Talvez
um dos homens mais poderosamente usados por Deus nesse século XX foi Smith
Wigglesworth. Muitas pessoas foram alcançadas através do seu ministério. Houve
pessoas curadas de surdez, de paralisia, de câncer, e até mesmo ressuscitadas da
morte.
Smith
Wigglesworth (1859-1947), um inglês, nasceu em uma família pobre. Aos seis anos
já trabalhava duro, ajudando o pai, colhendo nabos em uma plantação. Aos sete
acompanhou o pai no trabalho em uma fábrica de tecidos de lã que havia em sua
cidade. Nas horas de folga, capturava pássaros cantadores e os vendia no
mercado da cidade, para ajudar ainda mais no sustento da família. Os pais de
Wigglessworth nunca se preocuparam em ensinar o menino a orar. Mas sua avó era
cristã e fazia questão de levá-lo à igreja. Ele ia e ficava observando os
adultos baterem palmas e cantarem hinos ao Senhor. Assim, aos oito anos, ele já
tinha uma boa noção do louvor e começou a participar mais ativamente nos
cânticos e passou a entender o que Jesus havia feito por ele, por intermédio de
sua morte e ressurreição.
Aos
treze anos a família do menino se mudou para Bradford, onde ele começou a
participar ativamente da Igreja Metodista Wesleyana. Sua vida espiritual ganhou
um novo significado ele, que nunca tinha ido à escola, tendo aprendido a
arranhar a leitura em uma velha bíblia, nunca saia de casa sem levar consigo,
no bolso o seu Novo Testamento. Alguns jovens foram convidados pela igreja para
participarem de uma reunião especial de pregação, entre eles, Smith
Wiglessworth. No seu momento, depois de muito orar e pedir ajuda a Deus, ele
subiu ao púlpito e pregou durante quinze minutos. Terminada a pregação ele não
tinha a menor ideia do que falara, porém surpreendeu-se com os aplausos e gritos
de entusiasmo das pessoas.
Quando
tinha dezessete anos, um homem que trabalhava junto com ele resolveu
ensinar-lhe a profissão de encanador. Esta parte foi fundamental na vida de
nosso missionário, porém o que marcou mesmo foi o amigo ensinar e explicar a
ele o significado e a importância do batismo nas águas.
O
casamento de Wigglesworth teve papel mais do que fundamental em sua vida. Ele
conheceu e se apaixonou por Mary Jane Featherstone, conhecida por Polly. Ela
vinha de família metodista, de posses e tinha deixado o luxo da sociedade para
pregar junto com o pessoal do Exército de Salvação, onde ficou por pouco tempo
em razão de seu envolvimento com Smith. Em 1882 eles se casaram. Sua esposa,
Polly, o ensinou a ler, e ele nunca leu outro livro senão a Bíblia. Assim como
no caso de outras pessoas que experimentaram milagres de cura, uma cura
pessoal, de um caso de peritonite, voltou a sua atenção à cura divina. Até que
recebeu o batismo com o Espírito Santo, em 1907, ele tinha um negócio secular,
com hidráulica, e ajudava sua esposa em uma missão. Ela era uma pregadora, e
estava constantemente dando testemunho a outras pessoas, ganhando almas para o
reino.
Anos
depois, se tornou um homem de tal magnitude, que o evangelista de cura Oral
Roberts, disse uma vez diante de outros companheiros evangelistas: - “Devemos a
este homem uma dívida impossível de calcular.”
Durante
seus cultos, Polly Wigglesworth pedia seu esposo para pregar, mas ele se
desconcertava e desconcertava também aos que assistiam por seu medo de falar.
Uma vez, os homens da congregação sentiram de impor as mãos sobre ele e orar.
Apesar de seus melhores esforços e dos esforços que outros faziam, continuou
sendo um fracassado orador. Finalmente, declarou que nunca falaria em público
outra vez.
Entretanto,
quando recebeu o batismo no Espírito Santo, sua vida foi transformada. Naquela
época, sua esposa não cria no falar em línguas, e ela o desafiou a pregar no
domingo seguinte, conhecendo a sua falta de habilidade linguística. A unção
caiu e ele falou com grande clareza e coragem. Polly estava tão surpreendida,
que repetia gritando: - “Esse não é o meu
Smith… O que aconteceu com esse homem?” Rapidamente um simples trabalhador
sem instrução foi transformado em um pregador de fé impressionante.
Wigglesworth
entendia que a enfermidade e as doenças eram do diabo, de modo que foi
conhecido pela maneira com que tratava as pessoas enfermas, em demonstrações
físicas surpreendentes e emocionantes.
O
evangelista Lester Sumrall lembra a primeira vez que foi testemunha de Smith
Wigglesworth em ação. “Certa vez (Wigglesworth) conduzia um culto de cura na
Califórnia, quando lhe trouxeram um homem com câncer, em estado terminal. Ele
estava tão perto da morte que o médico que o ajudava foi com ele para monitorar
seus sinais vitais. Wigglesworth, com sua natureza rude, disse ao médico: - “Que está acontecendo? ” O doutor lhe
respondeu: - “Ele está morrendo de câncer.
” Sem dar tempo de nada, Smith bateu no estômago do homem com tal força que
ele desmaiou. O médico rapidamente o atendeu e gritou: - “Ele está morto! Você o matou! A família exigirá explicações!”
Smith Wigglesworth não se moveu. Ele simplesmente respondeu: - “Ele está curado.” E sem preocupar-se,
seguiu orando por outras pessoas no culto. Dez minutos mais tarde, o homem -
com sua roupa de hospital - chegou pelo corredor, procurando a Wigglesworth,
totalmente curado. Isto não impressionou nem um pouco a Smith Wigglesworth,
pois era o que ele esperava. E continuou orando pelos outros que necessitavam.”
Em
outra ocasião, no Colégio Sião, uma mulher paralítica, frágil, chegou para que
orassem por ela. Smith Wigglesworth orou quase com impaciência. Como era
habitual, imediatamente, ordenou que caminhasse. Ela, duvidando, começou a
olhar ao redor. Sem nenhum tipo de aviso, Wigglesworth foi por detrás dela e a
empurrou. Quando ela, tropeçando,
começou a correr, ele a seguia pelo corredor gritando: - “Corra, senhora, corra!" Ela correu bastante para sair do
alcance dele. Eventualmente, conseguiu alcançar a saída e correu pelas ruas,
aparentemente tão assustada quanto curada. Quando o evangelista começou a orar
pela próxima pessoa, o homem mudou rapidamente o seu pedido - de uma úlcera no
estômago para uma suave dor de cabeça.
Albert
Hibbert, o amigo mais próximo de Smith Wigglesworth, cita o evangelista
dizendo: - “Eu não maltrato as pessoas, eu maltrato o
diabo. E se as pessoas se põem no caminho, não posso fazer nada… Não se pode
tratar gentilmente com o diabo, nem dar a ele conforto; porque ele gosta muito
da comodidade.”
Smith
Wigglesworth também passou por tempos de sofrimento: perdeu sua amada esposa
seis anos depois de sua transformação em um grande homem de fé, com uma unção
especial. Em 1913, sua esposa Polly morreu sem nenhuma razão aparente, quando
estava a caminho de uma reunião em que ela iria pregar. Quando voltou a sua casa, Wigglesworth foi ao quarto onde se
encontrava, na cama, o corpo de sua esposa morta. Ele repreendeu o espírito de
morte, e ordenou à vida, que regressasse.
Polly abriu os seus olhos e disse: -
“Por que você fez isso, Smith?” Ela não desejava voltar à terra. E depois
de uma conversa carinhosa, ele a deixou ir para o céu.
Catorze
pessoas foram documentadas como ressuscitadas, voltando à vida de entre os
mortos, através do ministério de Wigglesworth. Ainda que, de forma não oficial,
esse registro poderia chegar a vinte e três pessoas. Não existia nada tão
grande para a sua fé. Desde dores de cabeça a cânceres, era tudo o mesmo para
ele. Há algo demasiadamente difícil para Deus?
No
dia 12 de março de 1947, Smith estava indo ao funeral de um ministro amigo seu.
Durante o caminho ele tinha comentado com amigos que estava se sentindo muito
bem. Com alegria, visitou alguns lugares que ele tinha visitado com sua querida
Polly e falou sobre milagres que tinham ocorrido quando pregavam na cidade. Ao
chegar à igreja, encontrou o pai de uma menina pela qual ele havia orado quatro
dias antes. A família já tinha aceitado que a menina iria morrer, mas Smith
tinha grande fé na sua cura. Tão logo viu o homem perguntou se a filha estava
bem. Esperava uma resposta positiva, mas a resposta veio meio relutante,
dizendo que ela estava um pouco melhor. Bastante desapontado, Smith Wigglesworth
suspirou profundamente, inclinou a cabeça e morreu.
Sua vida foi um exemplo de fé, de determinação, de vontade de servir a Deus e amar o próximo. Nunca, em sua casa, entrou um só remédio. Só leu, durante toda a sua vida, um único livro: A Bíblia. E quando questionado sobre sua rotina de oração, respondeu: - "Eu nunca oro mais do que cinco minutos, e eu nunca fico mais do que dez minutos sem orar".
Sua vida foi um exemplo de fé, de determinação, de vontade de servir a Deus e amar o próximo. Nunca, em sua casa, entrou um só remédio. Só leu, durante toda a sua vida, um único livro: A Bíblia. E quando questionado sobre sua rotina de oração, respondeu: - "Eu nunca oro mais do que cinco minutos, e eu nunca fico mais do que dez minutos sem orar".
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