A palavra “EVANGELHO”
significa literalmente “Boa Notícia” ou “Boas Novas”. Porém, mais do que trazer
alegria e esperança, esta “novidade” vinda diretamente dos céus traz para a
vida do ser humano uma verdadeira “transformação”.
Esse é um processo longo
e contínuo que só será completado quando o nosso corpo corruptível se revestir
de incorruptibilidade, no exato momento que encontrarmos o Senhor nos ares.
Mas até lá, cabe a cada um se entregar sem reservas a esta
“transformação” espiritual que o Evangelho de Jesus Cristo tem o poder de
efetuar.
O problema de grande
parte da cristandade é exatamente viver um Evangelho superficial, onde muito se
fala, mas pouco se vive. Jesus está presente nas falas, mas omitido nas ações.
É muito sermão e pouca experiência. Fachada sem comprometimento. Jesus quer
promover mudanças, mas muitas pessoas estão conformadas com suas vidinhas
medíocres e acomodadas em sua redoma legalista, pouco propensas para viver uma
transformação verdadeira. Este tipo de desenvolvimento só é possível se pautado
ponto a ponto no manual de instrução que verbaliza o passo a passo de uma vida
cristocêntrica: A Bíblia. É nela que Jesus se revela e se torna um modelo de
como cada cristão precisa agir e pensar. Renegar a Bíblia é como rejeitar o
próprio Cristo, e “abandonar” as escrituras em um canto da estante é “exilar”
Jesus no limbo de nosso coração.
A decisão de viver o
Evangelho é pessoal e intransferível, mas deve ser influenciada dentro do lar.
Atividades cristãs em família (leitura bíblica, devocionais, louvores, orações
e cultos domésticos) são ferramentas poderosas na educação espiritual dos
filhos e nenhuma outra instituição será capaz de aplica-las de forma mais
efetiva. Porém, a família não deve se esquecer que também é “Corpo de Cristo”,
e por isso, o desejo de congregar em comunidade e o comprometimento em tomar
parte nas atividades eclesiásticas precisam ser implantados nas crianças desde
a mais tenra idade.
A porta de entrada
obrigatória é, sem dúvidas, a Escola Bíblica Dominical. Por ser atemporal, a
EBD é crucial para a formação do caráter cristão numa escala congregacional,
pois uma de suas maiores virtudes é exatamente o potencial de acompanhar o
indivíduo ao longo de uma vida.
E a EBD já nasceu com a
capacidade de proporcionar verdadeiras transformações. A Igreja de Cristo
sempre prezou pelo ensinamento das escrituras, mas a EBD no formato que
conhecemos hoje nasceu apenas em 1780 na cidade de Gloucester (Inglaterra).
Após a Revolução
Industrial, muitas famílias deixaram as áreas rurais e migraram para as
cidades. Este êxodo rural expôs a grande desigualdade social dos ingleses,
contrastando a riqueza de poucos com a pobreza de muitos.
Como resultado, a
criminalidade alcançou índices elevados. Toda semana, cerca de 100 criminosos
eram levados a julgamentos no tribunal da cidade de Gloucester. Um jornalista
chamado Robert Raikes percebeu que nas manhãs de domingos, a ação dos
criminosos era mais intensa. Crianças e jovens que trabalhavam nas fábricas
durante toda a semana, aproveitavam o domingo para extravasar suas frustrações
externadas em violência contra os cidadãos de bem.
Raikes então, passou a
dar aulas bíblicas dominicais, afim de ocupar aquelas crianças com uma
atividade que comovesse suas almas. Com a ajuda de algumas irmãs caridosas
daquela comunidade, em apenas três anos, Raikes já havia fundado sete escolas,
e testemunhava em seu jornal sobre as transformações ocorridas na vida de seus
alunos.
O efeito das Escolas Bíblicas Dominicais foi
tão impactante, que doze anos depois, o tribunal de Gloucester estava vazio,
pois não havia um único criminoso na cidade. Em decorrência deste verdadeiro
milagre, diversas comunidades eclesiásticas passaram a ministrar estudos
bíblicos dominicais. Com o tempo as classes foram se adequando a cada faixa
etária, dando origem a mais democrática escola do mundo.
Se a EBD pode mudar uma
cidade caótica para um cenário de paz, imagina o que ela poderá fazer por sua
família que já é uma benção!
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