Jesus
nasceu. Tudo se fez novo. A história foi dividida em antes e depois. Milhares
de pessoas ao redor do mundo se ajuntam para celebrar seu nascimento. A simples
lembrança de sua chegada ao mundo é capaz de sensibilizar até a mais frio dos
corações.
Então,
nada mais justo, que aproveitarmos a propicia época, para não apenas festejar o
nascimento do Messias, mas sim anuncia-lo a um mundo de valores diatópicos, que
pouco a pouco se esquece que o Menino do Natal é infinitamente maior que o
Natal do menino.
Uma das
grandes lições do nascimento de Jesus é que devemos nadar contra a correnteza
do mundo, estar do lado aposto ao que é convencional, quebrar paradigmas,
estabelecer novos e melhorados princípios.
Os judeus
esperavam um rei, impetuoso e conquistador, imerso em pompas e tesouros. Jesus
nasceu pobre, numa estrabaria de Belém, e cresceu carpinteiro, cercado de
simplicidade e pureza.
Os judeus
esperavam um líder político e revolucionário, que os libertaria do julgo
romano. Jesus veio servo e trabalhador, pregando uma mensagem de amor e
obediência, capaz de libertar almas das algemas do pecado.
Jesus
ensinou que ser é melhor que ter; que intenções são tão perigosas quanto as
ações, que salvar uma alma vale mais que perder o mundo inteiro, que é preciso
perdoar o imperdoável e amar verdadeiramente até mesmo os nossos inimigos. O
Evangelho puro e genuíno não é aquele que prega revanchismo, barganhas e
vitória a qualquer custo, tão comum nos altares modernos; mas sim a mensagem de
entrega, voluntariedade e sacrifício pregada por Jesus, onde o amor e a
fidelidade não são moeda de troca e milagres não são conseguidos através de
“vale-compra” espiritual.
A memória
daquela noite em Belém é um convite para se voltar a prática do primeiro amor,
um retorno ao Evangelho simples e puro que revela Jesus... Um Jesus que cura,
que liberta, que perdoa pecados, que ama sem esperar nada em troca, que sendo
inocente morre pelos pecadores; mas que ressuscita em glória ascende ao céu
recebendo do próprio Deus todo o poder no céu e na terra. Mesmo assim, continua
tendo em seu peito, um coração pulsante que esteve em seu corpo terreno, que
sente o que sentimos e que se importa com o que importamos.
Jesus
nasceu... A festa é válida.... A celebração é genuína... Mas tudo só fará
sentido, quando de fato entendermos a mensagem da manjedoura, e compreender que
Jesus precisa renascer todos os dias em nosso coração. Somente assim viveremos
o Evangelho verdadeiro, que traz sim uma série de bênçãos espirituais e
materiais sobre os fiéis, mas cujo foco é Jesus, que em sua humildade e através
do amor, conquistou milhares e milhares de corações ao longo dos séculos.
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