESTOU PROCURANDO E AINDA NÃO ENCONTREI A RESPOSTA..
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