sexta-feira, 8 de abril de 2016

A cruz ou o emprego?


Aproveito mais uma vez esta coluna semanal para compartilhar com vocês uma história que me fez refletir, não apenas sobre as decisões que tomo, mas também sobre como elas são interpretadas pelas pessoas que me cercam. Afinal, se professamos a Mensagem da Cruz, nossa vida precisa ser um testemunho vivo o Evangelho de Cristo.

Conta-se que certa funcionária de uma conceituada empresa foi chamado um dia ao gabinete do dono.

Sem meias palavras, o homem foi direto ao assunto:

– Estamos reestruturando a empresa e precisamos de uma pessoa exatamente do seu tipo para ocupar uma importante gerência. Analisamos a sua ficha e vimos que só há um problema com você: você é crente e o cargo é incompatível com a sua fé, de modo que você terá que fazer uma opção entre a promoção no emprego e sua religião. Mas você não precisa responder agora. Vá para casa, hoje é sexta-feira, pense, e na segunda nos diga o que foi que decidiu.

A irmã foi para casa envolto no manto da dúvida e naquele final de semana seu coração virou campo de batalha entre o certo e o errado.

Na segunda-feira, lá estava ela na empresa, já ansiosa por encontrar-se com o dono, que perguntou-lhe:

– E aí? Qual é a sua decisão?

– Acho que vou aceitar a proposta que me fez.

O patrão nem levantou a cabeça:

– Então, vá imediatamente ao Departamento de Pessoal. Você está despedida!

– Mas… patrão,  foi o senhor mesmo que me fez a proposta!

– Sim, mas, na verdade estou procurando alguém de absoluta confiança para ocupar este cargo. Se você foi capaz de tão rapidamente trair a sua consciência religiosa, quem me assegura que mais rapidamente ainda não trairá a empresa?


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