Material Didático
Revista Jovens e Adultos
nº 102 - Editora Betel
Aprendendo com as
Gerações Passadas - Lição 01
Comentarista: Pr.
Manoel Luiz Prates
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel
Gomes
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Texto Áureo
Josué 24:15
Porém, se vos parece mal
aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a
quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus,
em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Verdade Aplicada
Servir ao Senhor é
responder positivamente ao Seu favor e reflete em bênçãos às futuras gerações.
Textos de Referência
II Timóteo 1:3, 5-7
Dou graças a Deus, a
quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, de quem sem
cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia;
Trazendo à memória a fé
não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe
Eunice, e estou certo de que também habita em ti.
Por este motivo, te
lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas
mãos.
Porque Deus não nos deu
o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
Introdução
Nas mais simples e nas
mais complexas situações de nossas vidas, seja o nosso exemplo de vida com Deus
o mais poderoso e valioso legado para as futuras gerações.
Definindo Gerações
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
O conceito “geração” vem do latim “generatĭo”,
e entre seus diversos significados e aplicações, faz referência a uma coletânea
de seres vivos de mesma idade. Em sentido parecido, também refere-se ao conjunto
de pessoas que por nascerem num mesmo período histórico, recebem ensinamentos e
estímulos culturais e sociais similares, e assim, em teoria, possuem
comportamentos e interesses em comum. Pode referir-se também a um grupo de
descendentes quando se trata de parentesco, tal como filhos e netos. No contexto aqui estudado, podemos dizer que GERAÇÃO
é aquele grupo de pessoas, que em decorrência de uma ideologia comum, é responsável
por moldar a identidade cultural e espiritual de seu tempo, preparando-a para a
posteridade. Assim, a responsabilidade de uma geração para com a outra é "real" e "vital" para sua evolução e sobrevivência da espécie. Apesar de sua importância, é muito difícil especificar a duração
histórica de uma geração, já que a vida humana não tem prazo de validade
definido.
Por exemplo, a Bíblia cita a idade de 120 anos como uma média razoável de vida (Gêneses 6:3), porém, esta expectativa é reduzida drasticamente para 70 anos no Salmo 90:10. Mesmo assim, é possível encontrar no texto do Pentateuco (Gêneses 5), personagens com mais de nove séculos acumulados de vida, casos de Enos (905 anos), Cainã (910 anos), Sete (912 anos), Adão (930 anos), Jarede (932 anos) e Matusalém (979 anos), porém, atualmente, a expectativa de vida em países de terceiro mundo como República do Chade e Guiné-Bissau, não passa dos cinquenta anos. Além disso, diariamente, milhares de crianças e adolescentes morrem prematuramente pelos mais diversos motivos. Essa inconstância da vida, aliada ao avanço tecnológico sem precedentes da pós-modernidade, dificultam cada vez mais, a datação exata de um grupo humano igualitário em suas demandas e aspirações. Assim, sociólogos e historiadores se debruçam sobre estatísticas para encontrar a duração exata de uma geração, e os resultados destes cálculos estão sempre mudando.
Durante muitas décadas, definiu-se geração como sendo aquela que sucedeu a seus pais. Portanto, calculava-se como sendo uma geração o tempo de 25 anos. Porém, na última metade de século, com o aumento considerável nos avanços tecnológicos, a maior facilidade de conexão com culturas diferenciadas e o bombardeio diário de informações, o intervalo entre uma geração e outra ficou mais curto. Hoje, já se pode falar em uma nova geração a cada dez anos. Isso significa que pessoas de diferentes ideologias estão convivendo simultaneamente, em casa, na escola e no mercado de trabalho. Isso tem seu lado positivo, já que a experiência e a maturidade
dos "mais velhos", aliada a expertise dos
"mais novos" no manejo das tecnologias, têm sido
responsável por resultados expressivos e pela capacidade de inovação de
algumas organizações, porém, não deixa de ter seu contraponto. Se esta sinergia
entre gerações não for alcançada, insta-se o conflito ideológico entre pessoas
que em teoria deferiam formar um mesmo consciente coletivo. Isso nos leva a um legado
fragmentado, que migra paulatinamente a uma falta de identidade social.
E isso se reflete na espiritualidade do indivíduo, já que as mudanças constantes no pensamento teológico e religioso dentro de uma mesma instituição, não deixa marcas permanentes nas gerações futuras. Cada geração que se afasta de Deus, também empurra a próxima geração para o limbo da apostasia. É preciso entender que como igreja, apesar de convivermos com o conflito social de gerações em nossas comunidades, é preciso manter a consciência coletiva sobre Deus e seus desígnios fora do rol das transformações do mundo. Deus não muda, e nossa forma de enxergá-lo também não pode mudar, independentemente da duração da vida ou das mudanças culturais de cada tempo.
Por exemplo, a Bíblia cita a idade de 120 anos como uma média razoável de vida (Gêneses 6:3), porém, esta expectativa é reduzida drasticamente para 70 anos no Salmo 90:10. Mesmo assim, é possível encontrar no texto do Pentateuco (Gêneses 5), personagens com mais de nove séculos acumulados de vida, casos de Enos (905 anos), Cainã (910 anos), Sete (912 anos), Adão (930 anos), Jarede (932 anos) e Matusalém (979 anos), porém, atualmente, a expectativa de vida em países de terceiro mundo como República do Chade e Guiné-Bissau, não passa dos cinquenta anos. Além disso, diariamente, milhares de crianças e adolescentes morrem prematuramente pelos mais diversos motivos. Essa inconstância da vida, aliada ao avanço tecnológico sem precedentes da pós-modernidade, dificultam cada vez mais, a datação exata de um grupo humano igualitário em suas demandas e aspirações. Assim, sociólogos e historiadores se debruçam sobre estatísticas para encontrar a duração exata de uma geração, e os resultados destes cálculos estão sempre mudando.
Durante muitas décadas, definiu-se geração como sendo aquela que sucedeu a seus pais. Portanto, calculava-se como sendo uma geração o tempo de 25 anos. Porém, na última metade de século, com o aumento considerável nos avanços tecnológicos, a maior facilidade de conexão com culturas diferenciadas e o bombardeio diário de informações, o intervalo entre uma geração e outra ficou mais curto. Hoje, já se pode falar em uma nova geração a cada dez anos. Isso significa que pessoas de diferentes ideologias estão convivendo simultaneamente, em casa, na escola e no mercado de trabalho.
E isso se reflete na espiritualidade do indivíduo, já que as mudanças constantes no pensamento teológico e religioso dentro de uma mesma instituição, não deixa marcas permanentes nas gerações futuras. Cada geração que se afasta de Deus, também empurra a próxima geração para o limbo da apostasia. É preciso entender que como igreja, apesar de convivermos com o conflito social de gerações em nossas comunidades, é preciso manter a consciência coletiva sobre Deus e seus desígnios fora do rol das transformações do mundo. Deus não muda, e nossa forma de enxergá-lo também não pode mudar, independentemente da duração da vida ou das mudanças culturais de cada tempo.
A importância de uma geração
Neste trimestre,
estudaremos acerca da importância das gerações. Este assunto é de vital
seriedade, porque quando uma geração não deixa um bom legado, os prejuízos
futuros são incalculáveis (Juízes 2:10). Cada nova geração deve empenhar-se em
sua própria experiência com Deus; não pode continuar vivendo às custas das
experiências espirituais dos heróis do passado. É bem claro que o paganismo
nunca esteve longe do povo de Deus durante toda a história de Israel. Quando
Josué e seus companheiros morreram, a nova geração não vivenciou suas experiências
de fé, nem tinha lembrança dos grandes livramentos que Deus lhe trouxera. “E
foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após
eles se levantou, que não conhecia ao Senhor, tampouco a obra que fizera a
Israel” (Juízes 2:10).
O período dos juízes
veio após a conquista de Canaã sob a liderança de Josué, o que trouxe relativa
paz e estabilidade para os israelitas (Josué 21:43-45). No entanto, a geração
seguinte fracassou em assegurar as bênçãos de Deus e falhou em expulsar as nações
remanescentes em Canaã. A consequência deste fracasso foi um enfraquecimento
frequente na vida dos filhos de Israel, marcado por conflito entre as tribos,
sincretismo religioso e a derrota diante das nações estrangeiras. Precisamos
compreender que uma geração sempre influencia outra geração. Todas as gerações
têm o seu propósito dentro do plano eterno de tornar conhecida a vontade de
Deus. Infelizmente a geração dos juízes viveu oscilante, sem estabilidade e
mergulhada na idolatria (Juízes 2:8-13).
É dever de cada geração
fazer com que as gerações futuras conheçam os atos portentosos de nosso Deus (Salmo
145:4). Cada geração de discípulos de Jesus Cristo precisa tornar conhecido o
plano de salvação do Senhor em seu tempo. E, assim, estará preparando o caminho
para que a seguinte cumpra o seu objetivo e se aproxime de Deus com sabedoria,
reverência e dignidade. Que o conheçam como Deus e Senhor e que saiba como
chegar-se a Ele, confiar em Sua administração e obedecê-Lo de todo o coração.
Ensinar isso não é tarefa fácil, pois só ensina quem vivenciou experiências
genuínas com Deus (João 3:10).
Uma geração deve
influenciar a outra geração com o que aprendeu de seus antepassados. Nossa
influência não deve estar limitada apenas ao período de nossas vidas, mas devemos
viver de maneira que nossa influência transcenda gerações. Nossas maiores
inspirações de fé não se originam somente de pessoas próximas a nós, mas também
daqueles que já passaram por essa terra, porque seus exemplos inspiram outras
gerações. Esse sempre foi o desejo do Eterno, pois o primeiro lugar onde se
aprende os princípios divinos é em casa e isso deve se estender de geração a
geração (Daniel 6:3-9).
A Palavra de Deus é
bastante clara: a responsabilidade de educar os filhos é dos pais (Salmo 78:5).
É o pai que deve ensinar ao filho o caminho em que ele deve andar (Provérbios
22:6). Aqui está um grande alerta, porque se fracassamos em nossos lares não
teremos sucesso na Igreja (I Timóteo 3:5). Antes de entregarmos nossos filhos
para a escola, devemos ensinar-lhes em nossas casas tudo o que aprendemos de
Deus (Deuteronômio 5:7-23). Nossos filhos precisam observar nossa conduta e
serem atraídos por ela para viver um relacionamento com Deus. Isso não se
aprende na escola. Se todos assumirem suas responsabilidades, o Reino de Deus
avançará de forma sólida e inabalável.
A Palavra de Deus não
tem lugar neutro para a atitude dos pais (Salmo 78:5-8). A responsabilidade de
educar os filhos foi dada aos pais. Não há meio termo. São os pais que ensinam
seus filhos a temer a Deus. Só é guiado pelo Eterno quem conhece seus preceitos
e vivencia experiências com o Autor da Vida. Quando um homem ama a Deus de
maneira total, obedece alegremente às Suas palavras (Dt 6.7-9). A exigência do
amor a Deus implica em todas as outras. A disposição de amar a Deus abrange
tanto a disposição de obedecer aos seus mandamentos quanto a disposição de
comunicar tais mandamentos às gerações seguintes, de modo a preservar uma
atitude de amor e obediência entre o povo de Deus em todas as épocas.
Construindo um Legado
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Nossa vida nesta Terra é extremamente
curta, sendo chamada pela Bíblia de brisa, sopro e comparada a uma pequena
planta que nasce e rapidamente morre. Na prática, temos pouquíssimo tempo para
realizar a missão que nos foi confiada, e por mais que consigamos avanços
consideráveis, infelizmente, alguma coisa sempre fica para traz. É inegável que nossos dias estão relativamente mais curtos, e nossas
“horas” se tornaram artigo de luxo. São tantas as ocupações e preocupações que
fica praticamente impossível administrar o tempo disponível para atender
tamanha demanda. Atividades diárias se acumulam sobre nossas costas e nos
obrigam a estabelecer prioridades, o que fatalmente fará com que momentos importantes
e decisivos sejam sublimados pelo cruel carrasco cronológico. A modernidade impõe um julgo desumano sobre o indivíduo, e
essa imposição é aumentada sobre todo homem que precisa mensurar em
poucas horas o teórico e o prático, a ação e a reação, o planejamento e a
execução, o material e o espiritual, a vida secular e o ministério.
Devido à necessidade de se fazer mil coisas em um período relativamente
escasso, é que muitas vezes, atividades importantes não são feitas. Em suma, toda
esta realidade se encerra na mais pragmática das revelações: é impossível fazer
tudo sozinho.
Mas esta não é uma verdade pertinente apenas aos nossos dias, pois desde a antiguidade, os textos sagrados explicitam a necessidade do trabalho em equipe, em referências como as encontradas em Provérbios 24:6, Eclesiastes 4:9-10, Isaías 41:6 e Lucas 10:1. Já no Éden, a existência da vida humana foi drasticamente reduzida em decorrência do pecado (Gêneses 2:17), e mais nenhum homem conseguiu ser pleno em realizações, pois nossa vida se finda antes de nossas ambições. Assim, cada pessoa aproveita o “gancho” deixado por outros, para a partir deste ponto começar a desenvolver algo pessoal e possivelmente relevante, que chamará a atenção da próxima geração, que usará este novo “gancho” para suas próprias inovações. Tem se então a verdade por traz do jargão: - Neste mundo nada se inventa, mas se copia. A grande preocupação que devemos ter, se divide em duas etapas. Na primeira avaliamos se nossas ações honram o que foi construído pelos patriarcas que sucedemos, e também, se estamos construindo algo realmente sólido para a posteridade. Ninguém é pleno sozinho...
Ninguém consegue ser completo no isolamento. Precisamos trabalhar em conjunto com os que foram e com os que serão, afim de construir uma história e perpetrar um legado. Muitos acreditam que um exército de ovelhas lideradas por um leão, venceriam facilmente um exército de leões liderados por uma ovelha. Isto porque o "formador de opiniões" tem a capacidade de moldar seus influenciados de acordo com sua própria mentalidade. Esta dádiva é uma faca de dois gumes, pois quando não usada com sabedoria se torna em maldição. Líderes fracos fatalmente forjarão grupos fracos, e líderes fortes, fortaleceram seus liderados, por mais fracos que sejam. Este princípio vale para qualquer esfera de ação, tais como o empreendedorismo, a dedicação, a inventividade e a pró atividade. Uma geração sempre irá ditar os passos da próxima geração, a grande é: - Para onde?
Mas esta não é uma verdade pertinente apenas aos nossos dias, pois desde a antiguidade, os textos sagrados explicitam a necessidade do trabalho em equipe, em referências como as encontradas em Provérbios 24:6, Eclesiastes 4:9-10, Isaías 41:6 e Lucas 10:1. Já no Éden, a existência da vida humana foi drasticamente reduzida em decorrência do pecado (Gêneses 2:17), e mais nenhum homem conseguiu ser pleno em realizações, pois nossa vida se finda antes de nossas ambições. Assim, cada pessoa aproveita o “gancho” deixado por outros, para a partir deste ponto começar a desenvolver algo pessoal e possivelmente relevante, que chamará a atenção da próxima geração, que usará este novo “gancho” para suas próprias inovações. Tem se então a verdade por traz do jargão: - Neste mundo nada se inventa, mas se copia. A grande preocupação que devemos ter, se divide em duas etapas. Na primeira avaliamos se nossas ações honram o que foi construído pelos patriarcas que sucedemos, e também, se estamos construindo algo realmente sólido para a posteridade. Ninguém é pleno sozinho...
Ninguém consegue ser completo no isolamento. Precisamos trabalhar em conjunto com os que foram e com os que serão, afim de construir uma história e perpetrar um legado. Muitos acreditam que um exército de ovelhas lideradas por um leão, venceriam facilmente um exército de leões liderados por uma ovelha. Isto porque o "formador de opiniões" tem a capacidade de moldar seus influenciados de acordo com sua própria mentalidade. Esta dádiva é uma faca de dois gumes, pois quando não usada com sabedoria se torna em maldição. Líderes fracos fatalmente forjarão grupos fracos, e líderes fortes, fortaleceram seus liderados, por mais fracos que sejam. Este princípio vale para qualquer esfera de ação, tais como o empreendedorismo, a dedicação, a inventividade e a pró atividade. Uma geração sempre irá ditar os passos da próxima geração, a grande é: - Para onde?
Um legado para outra geração
A influência de uma
geração pode ser tanto positiva quanto negativa. Neste ponto, analisemos alguns
tipos de influência, inclusive a que se estende por gerações (I Timóteo 3:4-5).
No terceiro capítulo da primeira epístola de Paulo a Timóteo, encontramos
muitos ensinamentos para uma boa conduta, principalmente na família. O apóstolo
Paulo ensina que nossa conduta tem como finalidade alcançar uma esfera maior de
influência (I Timóteo 3:11-13). Ele diz que aquele que administra bem sua casa
receberá de Deus uma graduação mais alta de confiança e de honra. Sua
influência não somente crescerá porque as pessoas veem seu exemplo. Crescerá
porque sua casa está alicerçada e essa casa produzirá uma segunda geração com
influência, os filhos. Uma pessoa que educa bem sua família transmite para a
próxima geração o mesmo legado de honra no qual viveu (II Timóteo 1:13; II
Tessalonicenses 3:9).
Tudo o que fazemos seja
na igreja ou em qualquer outro lugar, o maior e melhor trabalho que podemos
realizar é em nossa casa. De que nos serve estar de posse de grande herança,
ganhando muito dinheiro, se ao mesmo tempo estamos perdendo nossa família? (Mateus
16:26; Lucas 9:25).
Muitos pensam que uma
forma de se dedicar à família é limitar-se a realizar cultos nos lares. Isso é
ótimo e recomendável, todavia, o ideal é compartilhar esse tempo através de
diálogos e assim transmitir o Evangelho, que já vivemos como conduta. As
famílias necessitam de pais (ou um parente próximo) que sejam uma boa
influência para as gerações seguintes. Precisamos dar nossos filhos a Deus.
Devemos motivá-los a amar a Deus e chegar-se a Ele. Devemos trabalhar de tal
maneira que as gerações seguintes recebam a influência correta do Evangelho de
Cristo. Timóteo herdou isso de sua mãe Eunice, a qual também havia herdado de
sua mãe Lóide (II Timóteo 1:5; Tiago 4:8).
O desejo de Deus é que
não sejamos um grupo de evangélicos a mais, mas que tenhamos a fé de Jesus
Cristo como prática diária. Que sejamos uma geração que não se compromete com
as coisas deste mundo (I Timóteo 2:4). Vale ressaltar que a maior herança
deixada a Timóteo por sua mãe e avó foi a fé em Deus.
O apóstolo Paulo
observou em Timóteo uma fé não fingida, a mesma que demonstraram sua avó e sua
mãe. Todavia, Paulo tinha receio que Timóteo oscilasse na fé, por esse motivo,
o anima para que lance fora o espírito de covardia, pois, do contrário, não
seria capaz de transmitir essa mesma fé para a seguinte geração (II Timóteo 1:6-7).
A covardia pode parar um avivamento. A pressão, a crítica e o medo do sistema
podem tentar nos parar. Devemos ter cuidado com influências negativas. Nossa
missão é sempre formar uma geração que conheça o Senhor e levá-la a ter
experiências com Ele. Devemos velar para que nossos filhos, netos e bisnetos
herdem nossa fé e desejo de servir ao Senhor.
Timóteo sofreu uma
grande influência de sua avó, de sua mãe e do apóstolo Paulo. Devemos ter
bastante cuidado com os agentes da difamação e com as influências negativas. É
bom ressaltar que o conselho do apóstolo Paulo a Timóteo vale para todos nós:
“Por cujo motivo, te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela
imposição das minhas mãos” (II Timóteo 1:6); “E o que de mim, entre muitas
testemunhas, ouviste, confia-o a homem fiéis, que sejam idôneos para também
ensinarem os outros” (II Timóteo 2:2).
Responsabilidades Familiares
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Pelo padrão bíblico, o núcleo de uma
família é essencialmente formado por pai, mãe e filhos. Nesta
equação, cabe ao homem o papel de “cabeça da casa”, exercendo liderança social
e espiritual junto aos seus (Efésios 5:23 / I Coríntios 11:9). Sobre ele recai
uma tríplice função, que em via de regra, não pode ser rejeitada, postergada ou
abandonada: rei, profeta e sacerdote. Este ministério tridimensional engloba
todas as atribuições designadas pelo criador ainda no Jardim do Éden, bem como
os encargos espirituais decorrentes de sua autoridade paternal (Gêneses
1:27-29; 2:15-25, 3:17-20). Como “rei”, ele deve dominar com austeridade sobre
sua casa, fazendo desta liderança o seu parâmetro para qualquer outra atividade
secular que venha desenvolver (I Timóteo 3:4).
Cabe ao homem arcar com sustento
de seu lar, provendo alimento, moradia e vestuário, bem como alicerçar sua casa
em princípios morais e estabelecer pilares emocionais em sua família. Como
“profeta”, cabe ao pai ser um porta-voz de Deus para sua prole, ensinando os
preceitos divinos e zelando pela Lei do Senhor. Neste aspecto, ele “literalmente”
traz Deus para dentro de sua casa, tanto por meio de suas palavras
(ensinamentos), quanto por suas ações (exemplos). Já no ofício sacerdotal ele
faz o caminho inverso, levando sua família até Deus por meio de orações,
súplicas e consagrações diárias.
A mulher por sua vez e a genitora da
vida, portadora da semente divina. Desde os primeiros dias de gestação, a
ligação com o feto, ou melhor, a sintonia com seu filho já é espetacular. Ainda
ali, já aflora um amor que supera a tudo e a todos. Não importa o frio, a fome,
o sono ou a dor, a mãe está integralmente presente, protegendo, acalentando e
abençoando aquele ser indefeso, que ela defende com unhas e dentes. Esse amor
só faz aumentar, nunca cessa e jamais lhes será tirado. Mas não para por aí...
Quando analisamos o texto de Provérbios 31, nos deparamos como uma série de
virtudes inerentes ao “ministério da edificação”, que no âmbito familiar, deve
ser exercido pela mulher com plenitude de sabedoria. Obviamente, na conjuntura
social em que vivemos, as funções exclusivistas destinadas a “pais” e “mães”
estão intrinsecamente miscigenadas, sendo compartilhadas de forma profícua para
a sustentabilidade da família. Este compartilhamento de responsabilidades,
porém, não altera os valores espirituais dos ministérios familiares que devem
ser preservados com zelo e honestidade, pois Deus jamais pedirá a “Sara” um
sacrifício que cabe somente a “Abraão” e vice-versa. A beleza reside exatamente
no complemento perfeito que reside na união de forças, fator de equilíbrio na
balança da vida. Pais fortes, filhos fortes. Pais vacilantes, filhos
fracos e sem determinação. Alguém já disse certa vez que o lar é a oficina
aonde os filhos são construídos. Lares abençoados fabricam filhos abençoados.
Muitos pais colhem lágrimas amargas
porque não plantam para o futuro. Querem honrar cargos, buscam reverência
instantânea e esquecem que estamos semeando para a posteridade. Questionamos
publicamente a Deus pelo que não recebemos e com isso matamos a fé de nossos
filhos, pois veem seus pais como figuras murmuradoras e críticas que estão
estacionados na fé, decepcionadas com Deus, com a igreja e com os irmãos. Seguindo esse exemplo deturpado, eles têm seu caráter moldado num clima
de frieza espiritual. E se ao invés de murmuração e palavras ofensivas,
nossos filhos ouvissem orações de agradecimentos? E se ao invés de picuinhas e
falatórios eles nos vissem lendo a Bíblia, falando em línguas com lágrimas nos
olhos e sendo gratos pelo que temos. Provérbios 22:6 diz que nossos filhos se lembraram
do caminho em decorrência do ensinamento ministrado pelos pais. Então a questão
de grande relevância é: O que temos ensinado? Nosso lar é o agente formador do
caráter e da estrutura espiritual de nossos filhos.
A influência familiar
Uma das coisas que o
coração humano mais deseja é formar uma família. A Palavra de Deus diz que o
que encontra uma esposa acha o bem e alcança a benevolência do Senhor (Provérbios
18:22). Devemos aprender a viver em família, ser boa influência para esta e
para as futuras gerações. “Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou
sua mãe” (Provérbios 31:1). A influência dos pais é determinante sobre a
conduta de uma família. Observe o que o provérbio diz: “a profecia que lhe
ensinou sua mãe”. Pais sábios deixam um bom legado para seus filhos, deixam uma
fé forte e genuína, pois têm bastante cuidado com a herança que o Senhor lhes
confiou. Que nossos filhos não precisem buscar em outros aquilo que compete
anos, pais, oferecer. Que sejamos referencias para suas, dando-lhes não somente
o conhecimento da Palavra, mas a prática da mesma em ações e palavras, dentro e
fora de casa.
A vida e a morte estão
no poder da língua (Provérbios 18:21). Devemos usar nossa boca para abençoar
nossos filhos e não para amaldiçoa-los. Os filhos devem ser influenciados de
forma positiva. A mãe do rei Lemuel assim o fez. Filhos não devem ser chamados
de estúpidos, néscios, lesados, ou qualquer outra palavra torpe. Que fique bem
claro aos nossos corações: os filhos são herança do Senhor, e uma herança deve
ser cuidada para valorizar-se a cada dia.
Maria e José foram
exemplos de bons pais, pois tinham experiências com Deus (Mateus 1:18-25); eram
guiados pelo Senhor (Mateus 2:13-14,20-22); levaram o menino Jesus a Jerusalém,
cumprindo assim a lei de Moisés (Lucas 2:21-24); conduziram Jesus à festa da
Páscoa, quando este completou doze anos (Lucas 2:39-42); e, ainda, ensinaram a
Jesus uma profissão (Marcos 6:3).
Mães e pais devem
influenciar de forma positiva os seus filhos. Os filhos crescem observando
quais são os princípios aos quais seus pais se submetem. Que possamos sempre
dizer para os nossos filhos: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo”
(I Coríntios 11:1).
“Filho meu, guarda o
mandamento de teu pai e não deixes a lei de tua mãe” (Provérbios 6:20). Os
mandamentos e ensinamentos (leis) estão associados aos pais. Para que um lar
cresça sadio, deve ter mandamentos e ensinamentos (leis). Os pais não alcançam
recompensas imediatas, mas, se semearem corretamente e corrigirem seus filhos
para que trilhem no caminho da luz, mais tarde, eles se lembrarão o que
disseram seus pais e não se desviarão dos caminhos do Senhor (Provérbios 6:22-23).
Em nossa casa deve haver
regras, que devem ser cumpridas para que a educação seja efetiva. O que os pais
não ensinam com amor a seus filhos, infelizmente, o mundo ensinará com dores.
Por isso, pai e mãe devem sempre trabalhar em conjunto. Vale aqui ressaltar que
o livro de Deuteronômio dá importância especial à tarefa de ensinar a Lei do
Senhor para a família (Deuteronômio 4:9; 6:7-9, 20-25; 11.19). Precisamos
entender que as exigências da aliança do Eterno Deus devem ser o assunto da
conversa a todo o tempo, em casa, no caminho, de noite e de dia. Assim como os
filhos de Israel deveriam ensinar diligentemente a Lei a seus filhos, falar
dela constantemente, atá-la como sinal em várias partes do corpo e escrevê-la,
assim nós, a Igreja, devemos ensinar aos nossos filhos os princípios da Palavra
de Deus. Mais do que nunca, precisamos compreender que o amor de Deus e as
exigências de sua aliança devem ser o interesse central e absorvente de toda a
vida do homem.
Conclusão
É bem verdade que o
ensino da Palavra de Deus deve começar dentro do lar. O trabalho de uma família
prospera quando feito no temor do Senhor, o Eterno Deus (Salmo 128). Pais devem
semear corretamente e filhos devem fazer boas escolhas, para que a colheita
seja abundante (Salmo 102:18).
Em
sua infinita bondade e misericórdia, Deus criou um plano de salvação para a
humanidade e cada geração desempenha seu papel para que este plano se torne
conhecido em seu tempo. Quando uma geração não cumpre o seu propósito, os
prejuízos são incalculáveis. Devemos ser espelhos para as próximas gerações,
isto é, através das nossas atitudes anunciar as grandezas do Senhor, mostrando a
necessidade constante de termos um relacionamento íntimo e profundo com Deus.
Para uma maior compreensão desta verdade, participe neste domingo, 01 de
janeiro de 2017, da Escola Bíblica Dominical.
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