Material Didático
Revista Jovens e
Adultos nº 98 - Editora Betel
Casamento e
Família - Lição 10
Comentarista: Pr.
Valdir Alves de Oliveira
Comentários
Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Pb. Bene Wanderley
Texto Áureo
Cantares 8:7
As muitas águas não poderiam apagar este amor nem
os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor,
certamente a desprezariam.
Verdade Aplicada
Quando as crises no casamento são identificadas e
não há omissão para tratá-las nem para deixar que se acumulem, fica mais fácil
superá-las.
Textos de
Referência
Efésios 5:24-25; 28; 33
De sorte que, assim como a igreja está sujeita a
Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também
Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.
Assim devem os maridos amar as suas próprias
mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
Assim, também vós, cada um em particular, ame a sua
própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Enfrentando
conflitos com sabedoria
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Em Provérbios 11:14, Salomão
escreveu que o sucesso de uma instituição depende de seus conselheiros, pois é
exatamente no confrontamento de ideias, que as resoluções mais sábias são discernidas. O casamento é de fato, a instituição mais
antiga da terra, sendo a célula mãe da qual se origina a família. Casamentos
bem estabelecidos são como alicerces sobre os quais se sustentam todos os
pilares de um lar. Logo, o “conselho” que se reúne para debater as questões
relevantes desta instituição sagrada, deve ser formado exclusivamente por
“marido” e “mulher”, sem a priorização de argumentos terceirizados. Ninguém
conhece melhor a intimidade de um casal do que eles mesmos. É até possível formar conceitos sobre a
relação de alguém, e a partir daí tirar alguma conclusão unilateral. Porém, por
mais criteriosa que seja a análise, ela se mostrará falha e insustentável, pois
um casamento só é plenamente entendido, se for vivido diariamente, sentindo o
latejar das emoções na própria pele. A sabedoria brejeira do povo brasileiro já
nos ensina que “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Ninguém
esta apto a julgar um casamento que não seja o seu, pois não “convive” com
aquele casal entre quatro paredes, não conhece o âmago da relação e nem as
individualidades minimalistas de cada um dos cônjuges. Casamento precisa de auto-
avaliação, auditoria interna e muita reunião de pauta para entender “causas e
efeitos”. Somente os dois. Olhos nos olhos. Verdade contra verdade.
Podemos dizer que existem dois
tipos de verdades. A primeira, é a “verdade absoluta”, para a qual não existe
questionamento. A segunda, é a “verdade individual”, formada pelas ideologias,
crenças e convicções pessoais de cada indivíduo. Geralmente, ela esta
equivocada. Não é por que um dos cônjuges pensa de determinada maneira, que o
outro pensará da mesma forma também. Existem sim divergências, afinal, num
casamento, temos o “um” formado por “dois”, que trilharam caminhos diferentes
antes de se unirem numa só estrada. Assim, cada um traz para a relação a sua
visão de mundo, sua ética pessoal e seu próprio senso de justiça. Cada cônjuge
tem a “sua verdade”, e infelizmente (ou felizmente), existem poucas pessoas no mundo com
disposição para renunciar sua convicção em prol da certeza alheia. Essa
diferença não é um defeito do casamento. Pelo contrário, ela agrega valores ao
matrimônio e enriquece a relação, pois um pode (e deve) aprender diariamente
com o outro. Um casamento onde marido e mulher compartilham suas verdades
distintas, e buscam em oração, alinhá-las a vontade de Deus, estará a meio
passo do sucesso familiar.
No sentido prático, no contexto
idealizado por Salomão, “CONSELHO” é uma reunião onde pessoas que possuem
conhecimento de causa e domínio intelectual sobre determinado assunto, expõem
suas idéias, aspirações e analises, buscando um senso comum que seja benéfico
a todos os envolvidos. Diálogo, comunicação, entendimento e renúncia. Muitos são
os mecanismos disponibilizados ao casal para que contornem suas diferenças e
superem seus conflitos. Se drenarmos um rio, veremos que seu leito é repleto de
pedras, valas e elevações. Em teoria, estes seriam obstáculos para a fluidez
das correntes. Mas na prática, não são. Os rios não se deixam intimidar pelos
obstáculos em seu caminho. Eles simplesmente avançam, contornando rochas e
preenchendo lacunas com suas próprias águas. Um casamento que está firmando em
Deus, sendo construído diariamente com afeto, carinho, respeito, franqueza e
verdade absoluta, se parece com um rio caudaloso que segue seu fluxo rumo ao
mar. As pedras ainda estão ali, mas não interferem em seu curso. Ele tem
tanto conteúdo em si, que consegue compensar qualquer desnível, e até mesmo as
fendas mais profundas, de modo que as falhas “geográficas” não atrapalhem sua
fluidez... Os conflitos são inerentes ao casamento. E natural que estejam lá.
Mas o casal sábio busca seu caminho de modo a ultrapassar suas próprias
barreiras, sem deixar que elas atrasem sua chagada a um futuro de glória. Com a
sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece; e pelo
conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e agradáveis
(Provérbios 24:3-4).
Não existe
casamento perfeito
Os obstáculos que se opõem ao casamento são
vencidos quando o casal se une e entrega nas mãos do Senhor Deus todas as
preocupações, confiando na sua poderosa e maravilhosa intervenção. Em todas as
parcerias, sociedades e associações existem conflitos. Onde se reúnem no mínimo
duas pessoas já existem problemas de relacionamento. O importante é adquirir a
capacidade de resolver as situações conflitantes para apaziguar e amenizar um
desfecho que poderia ser traumático. O casamento não é diferente. Muitas
situações surgem e precisamos aprender a lidar com todas elas, sob pena de
perder o nosso convívio familiar. Por isso, o casamento não é perfeito, porque
somos seres humanos sujeitos a falhas. No entanto, não podemos desistir de
caminhar rumo à perfeição. O que mantém o casamento não é capacidade de não
brigar. O sustento de um matrimônio honroso é a capacidade do casal dialogar e
chegar a um acordo. É a capacidade do casal se arrepender de uma coisa feita de
forma errada. É a capacidade do casal se reconciliar. É a capacidade do casal
se perdoar. Os conflitos entre os cônjuges existem normalmente. Imaginamos que
no casamento não há lugar para discórdia, discussões, mas só mar de rosas, lua
de mel, alegria e harmonia. Porém, infelizmente, a realidade é outra, pois são
pessoas de diferentes personalidades buscando objetivos comuns. São
características individuais de personalidade, pontos de vistas diferentes,
valores de referência. O que é essencial para um cônjuge pode ser supérfluo
para outro. Todos nós passamos por conflitos, mas para identificá-los e
tratá-los, nem todos têm as habilidades. O objetivo desta lição é ajudar os
cônjuges a superar as dificuldades e as tempestades que se levantam contra o
casamento. Com inteligência e sabedoria tudo pode ser solucionado, sem
desestruturar o casamento. Destaque para achar a solução dos conflitos de forma
civilizada, procurando conservar o casamento e zelando pela continuidade da
família, é o nosso permanente dever e o nosso grande desafio. Sempre existe a
capacidade de tornar o nosso casamento bem-sucedido. Precisamos ter apenas o
desejo de procurar constantemente o seu aperfeiçoamento.
O que mantém o casamento não é a capacidade de
resolver todos os problemas. É a capacidade de superar os conflitos, mesmo que
não chegue a um acordo satisfatório. É a capacidade de conviver com os
problemas, mesmo com aqueles que aparentemente não tenham solução. É a
capacidade de aceitar as imperfeições um do outro. É a capacidade de aceitar o
cônjuge sem remodelá-lo, sem querer modificá-lo. É a capacidade de entender que
errar é humano. Conflitos existem desde que o mundo é mundo, desde o Jardim do
Éden, desde a primeira família criada por Deus, com um jogando a culpa no
outro. Achar a solução e conservar firme, zelando pela preservação da harmonia
no casamento, é o nosso dever e o nosso grande desafio, pois é uma instituição
de Deus. Conflitos existem também entre os irmãos. Varias são as situações
encontradas na Palavra de Deus: a inveja de Caim, lavrador da terra, contra a
oferta de Abel, pastor de ovelhas (Gêneses 4:1-8); a incompreensão do irmão
mais velho com o filho pródigo (Lucas 15:25-32); a vingança de Absalão contra
Amnom por causa de sua irmã Tamar (II Samuel 13:23-33). Também precisamos
adquirir a capacidade de resolver os problemas conflitais entre os nossos filhos.
O que mantém o casamento não é a capacidade de
satisfazer todos os desejos do cônjuge. É a capacidade de diagnosticar as
prioridades buscando solução. É a capacidade de mostrar que nem tudo é
possível. É a capacidade de se fazer entender diante do sim e do não. Um
casamento abençoado não aparece do nada. Ele é construído passo a passo com a
graça de Deus. O casamento feliz é resultado de renúncias e concessões de ambas
as partes. O casamento consolidado é aquele que os cônjuges evitam atitudes que
possam abalar a sua estrutura, principalmente palavras ofensivas e críticas
negativas (Provérbios 15:1; 18:21).
Não fuja das
responsabilidades
Comentário Adicional:
Pb. Bene Wanderley
Superar conflitos existentes no
relacionamento familiar, é um desafio para essa geração onde tudo virou
descartável, até mesmo coisas que antes eram de grande valor, como por exemplo,
o casamento. Pessoas que juram manter a integridade no casamento até que a
morte os separe, e ousam ser leais a esta promessa, estão cada vez mais
escassas de se encontrar. A vida agitada, a supervalorização do ”EU”, a
modernidade e a pratica do “amor livre”, fazem as pessoas quererem viver cada
vez mais sem responsabilidades. Estes são fatores determinantes para a triste
realidade que estamos vendo nos relacionamentos conjugais hodiernos. Mas o que
queremos mostrar através dessa lição tão importante, é que apesar das
muitas dificuldades que existem no relacionamento familiar, ainda é possível
viver em harmonia e paz dentro de um lar genuinamente cristão. Em primeiro
lugar é preciso compreender que não existe casamento perfeito e nem final feliz
do tipo “contos de fada”. Existe sim, pessoas que se uniram por amor e
obediência a Santa Palavra de Deus, e que juraram no altar viverem juntos em
toda e qualquer circunstâncias. Mas o problema de muitos casamentos (principalmente de cristãos), é a falta de planejamento pré casamento. Os
relacionamentos de hoje são feitos de forma errada, as pessoas não procuram avaliar
antecipadamente os aspectos que realmente importam, tomam decisões sem
planejamento, se envolvem pela aparência e interessados em possíveis vantagens que possam obter com aquela relação. E quando se vêem em dificuldades, logo
acham que a unica solução possível é o divorcio, e então, o casamento chega ao fim.
Pessoas imaturas que não se
prepararam para os desafios do amanhã, terão problemas sérios não só nos
relacionamentos, mas em todas as áreas da sua vida. O casamento requer muita
responsabilidade, e ainda mais equilíbrio mental e espiritual para
enfrentar os desafios da rotina diária. Saber que o casamento não é perfeito, é um
ponto chave para vencer tais desafios. É preciso desenvolver a consciência de
que seu cônjuge tem limitações e imperfeições variadas, pois assim como você, também é
um ser humano com seus muitos problemas, dificuldades e falhas. Para que o
relacionamento familiar venha resistir aos vários conflitos existentes, se faz
necessário um sacrifício de ambos os lados, exercendo a misericórdia, a
paciência e o amor. E o AMOR é indispensável.
Os
desafios devem ser enfrentados com coragem e fé. Saber que tudo na vida tem
solução e que temos um Deus que nos ajuda nas nossas fraquezas. Correr dos
problemas não resolverá nada, só acrescentará mais sofrimentos e desgaste
mental. Por tanto deve
haver um esforço para manter o equilíbrio emocional dentro do lar. Precisamos
urgente em nossas igrejas trabalhar a mente dos nossos jovens para os desafios
de viver uma vida à dois. A falta de ensino nessa área é de uma deficiência
assustadora em diversas comunidades cristãs, pois temos muitos eventos na igreja
para “entreter” as pessoas, mas temos pouco para ajudar as famílias em seus
desafios. Procuramos muitas alternativas para preencher o vazio existente nos "outros", mas pouco fazemos para preencher de valores as nossas famílias. Então, o que (e como)
fazer? Já estamos no caminho agora, ensinando (e aprendendo) junto as famílias.
Dizendo que é possível vencer e superar os desafios da caminhada familiar.
Lembre-se
que mesmo não existindo casamento perfeito, é possível viver um casamento
maravilhoso. Nele, os cônjuges devem respeitar os limites do seu parceiro. Não
somos iguais, temos diferenças e elas devem ser respeitadas, principalmente em
relação a mulher, que é segundo a Bíblia, o vaso mais sensível. Muitos
casamentos têm se desfeito por falta de respeito aos limites que cada um tem.
Saber discernir as situações que nos cercam é uma habilidade valiosa. Saber
conduzir seu lar e resolver os problemas existentes no casamento num ambiente
de paz, abre as portas para muitas vitórias e venturoso crescimento. Crescer
juntos com as experiências de ambos é recompensador, e trará resultados que repercutiram
pelas próximas gerações. A superação dos desafios de um casamento fortalece os cônjuges
espiritualmente e os mantém alicerçados nos padrões bíblicos de moralidade. Meu
conselho aos casais, e aos candidatos ao matrimonio (namorados e noivos), é o
mesmo: prepare- se esmeradamente, para esse momento tão lindo e abençoador. E
depois de julgar já estar “preparado”, se prepare ainda mais... Entre nessa arca sem medo e sem reservas,
acreditando em Deus que os guiará até o fim, lhes dará força e coragem para
vencer todos os desafios.
Todas as pessoas possuem limites físicos,
intelectuais, emocionais e psicológicos. Limites são linhas demarcatórias que
dizem até onde podemos avançar. É o fim das nossas capacidades, quando não
temos forças suficientes para seguir em frente. Entenda que isto é normal no
ser humano. Exigir mais do que a pessoa possa oferecer é uma insensatez.
Desenvolva a capacidade de reconhecer o
valor do cônjuge. É a capacidade de elogiar cada progresso conquistado
pelo cônjuge. É a capacidade de reconhecer todos os dotes da pessoa amada. É a
capacidade de não criticar pelo progresso em que demora a chegar. É a
capacidade de esperar pelo desenvolvimento do cônjuge, e compreender que às
vezes nunca chegará, pois na vida algumas coisas mudam, outras não. A Palavra
de Deus ensina que o elogio edifica o casamento, mas a crítica (a negativa e
não a construtiva) destrói (Provérbios 31:30 / Cantares 4:7-10). Infelizmente,
muitos cônjuges só sabem reclamar. Para eles, nada está bom ou do jeito que
gostam. É preciso ter em mente que isso frustra o parceiro, pois, por melhor
que seja realização de algo, nunca estará à altura do que o outro espera. O
hábito de elogiar certamente mudará a rotina do casal para melhor. Não deve ser
algo superficial ou artificial, puramente porque tem que fazer, mas com
sinceridade e verdade, como uma maneira de incentivar e mostrar para o outro
que você acredita em seu potencial.
É a capacidade de atender às necessidades íntimas
do cônjuge dentro de um padrão aceitável por ambos. É a capacidade de entender
que não é a quantidade, mas a qualidade do relacionamento que se torna mais
importante e saudável. É a capacidade de compreender quando o cônjuge não está
bem e precisa de um tempo. Podem surgir ocasiões em que os parceiros conjugais
concordem em abster-se por algum tempo das relações normais a fim de se
entregarem mais devotamente à oração e o jejum (I Coríntios 7:5). No entanto
isso é patentemente excepcional. Normalmente, cada um pertence ao outro de modo
tão completo que o apóstolo Paulo chamou essa negação do corpo de um ato de
“fraude”. A interrupção das relações íntimas dentro do matrimonio, mesmo com
santo propósito, só pode ser feita com mútuo consentimento.
O que mantém o casamento
não é a capacidade de subjugar o cônjuge,
mas sim a capacidade de entender que não se amarra uma pessoa com cadeados,
correntes, trancasse e algemas. No entanto, se mantém com amor e carinho. É a
capacidade de compreender que a pessoa amada é um ser humano, que vive de
emoções, tem carências afetivas, precisa de atenção e destaque. É a capacidade
de saber que a grosseria é o câncer que devora o amor. É a capacidade de não
praticar o ciúme doentio que apaga a felicidade. É a capacidade de confiar na
pessoa amada e não suspeitar mal. Para solucionar os conflitos familiares, há a
necessidade de se admitir a culpa quando houver o erro. Aceitar a
flexibilidade, sempre ceder e não ser rígido demais, renunciar posições
radicais. Evitar as críticas, pois, infelizmente, os elogios se esquecem, mas
as críticas acabam sendo levadas para o resto da vida. Devem-se evitar
exageros, não dar valor ao problema além da sua magnitude ou “fazer tempestade
em copo d’água”. Exercer o perdão, não só de boca, mas mostrando as atitudes de
uma pessoa que perdoou e que não joga na cara, nem fala mal.
Amor profícuo e
transformador
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Quando lemos o livro de Oséias,
observamos Deus usando o casamento de seu profeta para ilustrar o tipo de
relacionamento que buscava com seu povo. Gômer não era a imagem da esposa
ideal, muito pelo contrário, insistia numa vida de libertinagem e luxúria,
sendo atraída constantemente para amores efêmeros e ilusórios. Mãe relapsa e
esposa infiel, nada naquela mulher justificava o amor de seu marido. Mesmo
assim, Oséias a amava intensamente, e lutava com todas as forças que possuía para
salvar seu casamento. O esforço do marido não passava desapercebido por sua
esposa, que tinha sim consciência de como estava sendo injusta com aquele homem
bom. Mesmo assim, ela optou por abandonar sua casa e buscar deleites em braços
que rapidamente deixaram de abraçá-la. Desemparada
e vivendo em miséria, Gômer foi surpreendida pelo amor de seu marido mais uma
vez, já que ele se dispôs a pagar um alto preço, trazendo a de volta para casa,
e a livrando definitivamente de suas dívidas profanas. O grande amor de seu
marido constrangeu Gômer a uma mudança radical em sua vida. Por um longo
período, sua fidelidade foi colocada à prova, confirmando a transformação de seu
caráter (Oséias 3:3). Pela narrativa, fica subentendido que ela finalmente
passou a ser uma esposa amorosa, uma mãe dedicada e uma serva do Senhor. O amor
prevaleceu sobre todas as imperfeições morais e fraquezas de caráter. Amor
capaz de transformar.
Obviamente, nenhum
casamento deve chegar aos extremos vividos por Oséias e Gômer, para finalmente
experimentar o poder transformador do amor. Deus usou a vida conjugal do
profeta como uma metáfora para a condição moral de Israel, dominada por um
espírito de prostituição. Mesmo assim, Deus amava profundamente seu povo e
estava disposta a pagar um alto preço por seu resgate, desde que, a “esposa
infiel” estivesse disposta ao arrependimento. Tropeçar e cair faz parte da
natureza humana. O perigo da queda é tão presente em nossa caminhada, que em I
Coríntios 10:12, Paulo nos alertou a não sermos demasiadamente seguros de nossa
posição, e estando de pé, cuidar-se para não cair. Mas se a queda acontecer, ainda não é o fim.
O amor é profícuo até mesmo quando o erro acontece, a mentira se revela ou
decepção bate na porta. Ele aponta o caminho para a restauração. Por amar, nos
arrependemos e, por amor somos perdoados. Arrependimento e perdão são matérias primas
celestiais que constroem (e reconstroem) os mais belos relacionamentos e as mais
verdadeiras histórias de amor. Jó 14:7 diz: Mesmo que a árvore seja cortada,
tombar e cair.... Ainda que suas raízes apodreçam no solo e seu tronco morra no
chão.... Há esperança para ela.... Ao cheiro das águas ela brotará outra vez e
seus ramos se renovarão.... Ela voltará a frutificar, pois renascerá como se
fosse uma planta nova!
Só estamos vivos, porque Deus é misericordioso. Seu amor nos abraça mesmo quando nos vestimos com mantos recobertos de espinhos. O Todo Poderoso “sangra” por sua “esposa”. No Salmo 103, o salmista declara que Deus conhece nossa estrutura, sabe que somos pó, e por isso, tem misericórdia de nós... Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor se compadece de mim e de você. O amor de Deus independe de nossas qualidades e não diminui por causa de nossas imperfeições. Ele continua de braços abertos, esperando que retornemos aos seus braços. Deus nos acompanha com olhos ternos em nossos mais vergonhosos momentos, e com voz amável nos convida ao arrependimento (Oséias 14:2). Tanto a história literal de Oséias, quanto a metáfora empregada por Deus para com Israel, tem uma valiosa lição a ensinar a todos que se propõem a viver sobre os laços do matrimônio: o meu amor deve ser maior que os erros de meu cônjuge. O escritor C.S Lewis certa vez escreveu: - “O cristão não é uma pessoa que jamais erra, e sim, alguém capacitado a se arrepender, reerguer-se, e começar de novo depois da queda.” Que Deus nos ajude a ser a mão que, caso seja necessário, esteja estendida para ajudar quem amamos a se levantar do chão.
Só estamos vivos, porque Deus é misericordioso. Seu amor nos abraça mesmo quando nos vestimos com mantos recobertos de espinhos. O Todo Poderoso “sangra” por sua “esposa”. No Salmo 103, o salmista declara que Deus conhece nossa estrutura, sabe que somos pó, e por isso, tem misericórdia de nós... Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor se compadece de mim e de você. O amor de Deus independe de nossas qualidades e não diminui por causa de nossas imperfeições. Ele continua de braços abertos, esperando que retornemos aos seus braços. Deus nos acompanha com olhos ternos em nossos mais vergonhosos momentos, e com voz amável nos convida ao arrependimento (Oséias 14:2). Tanto a história literal de Oséias, quanto a metáfora empregada por Deus para com Israel, tem uma valiosa lição a ensinar a todos que se propõem a viver sobre os laços do matrimônio: o meu amor deve ser maior que os erros de meu cônjuge. O escritor C.S Lewis certa vez escreveu: - “O cristão não é uma pessoa que jamais erra, e sim, alguém capacitado a se arrepender, reerguer-se, e começar de novo depois da queda.” Que Deus nos ajude a ser a mão que, caso seja necessário, esteja estendida para ajudar quem amamos a se levantar do chão.
Os problemas não
podem
se avolumar
É preciso conscientizar-se da necessidade de não
deixar os problemas se acumularem no casamento, a ponto de se tornarem maiores
do que o marido e a mulher. É preciso resolver os conflitos e as crises
enquanto elas são poucas, pequenas e recentes. O que mantém o casamento não é a
capacidade de apagar a própria personalidade. É a capacidade de renunciar por
livre e espontânea vontade a alguma posição radical e egoísta. É a capacidade
de repensar coisas que eram feitas individualmente e passar a fazê-las a dois
sempre com um objetivo comum. É a capacidade de aceitar acordo para harmonia e
sucesso, pois não andarão dois juntos se não estiverem de acordo (Amós 3:3). É
a capacidade de compreender que o pessoal continua existindo, mas nunca ao
ponto de atrapalhar o mútuo. Os casados precisam estabelecer acordos dentro do
relacionamento matrimonial, respeitando a individualidade de cada um, mas
sempre visando o bem coletivo.
O que mantém o casamento é a capacidade de manter a
família e o cônjuge debaixo dos princípios da Palavra de Deus. É a capacidade
de transformar o lar num cantinho do céu. É a capacidade de conduzir a família
à igreja e mantê-la congregando. Os conflitos entre pais e filhos devem ser
vistos como choque de gerações. Aliás, o que para os pais, às vezes, era um
absurdo, impraticável e, às vezes era tido como pecado, hoje, após uma
compreensão melhor das Sagradas Escrituras, é uma atitude normal entre os
filhos. A adaptação é racional, o equilíbrio e o discernimento devem ser vistos
com “bons olhos”. O entendimento espiritual dos filhos tem outra postura com
respeito à igreja. Atualmente, eles não aceitam receber goela abaixo as
questões dos costumes sem as devidas explicações. “O não pode” não é aceito
mais sem se explicar “o porquê? ”. Estamos vivendo uma geração de filhos que
procuram respostas para tudo.
O que mantém o casamento não é a capacidade de
manter a beleza física o tempo todo. É a capacidade de entender que os anos
passam e a nossa beleza física diminui consideravelmente (I Pedro 1:24). É a
capacidade de compreender que o corpo esbelto e escultural da época de namoro,
noivado e recém-casado, não dura para sempre. É a capacidade de cuidar do corpo
da melhor forma possível e não relaxar, como muitos, infelizmente, fazem. É a
capacidade de se produzir dentro de sua faixa etária e ficar atraente para o
seu cônjuge. É a capacidade de fazer com que a beleza interior, que é a mais
importante, se sobressaia (I Pedro 3:3-3). Para superar as crises no casamento
a oração é a chave para estancar, a Palavra de Deus é a bússola para
direcionar, a igreja é o refúgio para estar e o pastor é o conselheiro
espiritual e matrimonial para ajudar.
Conclusão
Precisamos refletir sobre o nosso casamento antes
que ele venha a naufragar. O casamento não é uma simples experiência nem tem prazo
de validade. É uma aliança entre duas pessoas para o resto da vida. Qualquer
fama ou sucesso que venha colocar em risco o casamento deve ser repensado pelos
cônjuges.
Casamento e família são os maiores patrimônios que a sociedade tem. Salvar o nosso casamento e a nossa família é algo que não tem preço. O tema é bastante salutar e propício para os dias de hoje, pois o casamento e a família são bombardeados o tempo todo. A Igreja do Senhor Jesus não pode abrir a guarda e se conformar com a concepção deste mundo tenebroso, onde o errado está passando a ser certo. Participe neste domingo, 06 de março de 2016, da Escola Bíblica Dominical, e aprenda também a proteger sua família dos ataques incessantes de Satanás.
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