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Material
Didático
Revista Jovens e Adultos
nº 102 - Editora Betel
Aprendendo com as
Gerações Passadas - Lição 02
Comentarista: Pr.
Manoel Luiz Prates
Comentários
Adicionais
Pb.
Miquéias Daniel Gomes
Texto Áureo
Habacuque 2:3
Porque a visão é ainda
para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar,
espera-o, porque certamente virá, não tardará.
Verdade Aplicada
A visão dada por Deus é
como uma semente que necessita de tempo para amadurecer. Tanto o que somos
quanto o que iremos realizar dependerá da fé que projetarmos nessa visão.
Textos de Referência
Êxodo 14:2-4, 17
Fala aos filhos de
Israel que voltem e que acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar,
diante de Baal-Zefom; em frente dele assentareis o campo junto ao mar.
Então, Faraó dirá dos
filhos de Israel: Estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou.
E eu endurecerei o
coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o
seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o Senhor. E eles fizeram assim.
E eis que endurecerei o
coração dos egípcios, para que entrem nele atrás deles; e eu serei glorificado
em Faraó, e em todo o seu exército, e nos seus carros, e nos cavaleiros.
Introdução
Existem situações em
nossas vidas que tudo parece estar ao contrário. Nesses momentos, devemos estar
firmados na certeza de que o que Deus prometeu, Ele também é poderoso para
cumprir.
O Bichinho de Jacó
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Israel foi
planejado por Deus como uma nação modelo, na qual todos os povos da terra se
espelhariam para moldar seus conceitos éticos, sociais e espirituais. Embora
esta plenitude ainda não tenha sido alcançada, em nenhum momento de sua milenar
história, Deus deixou de estar presente na vida de seu povo, ora agindo, ora
permitindo. Israel (assim como cada pessoa deste planeta), sempre esteve as
voltas com deslizes morais e crises espirituais, e mesmo assim, a mão do Senhor
se manteve estendida para a nação, mesmo em momentos de apostasia e caos (II
Crônicas 7:14). Ao contrário de outras nações, a história de Israel é
basicamente “teológica”, já que o evento que marca a origem deste povo, é
exatamente a chamada de Abrão, que atendendo a voz de Deus, deixa para trás a
cidade pagã de Ur dos Caldeus, com destino a Canaã, uma terra da qual ele não
sabia a localização ou o nome (Gêneses 12:1-4). Ao longo desta jornada é selada
a Aliança Abraâmica, na qual Deus promete a um casal estéreo, que eles seriam
os progenitores de uma nação gigantesca. Este grandioso concerto é renovado em
Isaque, e posteriormente com Jacó, pai das doze tribos que deixaram o Egito sob o
comando de Moisés. Nesta transição de “família” para “nação”, José surge como
uma peça fundamental.
José ainda era um adolescente de 17 anos quando foi vendido por seus irmãos, e chegou ao Egito junto a caravana de mercadores ismaelitas. Negociado como escravo, logo se tornou o mais exemplar serviçal da casa de um militar egípcio chamado Potifar, que o promoveu para mordomo. Porém, a esposa de Potifar, via qualidades em José que iam muito além de seu primoroso serviço, e tentou, sem sucesso, seduzir o jovem hebreu. Frustrada pela negativa de José, aquela mulher lhe acusa de assédio e tentativa de estupro, assim, vitimado por esta enorme injustiça, José foi conduzido a prisão, onde passaria os próximos anos de sua vida. No cárcere, José teve a oportunidade de conhecer dois funcionários do palácio de Faraó, suspeitos por intentar contra a vida do rei. Através da interpretação dos sonhos de seus companheiros de cela, José revelou que o padeiro seria condenado a morte e o copeiro seria libertado e retornaria aos seus afazeres. Alguns anos depois, quando o poderoso Faraó se viu às voltas com um sonho perturbador e indecifrável que lhe tirava completamente a paz, o seu copeiro se lembrou do companheiro de cela visionário. Então, José foi retirado da prisão e conduzido a presença do monarca. Ali, o jovem hebreu (já na casa dos 30 anos), não apenas revelou o significado do sonho real (sete anos de fartura seguidos por sete anos de fome e escassez), como também apresentou o plano que evitaria um desastre nacional. Sem pensar duas vezes, o Faraó ascendeu José ao cargo de “governador”, uma mistura de ministro da fazenda com vice-presidente. Agora, o antes escravo e prisioneiro, era o segundo em comando no poderoso Egito.
Quando a fome se alastrou pela terra, os demais filhos de Jacó se apresentam ao governador egípcio, afim de comprar alimentos. Depois de uma série de provas impostas a seus irmãos, José pediu que Jacó fosse trazido para o Egito. Gênesis 46:27 revela que 70 hebreus chegaram ao Egito, onde foram regiamente recebidos, e acomodados na terra de Gosén, afim de apascentar em calmaria os seus rebanhos. José sabia que o Egito não era a terra que Deus prometera a seu tataravô Abraão, tanto que fez jurar os seus descendentes, que quando retornassem para casa, seus ossos deveriam ser levados dali (Êxodo 13:19). Muito tempo depois, entre os anos de 1570-1546 a.C, após uma batalha contra os invasores hicsos (semitas como os hebreus), Amósis “unificou” o Egito, e segundo alguns historiadores, este teria sido o Faraó que não “conheceu” a José (Êxodo 1:8). Aqui, o termo “conhecer” remete ao fato de que este governante não tinha qualquer empatia por José e seus descendentes, vendo os como um “inimigo íntimo”, que poderia sim, virar uma nova “pedra em sua sandália”.
Amósis inicia então uma pesada campanha publicitária afim de convencer a opinião pública da nocividade representada pela presença dos hebreus. A estratégia funcionou, e com o apoio popular, o Faraó passou para a próxima fase de seu plano, isolando os israelitas em sua terra e elevando drasticamente os impostos cobrados, o que obrigou aos hebreus a trabalharem exaustivamente afim de pagarem seus tributos. O texto original usa a palavra “bepharech”, que remete a ideia de “trabalho forçado capaz de quebrar o corpo” (Êxodo 1:9-11). Mesmo com tamanha opressão, o povo de Israel continuava a crescer e se multiplicar, tornando-se mais forte a cada dia. A linhagem dos Faraós, temerosa que uma nova “invasão estrangeira” minasse seu poder, passou a tomar medidas cada vez mais drásticas. Por exemplo, ordenou as parteiras que atendiam as gestantes hebreias, que assassinassem os meninos hebreus recém-nascidos, ordem esta, que não foi obedecida (Êxodo 1:22). É exatamente neste tempo de densas trevas, que nasce Moisés, um libertador para seu povo, um emissário de Deus que levaria a agora “nação” hebreia, o “Bichinho de Jacó” para a terra da promessa (Isaías 41:14).
José ainda era um adolescente de 17 anos quando foi vendido por seus irmãos, e chegou ao Egito junto a caravana de mercadores ismaelitas. Negociado como escravo, logo se tornou o mais exemplar serviçal da casa de um militar egípcio chamado Potifar, que o promoveu para mordomo. Porém, a esposa de Potifar, via qualidades em José que iam muito além de seu primoroso serviço, e tentou, sem sucesso, seduzir o jovem hebreu. Frustrada pela negativa de José, aquela mulher lhe acusa de assédio e tentativa de estupro, assim, vitimado por esta enorme injustiça, José foi conduzido a prisão, onde passaria os próximos anos de sua vida. No cárcere, José teve a oportunidade de conhecer dois funcionários do palácio de Faraó, suspeitos por intentar contra a vida do rei. Através da interpretação dos sonhos de seus companheiros de cela, José revelou que o padeiro seria condenado a morte e o copeiro seria libertado e retornaria aos seus afazeres. Alguns anos depois, quando o poderoso Faraó se viu às voltas com um sonho perturbador e indecifrável que lhe tirava completamente a paz, o seu copeiro se lembrou do companheiro de cela visionário. Então, José foi retirado da prisão e conduzido a presença do monarca. Ali, o jovem hebreu (já na casa dos 30 anos), não apenas revelou o significado do sonho real (sete anos de fartura seguidos por sete anos de fome e escassez), como também apresentou o plano que evitaria um desastre nacional. Sem pensar duas vezes, o Faraó ascendeu José ao cargo de “governador”, uma mistura de ministro da fazenda com vice-presidente. Agora, o antes escravo e prisioneiro, era o segundo em comando no poderoso Egito.
Quando a fome se alastrou pela terra, os demais filhos de Jacó se apresentam ao governador egípcio, afim de comprar alimentos. Depois de uma série de provas impostas a seus irmãos, José pediu que Jacó fosse trazido para o Egito. Gênesis 46:27 revela que 70 hebreus chegaram ao Egito, onde foram regiamente recebidos, e acomodados na terra de Gosén, afim de apascentar em calmaria os seus rebanhos. José sabia que o Egito não era a terra que Deus prometera a seu tataravô Abraão, tanto que fez jurar os seus descendentes, que quando retornassem para casa, seus ossos deveriam ser levados dali (Êxodo 13:19). Muito tempo depois, entre os anos de 1570-1546 a.C, após uma batalha contra os invasores hicsos (semitas como os hebreus), Amósis “unificou” o Egito, e segundo alguns historiadores, este teria sido o Faraó que não “conheceu” a José (Êxodo 1:8). Aqui, o termo “conhecer” remete ao fato de que este governante não tinha qualquer empatia por José e seus descendentes, vendo os como um “inimigo íntimo”, que poderia sim, virar uma nova “pedra em sua sandália”.
Amósis inicia então uma pesada campanha publicitária afim de convencer a opinião pública da nocividade representada pela presença dos hebreus. A estratégia funcionou, e com o apoio popular, o Faraó passou para a próxima fase de seu plano, isolando os israelitas em sua terra e elevando drasticamente os impostos cobrados, o que obrigou aos hebreus a trabalharem exaustivamente afim de pagarem seus tributos. O texto original usa a palavra “bepharech”, que remete a ideia de “trabalho forçado capaz de quebrar o corpo” (Êxodo 1:9-11). Mesmo com tamanha opressão, o povo de Israel continuava a crescer e se multiplicar, tornando-se mais forte a cada dia. A linhagem dos Faraós, temerosa que uma nova “invasão estrangeira” minasse seu poder, passou a tomar medidas cada vez mais drásticas. Por exemplo, ordenou as parteiras que atendiam as gestantes hebreias, que assassinassem os meninos hebreus recém-nascidos, ordem esta, que não foi obedecida (Êxodo 1:22). É exatamente neste tempo de densas trevas, que nasce Moisés, um libertador para seu povo, um emissário de Deus que levaria a agora “nação” hebreia, o “Bichinho de Jacó” para a terra da promessa (Isaías 41:14).
Mudando a geografia da mente
O capítulo 14 de Êxodo
descreve uma das situações mais delicadas já enfrentadas pelo povo de Israel. O
povo sobreviveu e a história se tornou o evento mais celebrado em toda a existência
judaica. Eles viram a morte, mas Deus viu um marco na história. Toda conquista
está relacionada à revelação que carregamos conosco. Deus não revela nada sem
propósito, Ele deseja que avancemos, sempre de acordo com Suas orientações.
Estamos nesse mundo para brilhar (Filipenses 2:15). Por esse motivo, precisamos
entender os processos da vida, pois as realizações dependem da forma como
entendemos esses processos. Quando Deus nos dá uma visão, Seu intento é que
venhamos também realizá-la. Ao olhar na ótica divina, as coisas terão outro
sentido, tanto para os possuidores da visão quanto para os que as observam (I Coríntios
2:12).
Na ótica humana, o
relato do capítulo 14 do livro de Êxodo parecia a derrota final para Israel. No
entanto, na visão de Deus era o princípio de um marco histórico. O que eles
viram como um inimigo destruidor, o Eterno viu como um grupo que testemunharia,
mais uma vez, a manifestação do poder de Deus de Israel. E, hoje, mais do que
nunca, essa história é tão real quanto nos dias em que aconteceu. Em termos
práticos, visão é muito mais que enxergar com os olhos, é sentir na própria
alma a realidade daquilo que não está fisicamente presente.
Um milagre desencadeia
uma grande história. Porém, uma grande história jamais poderá desencadear um
grande milagre. Quando, vivendo dentro da orientação do Senhor, Ele permite que
nos defrontemos com situações perigosas ou grandes ameaças, é porque tem algo a
nos ensinar e o Seu agir redundará em maior glória ao Seu Nome (Êxodo 14:13-14,
18). Infelizmente, somos uma geração acostumada a viver sem grandes milagres.
Contamos boas histórias, falamos muito das coisas do passado, mas esquecemos
que em nosso tempo Deus é Poderoso para continuar a operar grandes coisas (Hebreus
13:8).
Todos nós somos
responsáveis por dar frutos (João 15:16). O Eterno Deus projetou um destino e
uma missão para cada um de nós (Mateus 28:18-20). O apóstolo Pedro diz que
somos pedras que compõem o edifício de Deus, pedras vivas e não mortas (I Pedro
2:5). Pedras mortas até aumentam o volume de material na construção, mas não
cooperam para o crescimento do edifício.
As pessoas podem estar
em um mesmo lugar e ver coisas diferentes (I Coríntios 2:14-15). Dos doze
espias, dez viram apenas os gigantes e as dificuldades, enquanto dois deles,
Calebe e Josué, viram as possibilidades (Números 14:7-9). Os israelitas haviam
visto coisas tremendas, milagres que indicavam veracidade nas palavras dita por
Deus. Eles não tinham motivos para duvidar, porque Deus anunciava
antecipadamente o que ia realizar. Era uma questão de ter a visão correta das
coisas ao redor. Deus é sobrenatural e não existe outro modo de caminhar com
Ele, a não ser vivendo em esferas sobrenaturais (Marcos 9:23).
Todos nós temos uma
forma de perceber certas coisas. Esta maneira herdamos de nossos pais e de
todos aqueles que influenciaram nossas vidas. Essa forma de perceber as coisas
pode estar influenciada pelos temores e as limitações de nossos predecessores e
também do ambiente que nos rodeia (I Coríntios 15:33). Especialistas afirmam
que tal influência pode gerar uma distorção em nossa capacidade de realização.
Todavia, aqueles que possuem fé vivem em uma nova perspectiva de vida, de modo
a não somente sonhar, mas a realizar os projetos revelados por Deus.
Os tijolos do Egito
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
O Egito
pode ser definido como uma “incubadora” providenciada por Deus para dar
crescimento a nação de Israel. Em Canãa, a família de Jacó se dedicava
basicamente a atividade agrícola, e dificilmente desenvolveria, em tão poucos séculos, toda a expertise que adquiriu na terra dos faraós. Quando o patriarca subiu ao
Egito, levou consigo uma caravana que não chegava a uma centena de pessoas, e
quatro séculos depois, os hebreus já contavam com um contingente de 600.000
homens adultos, fora mulheres e crianças. O Egito era uma potência bélica, além
de dominar tecnologias avançadas de engenharia e medicina. Os hebreus agregaram
muito conhecimento em terras egípcias, o que certamente foi fundamental no
estabelecimento de Israel como nação, mas Deus jamais permitiria que a identidade
de seu povo desaparecesse em meio a cultura politeísta do Egito. Exatamente por
isso, nunca houve miscigenação entre os povos, e a crescente opressão imposta
pelos “nativos” aos “invasores” também se mostra historicamente fundamental
para esta preservação, mesmo que algumas influências egípcias tenham se
enraizado nos hebreus. E contrariando os prognósticos, foi exatamente nos anos
de escravidão que os hebreus alcançaram o auge de seu crescimento. Israel foi literalmente
forjado no fogo, sob o sol escaldante do Egito, debaixo do chicote abrasador de
Faraó. Deus, porém, jamais abandonou seu povo, e no momento mais dramático de
sua existência, entrou com providencia para libertar os Filhos de Abraão. Este
processo se daria em duas partes distintas: tirar os hebreus do Egito e tirar o
Egito dos hebreus. Para tal, o Deus de Abraão, Isaque, Jacó e Moisés, precisava
se revelar a todo Israel, evidenciando que nenhuma divindade egípcia teria
lugar na adoração israelita.
Um dos mais intrigantes relatos do Antigo Testamento é o decálogo de calamidades que atingiu a terra do Egito, devido à resistência de Faraó em conceder a liberdade aos escravos hebreus. Mas do que “pragas” aleatórias, cada flagelo imposto sobre a nação opressora, era na verdade uma prova cabal da ineficiência de seu panteão de deuses, perante o poder absoluto do Deus dos hebreus. Por algum tempo, as magos e sacerdotes egípcios tentaram replicar os “sinais” conclamados por Moisés, mas com o afunilamento da sentença, todos foram sendo convencidos da soberania do “EU SOU”, vendo seus ritos falharem miseravelmente, suas crenças se desfazerem como névoa e assistindo pasmados, a humilhação de seus falsos deuses. Estas terríveis pragas tiveram por fim levar até mesmo o poderoso Faraó a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima do próprio Egito, cujos habitantes deveriam ser julgados por sua crueldade e idolatria (Êxodo 9:16 / I Samuel 4:8).
Um dos mais intrigantes relatos do Antigo Testamento é o decálogo de calamidades que atingiu a terra do Egito, devido à resistência de Faraó em conceder a liberdade aos escravos hebreus. Mas do que “pragas” aleatórias, cada flagelo imposto sobre a nação opressora, era na verdade uma prova cabal da ineficiência de seu panteão de deuses, perante o poder absoluto do Deus dos hebreus. Por algum tempo, as magos e sacerdotes egípcios tentaram replicar os “sinais” conclamados por Moisés, mas com o afunilamento da sentença, todos foram sendo convencidos da soberania do “EU SOU”, vendo seus ritos falharem miseravelmente, suas crenças se desfazerem como névoa e assistindo pasmados, a humilhação de seus falsos deuses. Estas terríveis pragas tiveram por fim levar até mesmo o poderoso Faraó a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima do próprio Egito, cujos habitantes deveriam ser julgados por sua crueldade e idolatria (Êxodo 9:16 / I Samuel 4:8).
Podemos
seguramente afirmar que Deus estava desafiando os deuses egípcios em seus
próprios domínios. Cada praga descrita entre os capítulos 7 e 10 do Êxodo, era
direcionada a divindades egípcias muito específicas, colocando em xeque a
crença do povo em seus pseudo salvadores. A primeira praga, a transformação do
Nilo e de todas as águas do Egito em sangue, causou desonra ao deus protetor do
rio, “HÁPI”. A morte dos peixes no Nilo foi também um golpe contra a religião
do Egito, pois certas espécies de peixes eram veneradas, e até mesmo, mumificadas para
rituais religiosos. A rã, tida como símbolo da fertilidade e do conceito
egípcio da ressurreição, era considerada sagrada e personificava a própria
deusa “HEKT”. Assim, a praga das rãs trouxe desonra e descredito a esta
divindade que nada pode fazer contra a invasão avassaladora dos anfíbios.
A terceira praga é de grande relevância, pois foi a responsável pelos sacerdotes e magos reconhecerem a derrota de sua religião, já que eram incapazes de transformar o pó da terra em borrachudos, por meio de suas artes secretas. Eles atribuíam ao deus “TOT” a invenção da magia e das artes secretas, porém, criador e criação se provaram inúteis. Como era proibido ao sacerdote egípcio realizar seus cultos pagãs com as vestes contaminadas por “insetos imundos”, a religião no Egito foi duramente atingida por esta praga. A linha de demarcação entre os egípcios e os hebreus ficou nitidamente traçada a partir da quarta praga, quando enxames de moscões invadiam os lares dos egípcios, e os israelitas na terra de Gosén, não foram atingidos pelas infestações. Deus egípcio algum pôde impedir tamanho flagelo, nem mesmo “PTHA”, “criador do universo”, ou “BELZEBU”, cuja imagem era usada exatamente para afugentar moscas.
A praga seguinte, reconhecida como pestilência no gado, expôs e humilhou várias deidades egípcias tais como o protetor dos rebanhos “AMOM”, as deusas personificadas em vacas “HATOR” e “NUT”, e o deus touro “APÍS”. Todos se provaram impotentes, já que o gado do Egito sucumbiu, mas nenhum animal morreu nos pastos dos israelitas. O próximo flagelo causou feridas nos homens e nesta praga, Deus humilhou ninguém menos que a deusa e rainha do céu do Egito, “NEITE”. Moisés jogou o pó para o céu, e quando o mesmo se assentou, provocou tumores ulcerosos extremamente doloridos na pele dos egípcios. Os magos e sacerdotes, os primeiros a serem contaminados com a doença, não puderam mais adorar a sua deusa e rainha religiosa. Outro deus desonrado com as ulceras foi “TIFON”, um tipo de patrono da medicina, que protegia seus súditos de ferimentos. Já a forte saraivada que castigou todo o Egito (uma chuva de gelo e fogo), afrontou os deuses controladores dos elementos naturais: “ÍRIS” (deus da água), OSÍRIS (deus de fogo), SERAVIS (deusa da lavoura), RESHPU (deus das chuvas) e “MIN” (deus das colheitas). A humilhação se completou com a praga dos gafanhotos, que encheram o ar e consumiram o que sobrou da vegetação. “XÚ” (deus do ar) e “SEBEQUE” (deus controlador dos insetos), igualmente nada puderam fazer. A penúltima praga se manifestou como uma escuridão total. Com esta praga, Deus expôs a fragilidade da principal divindade do Egito, o deus sol “RÁ”, e também de “HÓRUS”, o deus solar protetor do próprio faraó. O Egito ficou nas trevas que chegavam a ser palpáveis, durante três dias, mas Israel tinha luz.
A morte dos primogênitos, inclusive entre os animais, resultou na humilhação definitiva para todo o panteão dos deuses egípcios. Os governantes do Egito realmente chamavam a si mesmos de deuses, filhos de Rá, Hórus ou Amom-Rá. Depois desta intervenção divina, todos souberam que o Deus de Israel era o Senhor de TUDO e TODOS, e seu Nome foi anunciado em toda a terra. Deus destruiu com facilidade todos os deuses do Egito e na morte dos primogênitos, demostrou que Ele tem na sua mão o poder de morte e de vida. Estava claro aos hebreus que Deus estava no controle de tudo, e que bastava a nação confiar no seu cuidado enquanto caminhavam para a casa. Infelizmente, nem sempre a vontade de Deus é aceita pelo homem, e embora o povo estivesse se afastando do Egito, ainda carregavam os tijolos egípcios, não sobre suas costas, mas dentro de seus corações.
A terceira praga é de grande relevância, pois foi a responsável pelos sacerdotes e magos reconhecerem a derrota de sua religião, já que eram incapazes de transformar o pó da terra em borrachudos, por meio de suas artes secretas. Eles atribuíam ao deus “TOT” a invenção da magia e das artes secretas, porém, criador e criação se provaram inúteis. Como era proibido ao sacerdote egípcio realizar seus cultos pagãs com as vestes contaminadas por “insetos imundos”, a religião no Egito foi duramente atingida por esta praga. A linha de demarcação entre os egípcios e os hebreus ficou nitidamente traçada a partir da quarta praga, quando enxames de moscões invadiam os lares dos egípcios, e os israelitas na terra de Gosén, não foram atingidos pelas infestações. Deus egípcio algum pôde impedir tamanho flagelo, nem mesmo “PTHA”, “criador do universo”, ou “BELZEBU”, cuja imagem era usada exatamente para afugentar moscas.
A praga seguinte, reconhecida como pestilência no gado, expôs e humilhou várias deidades egípcias tais como o protetor dos rebanhos “AMOM”, as deusas personificadas em vacas “HATOR” e “NUT”, e o deus touro “APÍS”. Todos se provaram impotentes, já que o gado do Egito sucumbiu, mas nenhum animal morreu nos pastos dos israelitas. O próximo flagelo causou feridas nos homens e nesta praga, Deus humilhou ninguém menos que a deusa e rainha do céu do Egito, “NEITE”. Moisés jogou o pó para o céu, e quando o mesmo se assentou, provocou tumores ulcerosos extremamente doloridos na pele dos egípcios. Os magos e sacerdotes, os primeiros a serem contaminados com a doença, não puderam mais adorar a sua deusa e rainha religiosa. Outro deus desonrado com as ulceras foi “TIFON”, um tipo de patrono da medicina, que protegia seus súditos de ferimentos. Já a forte saraivada que castigou todo o Egito (uma chuva de gelo e fogo), afrontou os deuses controladores dos elementos naturais: “ÍRIS” (deus da água), OSÍRIS (deus de fogo), SERAVIS (deusa da lavoura), RESHPU (deus das chuvas) e “MIN” (deus das colheitas). A humilhação se completou com a praga dos gafanhotos, que encheram o ar e consumiram o que sobrou da vegetação. “XÚ” (deus do ar) e “SEBEQUE” (deus controlador dos insetos), igualmente nada puderam fazer. A penúltima praga se manifestou como uma escuridão total. Com esta praga, Deus expôs a fragilidade da principal divindade do Egito, o deus sol “RÁ”, e também de “HÓRUS”, o deus solar protetor do próprio faraó. O Egito ficou nas trevas que chegavam a ser palpáveis, durante três dias, mas Israel tinha luz.
A morte dos primogênitos, inclusive entre os animais, resultou na humilhação definitiva para todo o panteão dos deuses egípcios. Os governantes do Egito realmente chamavam a si mesmos de deuses, filhos de Rá, Hórus ou Amom-Rá. Depois desta intervenção divina, todos souberam que o Deus de Israel era o Senhor de TUDO e TODOS, e seu Nome foi anunciado em toda a terra. Deus destruiu com facilidade todos os deuses do Egito e na morte dos primogênitos, demostrou que Ele tem na sua mão o poder de morte e de vida. Estava claro aos hebreus que Deus estava no controle de tudo, e que bastava a nação confiar no seu cuidado enquanto caminhavam para a casa. Infelizmente, nem sempre a vontade de Deus é aceita pelo homem, e embora o povo estivesse se afastando do Egito, ainda carregavam os tijolos egípcios, não sobre suas costas, mas dentro de seus corações.
A estrada da liberdade
Depois de quatrocentos
anos de escravidão, os israelitas caminham em liberdade e Deus vai se
apresentando para eles em forma de milagres. O maior desafio de Moisés não foi
tirar o povo do Egito. Sua maior batalha era tirar o Egito de dentro do povo. A
estrada que nos conduz à Terra Prometida tem percursos totalmente contrários
aos que chamamos óbvios. Deus conduziu o Seu povo pelo caminho mais longo do
deserto, perto do Mar Vermelho (Êxodo 13:18). O Mar Vermelho fazia parte do
aprendizado que aquele povo deveria passar. A Jornada estava apenas começando e
Deus queria ensinar valiosas lições a esse povo. A cada passo que Israel dava,
Deus se manifestava de uma forma que pudessem entender que Ele estava presente.
Quanto mais longo o caminho, maior será a glória revelada (Deuteronômio 29:29).
A impaciência nos faz
agir a partir de nós mesmos. Nos momentos em que o nosso coração se sente
apertado, pensando que é o fim, forças contrárias nos estimulam a fugir do
aperto, a buscar um atalho para nos livrar, a procurar quem nos cure do
abandono e nos tire do deserto. O povo de Israel vacilava em não acreditar que
estava totalmente protegido. Adiante deles estava uma nuvem, que os refrescava
durante o dia, e, à noite essa nuvem se transformava em uma coluna de fogo,
para iluminar o caminho, a fim de que pudessem caminhar também durante a noite
(Êxodo 13:21-22)
Antes que o povo
avançasse pelo caminho do mar, Deus ordenou que o mesmo retrocedesse (Êxodo 14:2).
Mas qual seria o intento de tão estranha ordem, visto que Faraó vinha ao
encontro de Israel para exterminar a todos? Deus faz seu líder entender o
porquê (Êxodo 14:3-4). Nem sempre retroceder é perder. Às vezes, significa
reorganizar.
Retroceder significa uma
mudança de direção. Voltar tratava-se de um desvio súbito de direção ao sul, ao
invés de continuarem marchando para o leste. De qualquer maneira, os egípcios
iriam interpretar a ação como a incapacidade dos israelitas de encontrarem a
rota direta para Canaã. Deus preparou o palco da derrota de Faraó. Na mente do
monarca egípcio, o povo de Israel estava desorientado, perdido e confuso. Na
mente dele, Israel parecia ter enveredado por um beco sem saída, já que o mar
barrava o caminho à sua frente e o deserto o cercava em todas as outras
direções. É importante ressaltar que Deus sempre deseja nos ensinar em tempos
difíceis.
O povo de Israel estava
com muito medo (Êxodo 14:10). Então, algo interessante acontece. Aqueles que
caminhavam de forma orgulhosa e independente, agora clamam a uma só voz. É a
primeira vez que aquele povo orgulhoso clama em massa. Não são raras as vezes
em que o Senhor nos conduz a situações difíceis para confrontar nosso espírito
orgulhoso e fazer brotar em nós uma dependência em Sua pessoa.
A maior luta do cristão
é sempre entender a vontade e os caminhos traçados por Deus. O que eles viram
como o fim, era apenas o começo. Se existe uma grande pressão sobre nós, e
estamos sob os cuidados de Deus, isto é sinal de que o palco de uma grande
vitória foi preparado para nós na presença de nossos inimigos (Salmo 23). O
povo de Israel pode, sem sombra de dúvida, ter “clamado” a Deus por ajuda, mas
sua primeira reação, como aconteceu frequentemente no deserto (Êxodo 16:2-3),
foi culpar Moisés. Tal atitude foi errada e bem humana. Várias e várias vezes
nós nos reconhecemos em Israel. Deixemos o orgulho de lado e coloquemos a nossa
vida em inteira dependência ao Senhor.
Um caminho no mar
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Após a
saída do Egito, o povo se movia de acordo com a vontade do Senhor, e portanto,
foi o Todo Poderoso que conduziu Israel até PI-HAIROT, que significa “sem
saída”. Aquele lugar pode ser descrito como uma fenda ou um vale no meio de uma
região rochosa, que se encerrava exatamente no grande Mar Vermelho. Quando
Faraó soube que os israelitas tomaram este caminho, ascendeu seu coração em
ira, e colocou todo o seu poderoso exército no encalço dos hebreus. Agora a
situação estava terrivelmente complexa. Presos em PI-HAIROT, cercados de
rochedos, com o Mar Vermelho à frente e Faraó na dianteira. Um beco sem saída.
Desesperado, o povo automaticamente se voltou contra seu líder, que foi
duramente criticado e responsabilizado pelo iminente massacre que Israel
sofreria no deserto. Moisés então recorreu ao Senhor para saber o que deveria
fazer. Deus ordenou que o povo continuasse marchando em direção ao mar, e que
Moisés tocasse com seu cajado nas águas.
Feito isto, a nuvem de fogo que conduzia os israelitas se retirou de sobre o povo, e se colocou entre Israel e Faraó. Neste instante, a nação se viu em completa escuridão, já que a luz da coluna de fogo lhes foi retirada. É como se Deus pegasse alguém desesperado e o trancasse num quarto escuro, e durante toda noite se mantivesse em silêncio. Porém, quem conhece seu Deus, sabe que quando Ele se cala, seu trabalhar fica ainda mais intenso. Uma série de “acidentes” começaram a tumultuar a caminhada egípcia, já que as rodas dos carros a todo instante se soltavam. Enquanto isso, no mar, durante toda a noite, um vento soprava sobre as águas, pavimentando uma estrada seca no meio do oceano. Mas nada disso foi percebido pelo povo durante a noite, que só vislumbrou o milagre ao amanhecer. Com o mar aberto, o povo passou. Do outro lado foi levantado um memorial para que o testemunho do grande livramento fosse perpetuado entre as gerações. Deus trabalha pelo seu povo, mesmo que este mesmo povo não perceba.
Feito isto, a nuvem de fogo que conduzia os israelitas se retirou de sobre o povo, e se colocou entre Israel e Faraó. Neste instante, a nação se viu em completa escuridão, já que a luz da coluna de fogo lhes foi retirada. É como se Deus pegasse alguém desesperado e o trancasse num quarto escuro, e durante toda noite se mantivesse em silêncio. Porém, quem conhece seu Deus, sabe que quando Ele se cala, seu trabalhar fica ainda mais intenso. Uma série de “acidentes” começaram a tumultuar a caminhada egípcia, já que as rodas dos carros a todo instante se soltavam. Enquanto isso, no mar, durante toda a noite, um vento soprava sobre as águas, pavimentando uma estrada seca no meio do oceano. Mas nada disso foi percebido pelo povo durante a noite, que só vislumbrou o milagre ao amanhecer. Com o mar aberto, o povo passou. Do outro lado foi levantado um memorial para que o testemunho do grande livramento fosse perpetuado entre as gerações. Deus trabalha pelo seu povo, mesmo que este mesmo povo não perceba.
Mas a
ameaça ainda era latente, pois Faraó se lançou ao mar com seu exército, em furor e velocidade, ansioso por trazer morte aos israelitas. Então, Deus
ordenou a Moisés que tocasse novamente nas águas, e o mar se fechou sobre os
egípcios, decretando a vitória de Israel, sem que nenhuma batalha fosse
travada. Miriam, então, ajuntou as mulheres israelitas, e munidas de pandeiros,
entoavam louvores dizendo: Só o Senhor é Deus! Poucas horas
antes, seus corações estavam tomados pelo medo, enquanto se viam encurralados
em Pi Hairote, impotentes diante do oceano e indefesos contra o exército de
Faraó, sem perspectivas ou esperanças. Mas agora, o mar era um obstáculo
vencido e as ondas traziam para a margem os corpos desfalecidos dos egípcios,
que a esta altura já não apresentavam qualquer perigo. Quando Deus peleja, a gente se cala... Nossas bocas só devem ser abertas para louvar! Haviam sim motivos para
comemorar, mas o que Israel não sabia é que aquele era apenas o primeiro passo
de uma jornada longa e difícil, que se estenderia por quatro décadas.
No mar, Israel não ouviu Deus, não viu Deus, não entendeu Deus... Mas Deus nunca deixou de trabalhar por eles. Deus se cala, mas nunca cruza os braços. Aquela página em branco que divide a Bíblia em Antigo e Novo Testamento é significativa. Representa um período de 400 anos em que Deus se manteve no mais absoluto silêncio, sem uma única palavra a humanidade, porém, quando volta a falar quatro séculos depois, é para anunciar que o Messias estava chegando. Deus se manteve em silêncio, mas não havia parado de trabalhar. Ele estava preparando o maior acontecimento da história: A Encarnação do Verbo! Confie na direção e no trabalhar de Deus.
No mar, Israel não ouviu Deus, não viu Deus, não entendeu Deus... Mas Deus nunca deixou de trabalhar por eles. Deus se cala, mas nunca cruza os braços. Aquela página em branco que divide a Bíblia em Antigo e Novo Testamento é significativa. Representa um período de 400 anos em que Deus se manteve no mais absoluto silêncio, sem uma única palavra a humanidade, porém, quando volta a falar quatro séculos depois, é para anunciar que o Messias estava chegando. Deus se manteve em silêncio, mas não havia parado de trabalhar. Ele estava preparando o maior acontecimento da história: A Encarnação do Verbo! Confie na direção e no trabalhar de Deus.
Nova geração, novas diretrizes
O caminho aberto pelo
meio do Mar vermelho revela não somente o que Deus é capaz de fazer por Seu
povo, mas com Ele cria caminhos diferentes e extraordinários quando está a
conduzir Seu povo com Sua potente mão. Ser aliado do Todo Poderoso é sempre a
opção para quem deseja alcançar o cumprimento das promessas do Senhor. “Deixa-nos,
que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos
egípcios do que morrermos no deserto” (Êxodo 14:12). Essa palavra é sempre
interpretada como incredulidade ou ingratidão, mas a situação era de pânico.
Por um dado momento, esse povo temeu um sistema que durante anos o escravizou.
Parece incrível, mas eles ainda estavam aprendendo a confiar em Deus. O Senhor,
para eles, era apenas um sonho da liberdade. Embora Moisés lhes dissesse que
Deus havia preparado tudo para que Faraó e seu exército sucumbissem, o conflito
deles ainda era escrava. O seu maior inimigo eram os pensamentos que portavam
dentro de si. Muito mais que tirá-los do Egito, o desafio era livrá-los do
sistema escravo que havia em suas almas.
Infelizmente, nos nossos
dias, muitas gerações vivem em conflito, a procura de uma libertação, porque
internamente ainda são escravos (Lucas 4:18-19). Há pelo mundo uma geração cheia
de perguntas sem respostas, geração faminta e sedenta por Deus. É uma geração
que necessita da verdadeira liberdade (João 8:32, 36).
Deus poderia ter
resolvido o problema desde o momento em que enviou Moisés diante de Faraó. Mas
por que motivo Deus age assim? Deus age com cada pessoa de acordo com o que
planejou para ela. Ele não precisava pedir que Abraão sacrificasse Isaque, nem
precisava sacrificar Seu Filho Jesus. Mas Ele estabelece regras, cria caminhos
e em cada gesto seu aprendemos mais e mais sobre a sua grandeza (Isaías 64:4).
Deus nos chama para
caminhar no sobrenatural e isto envolve confiar nEle, mesmo não entendendo,
algo que paulatinamente vamos aprendendo, porque é de glória em glória que
somos aperfeiçoados (II Coríntios 3:18). Uma coisa é certa os caminhos de Deus
são sempre seguros. Nada falha, nada dá errado. Seus pensamentos são altíssimos
e Sua Palavra sempre exata (Isaías 55:8-9). Não há segredo! O caminho da bênção
do cristão é obedecer ao Eterno Deus, mesmo quando tudo parece contrário.
Quando não havia mais
saída, Deus abriu o mar. A diferença entre o natural e o espiritual é que o
natural escraviza e o espiritual liberta. Deus é Espírito e onde estiver haverá
liberdade (II Coríntios 3:17). A vida sobrenatural só assusta a quem não
conhece a Deus, porque Ele é sobrenatural e não trabalha no âmbito da lógica
humana. Assim, a realidade de nossas vidas será determinada pelo nível de
revelação que tivermos de Deus. O intelecto faz com que nos conformemos com uma
vida natural e esse será sempre o limite de quem não rompe. Deus não abriu
somente o mar; Ele rasgou o véu, Ele enviou o Espírito para revelar as coisas
mais profundas que a humanidade é capaz de ver (I Corintios 2:10-11).
É nessa dimensão que
Deus deseja nos inseri. Não pelo caminho que traçamos, mas pelo caminho que Ele
projetou para nós. A revelação de Deus sempre causará um choque naqueles que
estão acostumados a ouvir sempre um mesmo discurso. Quando as pessoas vivem sob
a antiga aliança, como alguns dos contemporâneos de Paulo (Gálatas 2:4),
procurando aceitação diante de Deus pelas obras da Lei, não há liberdade. Mas
as exigências da Lei não podem ser cumpridas e, por isso, tais pessoas
permanecem sob a condenação da Lei. Entretanto, sob a aliança do Espírito, há
liberdade para conhecer os caminhos de Deus, que nos são revelados pela Sua
Palavra. Já não há mais memória de pecados (Romanos 4:6-8), nem condenação para
o pecador (Romanos 8:1).
Conclusão
Nestes dias em que
estamos vivendo, mais do que nunca a oração da Igreja deve ser para que nossa
geração se volte para o Eterno Deus, torne-se urgentemente sensível a sua voz e
ande pelo caminho que Ele deseja conduzi-la.
Em sua
infinita bondade e misericórdia, Deus criou um plano de salvação para a
humanidade e cada geração desempenha seu papel para que este plano se torne
conhecido em seu tempo. Quando uma geração não cumpre o seu propósito, os
prejuízos são incalculáveis. Devemos ser espelhos para as próximas gerações,
isto é, através das nossas atitudes anunciar as grandezas do Senhor,
mostrando a necessidade constante de termos um relacionamento íntimo e
profundo com Deus. Para uma maior compreensão desta verdade, participe neste
domingo, 08 de janeiro de 2017, da Escola Bíblica Dominical.
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