sexta-feira, 15 de abril de 2016

Felicidade


Sabemos que a vida cristã implica em muitas provações (João 16:8) e inúmeros perigos (Mateus 10:16), mas mesmo nas piores condições podemos experimentar da imensa alegria que a presença do Senhor Jesus nos proporciona, afinal, nada e ninguém poderá tirá-la de nós (João 16:22) . Esta alegria, não se trata de um mero sentimento, e nem é reflexo de um momento de descontração; mas sim uma característica inerente do homem que se entrega a Deus, pois uma vez feita esta escolha, somos “ungidos” com o “óleo da alegria” (Salmos 45:7). 

Davi estava em um dos piores momentos de sua vida. Ele havia perdido seu mentor espiritual (Samuel), estava muito longe de casa e as circunstâncias tinham afastado seus amigos. Agora, era um fugitivo perseguido pelo exército de Israel e estava encurralado numa caverna escura e úmida de Adulão. Motivos de sobra para chorar, se lamentar e se entregar ao desespero. Mas não são estes sentimentos que encontramos em sua mais conhecida composição deste período: O Salmo 23

O Senhor é meu pastor e nada me faltará”. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente as águas tranquilas... Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte eu não teria medo, pois sua vara e teu cajado me consolam... Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges minha cabeça com olho e o meu cálice transborda... Certamente que a bondade e a misericórdia me seguiram todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por muitos dias

Em Gálatas 5:22, Paulo apresenta a “felicidade” como um dos elementos presente no “Fruto Espiritual”. Chamada no texto original de “CHARA”, também podemos identificá-la como “Alegria” ou “Gozo”, sendo na prática, o profundo regozijo do coração, o verdadeiro gosto de viver e o legítimo amor à vida. É este aspecto do fruto espiritual que nos leva a sentir uma profunda “Satisfação no Senhor” independente das circunstâncias vividas.

Ela não impede que tenhamos momentos de tristeza ou frustração, mas nos capacita a passar por eles com nossa devoção intacta e nosso desejo de adorar inalterável.  Sua fonte está na Graça de Deus, que é perfeita e infinita, logo o cristão que atravessa uma noite de tristeza terá logo pela manhã, motivos de sobra para sorrir; e aquele que ora em gemidos e lágrimas, pouco depois já esta a celebrar com cânticos de júbilos (Salmos 30:5).



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