Sabemos que a vida
cristã implica em muitas provações (João 16:8) e inúmeros perigos (Mateus
10:16), mas mesmo nas piores condições podemos experimentar da imensa alegria
que a presença do Senhor Jesus nos proporciona, afinal, nada e ninguém poderá
tirá-la de nós (João 16:22) . Esta alegria, não se trata de um mero sentimento,
e nem é reflexo de um momento de descontração; mas sim uma característica
inerente do homem que se entrega a Deus, pois uma vez feita esta escolha, somos
“ungidos” com o “óleo da alegria” (Salmos 45:7).
Davi estava em um dos piores
momentos de sua vida. Ele havia perdido seu mentor espiritual (Samuel), estava muito
longe de casa e as circunstâncias tinham afastado seus amigos. Agora, era um
fugitivo perseguido pelo exército de Israel e estava encurralado numa caverna
escura e úmida de Adulão. Motivos de sobra para chorar, se lamentar e se
entregar ao desespero. Mas não são estes sentimentos que encontramos em sua
mais conhecida composição deste período: O Salmo 23
O Senhor é meu pastor e nada me
faltará”. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente as águas
tranquilas... Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte eu não teria
medo, pois sua vara e teu cajado me consolam... Preparas uma mesa perante mim
na presença dos meus inimigos, unges minha cabeça com olho e o meu cálice
transborda... Certamente que a bondade e a misericórdia me seguiram todos os
dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por muitos dias
Em Gálatas 5:22, Paulo
apresenta a “felicidade” como um dos elementos presente no “Fruto Espiritual”.
Chamada no texto original de “CHARA”, também podemos identificá-la como
“Alegria” ou “Gozo”, sendo na prática, o profundo regozijo do coração, o
verdadeiro gosto de viver e o legítimo amor à vida. É este aspecto do fruto
espiritual que nos leva a sentir uma profunda “Satisfação no Senhor”
independente das circunstâncias vividas.
Ela não impede que
tenhamos momentos de tristeza ou frustração, mas nos capacita a passar por eles
com nossa devoção intacta e nosso desejo de adorar inalterável. Sua fonte
está na Graça de Deus, que é perfeita e infinita, logo o cristão que atravessa
uma noite de tristeza terá logo pela manhã, motivos de sobra para sorrir; e
aquele que ora em gemidos e lágrimas, pouco depois já esta a celebrar com
cânticos de júbilos (Salmos 30:5).
Nenhum comentário:
Postar um comentário