A Bíblia está repleta de
profecias referente ao futuro. Quando lemos o Velho Testamento, nos deparamos
com uma série de mensagens, que no contexto histórico na qual foram proferidas,
prediziam eventos futuros. Hoje, elas já se concretizaram, tornando-se em fatos
históricos inquestionáveis. Outras, porém, continuam misteriosas até mesmo para
nós, pois sua realização depende de um acontecimento sobrenatural que ainda é
aguardado pelos fieis: o Arrebatamento da Igreja (I Tessalonicenses 4:16-18).
As riquezas de detalhes
nas profecias já cumpridas, e a gama de interpretações para eventos
escatológicos, incendeiam as rodas de discussões teológicas por todo planeta. O
mundo está em constante transformação, e é admirável como as profecias bíblicas
continuam atuais independentemente da época em que são lidas. A Sabedoria de
Deus é tão magnífica, que a Bíblia foi escrita de forma a se “encaixar” na
realidade de qualquer era, mantendo a Igreja em constante alerta, desde os
cristãos primitivos. Porém, é inegável que o mundo atual, pulsa em sinais e
evidências da proximidade da volta de Jesus, e a tecnologia, é mais uma
testemunha a clamar o “fim do mundo”.
Teólogos especializados
no tema, quase já não encontram profecias pré tribulacionistas (que
ocorrem antes da Grande Tribulação), que ainda não tenham se realizado. Em
Daniel 12:4, após receber uma série de revelações sobre o futuro de Israel, o
profeta foi alertado a sempre se manter fiel, pois nos últimos dias haveria um
“aumento significativo do conhecimento”. É uma tendência escatologia latente em
nossos dias, que os homens absorvam cada vez mais informação, desenvolvendo
intelecto e habilidades. Sombras do passado são objetos palpáveis em nosso
tempo.
Em João 14:2, Jesus
informou aos seus discípulos que chegaria o dia, que aqueles que cressem nele,
fariam as mesmas obras que Ele fez, e outras ainda maiores. Muitos associam
estas “obras maiores” com o desenvolvimento da tecnologia, pois, se Jesus andou
sobre as águas, o homem moderno consegue atravessar continentes por baixo delas
(submarinos), ou voando sobre os mares (aviões). O problema é que conhecimento
denota poder, e por sua vez, o poder meramente humano, tende a corromper quem o
possui.
Alguns leitores mais
curiosos conseguem encontrar no Velho Testamento, vislumbres de invenções
relativamente modernas. Teria Habacuque inventado o outdoor? (Habacuque 2:2).
Naum falou sobre acidentes automobilísticos? (Naum 2:2). E teria Isaías
testemunhado o voo das modernas aeronaves? (Isaías 68:8). Teorias e especulações
a parte, o texto sagrado nunca condenou o avanço tecnológico, mas alertou que
um efeito colateral da pós-modernidade seria a apostasia.
Infelizmente, o homem
permite que Satanás use o seu intelecto como uma ferramenta de iniquidade
(Mateus 24:24). Quando fazemos uma análise do vindouro império do Anticristo,
percebemos o uso nefasto que ele fará da tecnologia humana. O controle mundial
exercido em cada cidadão através da “marca da besta”, será produto da mais
avançada biotecnologia. Suas ações “miraculosas” serão assistidas por “todo
olho”, em decorrência da cobertura midiática em tempo real, com satélites
transmitindo os eventos para todo o planeta no exato instante que acontecem.
Até mesmo as assustadoras “imagens da besta” narrada em Apocalipse 13 (que
ganham vida ao serem adoradas), podem ser interpretadas como animatrônicos,
já que a robótica tem conseguido avanços grandiosos num curto espaço de tempo.
Mas se o mal vai lançar
mão destas tecnologias para seus intentos maléficos, hoje ainda podemos usá-las
para o bem. O cristianismo não pode vilanizar a tecnologia moderna, até
porque alguns dos mais importantes cientistas da história eram cristãos, entre
dos quais podemos destacar (entre tantos outros), Willian Herschel, Stephen
Hales, Roger Bacon, Sir Robert Boyd, Charles H. Townes, Joseph Murray, Nicola
Cabibbo, Michael Faraday, Samuel Morse e Isaac Newton. Construir ou destruir
não depende da ferramenta usada, mas sim do propósito das mãos que a possui.
Infelizmente, a
humanidade tem usado seu conhecimento para avançar em direção a um abismo de
perversidade. Em nome da modernidade, valores morais são renegados, verdades
imutáveis são ignoradas, a ética é esquecida e o divino é banalizado. Avançamos
em tecnologia e regredimos em espiritualidade. Usamos as bênçãos que Deus nos
concedeu para gerar maldições que inevitavelmente recairão sobre nossas
cabeças. Em prol da “evolução”, afrontamos Deus, denegrimos o homem e agredimos
a natureza. Fortunas são investidas em armas que matam milhares. A ganância nos
leva ao consumismo selvagem, e para satisfazer nossas vaidades, desmatamos
florestas, poluímos rios, contaminamos mares, enegrecemos o ar...
Estas ações não passarão
incógnitas diante de Deus: - A natureza criada aguarda, com grande
expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à
futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que
a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da
escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos
filhos de Deus. Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em
dores de parto (Romanos 8:19-22).
Pb.
Miquéias Daniel Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário