Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 99
- Editora Betel
Fruto do Espírito - Lição 12
Comentarista: Pr. Israel Maia
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Pb. Bene Wanderley
Cp. Lucas Passareli Gomes
Texto
Áureo
Mateus 5:5
Bem-aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra.
Verdade
Aplicada
A mansidão nos capacita a ter uma
postura simples e gentil em nossos relacionamentos interpessoais.
Textos
de Referência
II Timóteo 2:22-26
Foge, também, dos desejos da mocidade;
e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro,
invocam o Senhor.
E rejeita as questões loucas e sem
instrução, sabendo que produzem contendas.
E ao servo do Senhor não convém
contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo
com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará
arrependimento para conhecerem a verdade.
E tornarem a despertar, desprendendo-se
dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.
O Poder sob Controle
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Ao listar as características
do Fruto do Espírito, o apóstolo Paulo inseriu entre elas a palavra grega
PRAUTES, que num sentido mais literal pode ser entendida como “dócil submissão”
ou “submissão voluntária e pacífica”. Em sua origem, a mesma palavra era usada
para um animal que foi domesticado e criado sob controle. Geralmente
traduzida como “mansidão”, esta qualidade do Fruto Espiritual nos remete a
idéia do “poder sob controle” ou “humildade”. Assim, a “mansidão” é a condição
básica para as bem-aventuranças ensinadas por Jesus em Mateus 5:3-11. A palavra
“humildade” vem da raiz indo-européia “húmus”, que significa “o solo sob nós”.
Então, o principio básico da vida cristã é compreender que diante de Deus somos
todos iguais. A partir daí, está dado o primeiro passo para se tornar “manso”. O dicionário de língua portuguesa EDIOURO, define a mansidão
como qualidade ou estado de manso (alguém de índole pacifica; pacato; calmo;
tranquilo); brandura e suavidade. O Dicionário Colegial de Webster dá um
significado mais antigo e poético para a mansidão (ou brandura), explicando-a como sendo a capacidade de suportar
uma ferida emocional com paciência e sem ressentimento. No contexto bíblico,
porém, a mansidão é atribuída ao indivíduo que consegue equalizar força e
coragem com moderação, irando-se com equidade e somente quando necessário, além
de submeter-se sempre humildemente a vontade de Deus. É por estas razões que
Moises foi chamado de “o homem mais manso da terra” (Números 12:3), mesmo
depois de ter matado um egípcio (Êxodo 2:12) e quebrado as placas da lei feitas
de pedra usando as próprias mãos ( Êxodo 32:19).
Uma outra palavra que
pode definir “mansidão” é docilidade, que remete a alguém que é fácil de guiar.
Como ovelha, parte do grande rebanho de Deus, o cristão precisa ser dócil,
afim de que o trabalho de seu pastor possa ser facilitado. O crente que produz
frutos espirituais encontra nessa característica a essência de um bom liderado.
A estrada para o céu não é trilhada em solidão. Somos guiados pelo Espírito
Santo e conduzidos por líderes que o próprio Deus levantou, afim de que não
erremos o caminho. Agora de nada valerá essa liderança, se o cristão seguir
apenas o próprio instinto e não obedecer a voz de seu pastor. Seguir a Jesus é
desenvolver obediência e facilidade para obedecer a sua voz de comando. Mansidão
também está ligada diretamente a serenidade, que é a capacidade de se manter
calmo e sossegado mesmo em situações estressantes, denotando se em paz. Esta é
uma virtude tão excelente que Paulo nos aconselhou a estarmos vestidos dela (I
Colossenses 3:12) e que a sigamos por toda a nossa vida (I Timóteo 6:11). Alguns
teólogos costumam referir-se a “mansidão” como o marketing do Testemunho Cristão,, pois tal característica do
Fruto do Espírito é uma qualidade admirada até mesmo pelo homem natural.
Nos escritos de Platão e
Aristóteles, a “mansidão” é citada como a arma dos verdadeiros sábios e
poderosos. Platão a comparava com um cão de guarda que revela ferocidade e
hostilidade valente aos estranhos e amizade gentil para com os de casa, aos
quais conhece e ama. Segundo Platão, "manso é aquele que tem ao mesmo
tempo impetuosidade e delicadeza nos mais altos graus". Para Aristóteles,
mansidão é a “capacidade para suportar recriminações e ofender com moderação,
sem embarcar em vinganças rapidamente, e não ser provocado facilmente à
irritação, mas estar livre de amargura e de contenção, tendo tranquilidade e
estabilidade no espírito". O homem que produz
mansidão é um semeador de paz e é capaz de pregar a mensagem de Cristo sem
sequer dizer uma única palavra. Pedro, que, aliás, precisou desenvolver a
mansidão ao longo de sua vida, ensinou que a melhor forma de se ganhar um
cônjuge ímpio para Jesus não é por palavras e nem por beleza, mas sim
utilizando o incorruptível traje de um espírito manso e quieto (I Pedro 3:1-4).
A mansidão produzirá no homem uma vida fecunda e sustentada em três pilares
básicos: SANTIDADE (ser manso igual a Cristo nos leva a agir como Cristo);
BONDADE (ser manso nos leva a sabedoria do fino trato com os demais); ENTREGA
(ser manso é viver para Deus e a sociedade como um pacificador, alguém que
promove a paz).
A
mansidão e a paciência
Nesta lição, estaremos estudando sobre
a mansidão. Esta característica do Fruto do Espírito Santo exige que tenhamos
um comportamento modesto para com os homens e de submissão a Deus e à Sua
Palavra. A mansidão capacita o indivíduo a agir com equidade, não tomando
atitudes desordenadamente, sabendo distinguir a hora em que deve se submeter.
Esta característica do fruto do Espírito Santo transforma o mais irritado
dos homens em alguém pacífico e sereno, com atitudes brandas diante de
situações desagradáveis (Efésios 4:2). Em muitas situações enfrentadas pelo
homem, as quais poderiam produzir irritabilidade e perturbações, o indivíduo
que desenvolve a mansidão consegue contornar, pois esta característica o ensina
a desviar-se da ira (Romanos 12:19). Em seus ensinamentos à igreja em Roma, o
apóstolo Paulo apresenta qual deve ser a postura ideal do cristão diante de
condições adversas: nunca partiu para o confronto. O homem manso tem sempre uma
saída para não se deixar tentar pelo inimigo. Uma vida devocional ativa promove
um amadurecimento gradativo do fruto do Espírito, levando o indivíduo a atingir
uma condição ideal aos olhos do Senhor. Não dar lugar à ira é não permitir que
ela entre em seu coração (Efésios 4:26). Imagine a seguinte cena: você está
caminhando em um corredor estreito e, repentinamente, surge alguém caminhando
no sentido contrário. Em um ato de educação, você para, vira-se de lado e
permite que a pessoa passe. Você deu lugar para a pessoa passar. Então, não dar
lugar à ira é exatamente isso. É sair da frente para que um sentimento ruim
vindo do maligno não atinja a matriz de seus sentimentos, fazendo-o pecar.
Quando o homem começa a experimentar
viver em uma postura de mansidão, ele aprende o verdadeiro sentido de dar lugar
à ira. Não permitir que a ira tome posse dos nossos sentimentos é demonstrar
que aprendemos com Jesus a sermos humildes e mansos (Mateus 11:29). Ao agir
assim, o homem está tomando posse da essência da personalidade de Cristo.
Durante o seu Ministério terreno, Jesus sofreu diversas afrontas por parte dos
fariseus. Entretanto, em nenhum momento Ele se desviou do propósito que lhe
fora proposto pelo Pai. Jesus manteve-se calado até quando foi confrontado por
Pôncio Pilatos, não requerendo para si o trono de Israel (João 18:33-37), antes
deixando claro que o seu Reino não era deste mundo. Uma postura de mansidão tem
o poder de aplacar os ânimos (Provérbios 15:1). Sempre que nos deparamos com
situações em que estamos prestes a entrar em conflito, temos que demonstrar que
estamos buscando o amadurecimento do Fruto do Espírito Santo em nossas vidas.
Segundo um ditado popular. “quando um não quer dois não brigam”. O servo fiel a
Deus deve ter o cuidado para não causar escândalo através de um mau testemunho.
Ser identificado como brigão não é o ideal para o cristão. Em momentos de
confronto, se possível, ofereça a outra face (Lucas 6:29). Uma postura de
mansidão não é em nada vergonhosa.
O exemplo que nos foi deixado por Jesus
não deixa dúvidas de que, se nos propusermos a termos o nosso caráter
controlado pelo Espírito Santo, conseguiremos ser mediadores em tempo de crise.
Em um dos momentos mais terríveis de sua vida, Jesus nos dá um exemplo
magistral a ser seguido. Mesmo diante daqueles que o vieram prender, não tomou
atitude agressiva e aproveitou o momento para provar a todos a sua postura de
homem manso e amável curando a orelha do servo de Caifás, que havia sido
cortada por um de seus discípulos (João 18:10). Uma postura agressiva pode e
sempre poderá provocar danos irreversíveis. A terceira lei de Newton afirma
que: “toda ação provoca uma reação de igual ou maior intensidade, mesma direção
e de sentido contrário”. Esta lei da física é comprovadamente indiscutível. Durante
o evento da sua prisão, Jesus Cristo mais uma vez nos dá uma grande lição
quando adverte a Pedro dizendo que quem vive pela espada por ela morrerá (Mateus
26:52). Atos de mansidão são respondidos por atos de mansidão.
A Vingança e o Pecado
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
A “vingança”, em si, não pode ser considerada como um pecado,
pois é incontestavelmente um “atributo” divino, e Deus não pode pecar. Portanto,
nas mãos do Senhor, ela nada mais é do que uma ferramenta poderosa utilizada
para execução de justiça. Porém, a vingança torna se um grave problema,
quando a retemos em nossas próprias mãos: - Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira,
porque está escrito: Minha é a vingança; e eu recompensarei, diz o Senhor
(Romanos 12:19). No texto de Romanos 12, Paulo aconselha
aos irmãos em Roma que exerçam a misericórdia em toda a sua plenitude, sendo
generosos até mesmo para com seus inimigos, pagando o mal com o bem (Romanos
12:20-21). Vale lembrar que antes de sua estatização, a igreja em Roma foi
vítima de uma implacável perseguição política e religiosa, onde milhares de
seus seguidores foram presos e condenados a morte, queimados em praça pública
ou servidos de alimento aos leões. Seria este um motivo mais que suficiente
para os irmãos romanos destilarem ódio pelos imperadores e antipatia pelos
compatriotas que assistiam empolgados tamanho genocídio. Paulo, porém, os
orienta que mesmo irados, não se deixem ser dominados por um desejo de
vingança, pois ao seu tempo, o próprio Deus iria intervir.
Enquanto isso, deveriam imitar o exemplo de Cristo, e caso tivessem a oportunidade de presenciar um “inimigo” morrendo de fome, apesar da ira, seu dever cristão era alimentá-lo.
Vale ressaltar que duas palavras gregas usadas no Novo Testamento são
traduzidas em português por “ira”. Uma delas é “orge”, que significa “paixão ou energia”; e a outra, “thumos”, remete a idéia de algo
“agitado ou fervendo”. Em resumo, podemos dizer que Paulo não estava pedindo
para que os cristãos tivessem “sangue de barata” ou fossem passivos e
conformados com o mundo; pelo contrário, que por vezes é saudável deixar a ira (paixão enérgica) aflorar, fazendo o sangue ferver
“temporariamente”. Porém, este é exatamente o limite aconselhável e permitido
pelo Evangelho, pois a “ação prática” em decorrência da ira esta vetada ao cristão,
cabendo qualquer atitude interventiva ao Senhor: - Irai-vos, e não pequeis, não se ponha
o sol sobre vossa ira (Efésios 4:26).
Enquanto isso, deveriam imitar o exemplo de Cristo, e caso tivessem a oportunidade de presenciar um “inimigo” morrendo de fome, apesar da ira, seu dever cristão era alimentá-lo.
Este não é um princípio apenas neo-testamentário. Desde os
primórdios de seu povo, Deus tem tomado em suas próprias mãos as guerras de
seus filhos (Êxodo 14:13-14), e o até mesmo o sábio rei Salomão fez um registro
pertinente em Provérbios 20:22 - Não diga: vingar-me-ei do mal. Espera
pelo Senhor e ele te livrará. O ponto mais relevante desta questão é que embora
a “VINGANÇA” não seja um pecado, tomar para si um atributo divino, é. Por
exemplo: Apenas ao Senhor cabe doar ou retirar a vida, assim, quem interrompe a
vida de alguém peca. Apenas ao Senhor destina-se louvor e adoração, e quem toma
para si este direito, peca. Logo, se a vingança pertence ao Senhor, quem toma
para si o direito de vingar-se, ou opta pela “justiça própria”, peca e atrai
sobre si a vingança justa e perfeita de Deus.
A
mansidão e a submissão a Deus
A mansidão nos ensina a sermos
submissos a Deus em todos os sentidos, nos tornando amáveis em nossos
relacionamentos interpessoais (Tito 3:2). Quando somos apresentados pela mídia
a um posicionamento agressivo, devemos sempre lembrar que somos servos de Deus
e isso impede que tenhamos atitudes violenta. Não é difícil vermos hoje através
da mídia a atitude de pseudo-religiosos agindo de forma agressiva em relação à
liberdade de expressão religiosa. O testemunho do cristão deve ser sempre
moderado. Muitos têm hoje pregado um Evangelho de confronto, tentando impor
suas opiniões pessoais em detrimento ao Evangelho verdadeiro, que tem o amor
excelente por essência (João 13:34). A pregação do Evangelho genuíno nos fará
conhecidos como discípulos de Jesus (João 13:35), provando que aprendemos com o
Mestre a ser humildes e mansos (Mateus 11:29). Sempre que estivermos em
situação de conflito devemos demonstrar que não somos contenciosos (I Coríntios
11:16), pois procuramos seguir o ensinamento do apóstolo Paulo: imitar a Cristo
(I Coríntios 11:1). Sempre que a Igreja é atacada por falsas ideologias surgem
paladinos se apresentando como defensores, como se tivessem sidos escolhidos
pela Igreja do Senhor para falar em nome dela. A Igreja está acima de contendas
humanas, pois já está justificada por Cristo (Mateus 16:18).
Alguns grupos chegam à loucura de
atentar contra a vida e imagem das pessoas que não se curvam diante de seus
ensinamentos. Muitos destes grupos pregam uma palavra que não é verdadeira
Palavra de Deus. É preciso entender que servimos a um Deus que tem por
objetivos claros e que sabe como fazer para atingi-los. Nunca poderemos tomar
uma posição de violência em nome dEle, sugerindo vingança contra os que de
alguma maneira nos atacaram. A vingança pertence a Ele e não a nós (Romanos 12:19b).
Sejamos sóbrios como exige a Palavra de Deus, demonstrando sempre a mansidão
produzida pelo amadurecimento do fruto do Espírito Santo (Tito 1:8; I Pedro 1:13).
A sociedade sempre espera da Igreja de Cristo uma abordagem tranquila, sem excessos.
Sendo assim, posições contraditórias aos ensinamentos de Jesus podem causar
danos ao Corpo de Cristo. Lembremos que sempre que os grupos se apresentaram
com posicionamentos vingativos e violentos em nome de Deus o resultado não foi
dos melhores (Romanos 12:19). Em todas as oportunidades que tais grupos
partiram para o ataque receberam de volta a justa paga por sua atitude, isto é,
foram atacados com grande prejuízo (Hebreus 10:30). Para uma maior compreensão
histórica desta verdade, basta realizar uma pesquisa sobre as Cruzadas
realizadas durante a Idade Média.
O servo de Deus nunca irá compactuar
com comportamentos violentos, mesmo que lhe sejam apresentados pela mídia como
algo natural. A Bíblia nos orienta que temos que ter autoridade na Palavra para
encorajar os outros com a sã doutrina e refutar os que se opõem a ela (Tito
1:9). Deus capacitou a sua Igreja para apresentar uma mensagem que leve o homem
ao arrependimento, fazendo com que este passe pelo sofrimento do reconhecimento
do seu pecado. A vingança do Senhor é por amor e não por ódio, como é a do
homem. Por esse motivo, devemos nos comportar sempre com mansidão, deixando
Deus tratar com o pecador (Salmo 11:5). Quando Deus trata com o pecador Ele tem
a maneira certa de fazê-lo buscar a Cristo. O Senhor não usa violência para
convencer ninguém a segui-lo. As características do Fruto do Espírito são
inerentes ao caráter de Deus, logo Ele faz uso do poder do Seu Espírito para
convencer o indivíduo (Zacarias 4:6). Deus se manifesta com mansidão para fazer
com que o homem faça a sua vontade assim como fez com Elias no Monte Horebe.
Ali Deus não estava no vendaval, no terremoto nem no fogo, mas estava na voz
mansa e delicada (I Reis 19:12). Através do poder do Espírito, Ele traz o homem
ao arrependimento sem violência.
A Glória da Mansidão
Comentário Adicional
Pb. Bene Wanderley
A Bíblia diz que são bem-aventurados
os mansos, pois eles herdarão a terra (Mateus 5:5). Essa verdade nos deixa
claro que para herdamos o Reino de Deus teremos que desenvolver a característica
do Fruto do Espírito chamado “mansidão”. A mansidão nos capacita a transmitir a
essência de Cristo Jesus que foi manso e humilde de coração. O exemplo de
Cristo é nosso maior referencial quando se trata de ser manso. Se estudarmos os
passos de Jesus, veremos que sua virtude mais evidente era exatamente
"a mansidão". Os seus atos, dos mais simples aos mais gloriosos, nos dão
certeza que ele de fato era (e é) o mais manso dos homens que essa terra
conheceu. Seus gestos, suas palavras, seu olhar e suas atitudes, nos levam a
crer que verdadeiramente ele é o Cristo de Deus. Jesus é nosso maior exemplo. Se
seguirmos os seus passos, seremos os mais felizes entre os habitantes dessa
terra. Bem Aventurados! Se quisermos influenciar este mundo com o poder do
evangelho, teremos que trilhar pelo laborioso caminho da mansidão. Bem
Aventurados!
A vida de Jesus aqui nesta terra não foi fácil. Ele enfrentou desafios enormes, dificuldades várias, tristeza inúmeras, mas tudo Ele venceu por meio da mansidão. Em um dos momentos mais terríveis de sua vida, Jesus nos mostrou de forma magistral o caminho da existência da mansidão. Ele estava em oração no Jardim Getsêmani quando o foram prender, e o Senhor, com a cobertura protetora da mansidão, enfrentou os seus algozes de uma forma tão sublime que até hoje a psicologia não encontrou palavras para sua reação benigna aos seus ofensores. Jesus venceu aquele momento de angustia e ainda deixou uma lição a ser seguida por todos nós que somos seus filhos: a mansidão põe por terra o medo e magoa. Os soldados invadiram o lugar armados até os dentes, como se fossem prender a um homem perigoso (um criminoso, malfeitor, ladrão etc..) aquele momento foi difícil para Jesus, originado pela traição de um dos seus seguidores que o havia vendido por trinta moedas de prata. Dele, Jesus levaria o beijo mais sangrento de todos os tempos. O beijo denunciaria o homem a ser preso. Ao ser beijado por Judas, Jesus cheio da mansidão disse ao traidor: - Amigo, para que viestes?
A vida de Jesus aqui nesta terra não foi fácil. Ele enfrentou desafios enormes, dificuldades várias, tristeza inúmeras, mas tudo Ele venceu por meio da mansidão. Em um dos momentos mais terríveis de sua vida, Jesus nos mostrou de forma magistral o caminho da existência da mansidão. Ele estava em oração no Jardim Getsêmani quando o foram prender, e o Senhor, com a cobertura protetora da mansidão, enfrentou os seus algozes de uma forma tão sublime que até hoje a psicologia não encontrou palavras para sua reação benigna aos seus ofensores. Jesus venceu aquele momento de angustia e ainda deixou uma lição a ser seguida por todos nós que somos seus filhos: a mansidão põe por terra o medo e magoa. Os soldados invadiram o lugar armados até os dentes, como se fossem prender a um homem perigoso (um criminoso, malfeitor, ladrão etc..) aquele momento foi difícil para Jesus, originado pela traição de um dos seus seguidores que o havia vendido por trinta moedas de prata. Dele, Jesus levaria o beijo mais sangrento de todos os tempos. O beijo denunciaria o homem a ser preso. Ao ser beijado por Judas, Jesus cheio da mansidão disse ao traidor: - Amigo, para que viestes?
Glórias a Deus! Que coisa
grandiosa Jesus nos mostra nesse momento; que eu particularmente chamo esse
momento de “A glória da mansidão”. Só a mansidão pode nos tornar vencedores de
dias cruéis, aterrorizados pela falta de amor entre irmãos, a intolerância para
com os mais fracos e segas apodrecidas pela falta do Fruto do Espírito na vida
do homem. Para nós que estamos engajados na luta contra o mal, só nos resta à
busca incessante pelo Fruto do Espírito em nossas vidas. Que Deus nos ajude a
enfrentar com dignidade até mesmo o mais sórdido de todos os beijos nefastos.
Moderando nossos ímpetos
Comentário Adicional
Cp. Lucas Passareli
Os homens lutam, brigam e
se matam pela posse de um pedacinho de terra, mas o Senhor Jesus afirmou que
somente os mansos herdarão a terra. Por quê? Porque no Reino de Deus as leis
diferem completamente do reino deste mundo, o que significa que há promessas e
mais promessas de bênçãos para aqueles que, submetidos às leis do Espírito
Santo, acreditam que tudo neste mundo está debaixo do controle total de Deus.
Não é por força e nem por violência que haveremos de tomar posse daquilo que já
nos pertence, e sim pela fé no Senhor Jesus Cristo; por meio da nossa total e
completa submissão ao Senhor, andando em acordo com Ele, conforme a Sua Santa
Palavra. A mansidão revela uma brandura de gênio e
índole, que é o resultado da verdadeira humildade, humildade esta resultante do
reconhecimento do valor alheio somado à recusa de nos considerarmos melhores
que o nosso semelhante. A mansidão deve ser exercida juntamente com o amor,
principalmente no sentido de admoestar aquele que se encontra em pecado. O que
exerce qualquer tipo de autoridade jamais deve esquecer-se deste fruto, pois
ele é primordial para a disciplina. O apóstolo Paulo, corrigindo a igreja em
Éfeso, escreveu: - Rogo-vos, pois, eu, o
prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes
chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos
uns aos outros em amor (Efésios 4:1-2).
Aos Colossenses, sabedor
de alguns problemas existentes na igreja, não poupou palavras exortando que
acabassem com as contendas, principalmente pela prática do espírito de
mansidão: - Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos
afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de
longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém
tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim
também perdoai vós. (Colossenses 3.12-13). A mansidão não é apenas uma boa
índole, uma pessoa educada socialmente. Não apenas algo
externo, convencional, mas uma atitude interna, uma obra da graça no coração,
fruto do Espírito. Charles Spurgeon dizia que “ser manso não é virtude, é
graça”. Ninguém é naturalmente manso. Só aqueles que reconhecem que nada
merecem diante de Deus e choram pelos seus próprios pecados, podem ser mansos
diante de Deus e dos homens.
O mundo acredita que
alguém manso é uma pessoa covarde, insegura, fraca e temerosa, mas Jesus jogou
por terra esta definição, pois sendo Ele manso não se acovardou diante dos
“poderosos” da terra e desafiou os hipócritas diante deles próprios e de toda a
multidão. Jesus nunca falou mal de ninguém pelas costas, mas dizia a
verdade “na lata”, sem rodeios, sem hesitar. A verdade é que o homem em
estado bruto não consegue o equilíbrio entre atitude e domínio próprio, não
consegue entrar numa boa briga sem cometer excessos e é compreensível, afinal,
este equilíbrio só é possível quando vem do Fruto do Espírito Santo, que por
sua vez, só habita os corações que são de Jesus. É bem verdade que de vez em
quando, mesmo o mais fiel servo de Deus, tem suas recaídas de “velho homem” e
acaba exagerando, mas isso é acidente e logo o homem, ou mulher de Deus, voltam
ao controle do Espírito e deixam de lado a vingança, o ódio, a vontade de matar.
É por isso que precisamos de Jesus, pois somente Ele nos dá o Consolador (Espírito
Santo), que habita nossos corações e nos ensina a moderar os ímpetos dos tempos
de outrora.
Lições Práticas
A cada dia que passa está cada vez mais
difícil ter uma atitude de mansidão (Mateus 10:16). Vários são os
acontecimentos que vivenciamos e isto tem levado muitos a não crerem na
possibilidade de restauração da humanidade, esquecendo-se do poder do Cristo. Quando
Jesus falou que deveríamos ser humildes e mansos, Ele falou de onde deveria vir
a mansidão. Ela deveria vir do coração, pois é dele que procedem os maus
desígnios do homem (Mateus 15:19). Sendo assim, também é nele que deve ser
cultivado o fruto do Espírito Santo em busca do caráter divino. Para sermos
identificados como filhos de Deus, devemos mortificar os nossos sentimentos
maus e fortalecer o desenvolvimento da característica do Fruto do Espírito Santo
conhecida como mansidão (I Pedro 3:4). Nosso Deus é manso (Mateus 11:29), e se
quisermos chamá-lo de Pai, teremos que ser mansos também.
Somente o Fruto do Espírito Santo pode
promover a mansidão no indivíduo. O pecado plantou na humanidade um sentimento
de crueldade e perversidade (Gêneses 4:8; 6:5). Logo, nenhum homem pode
promover o desenvolvimento desta característica em outro homem. Uma boa
educação, uma boa escola, nada será capaz de tornar o ser humano manso. Moisés
foi muito bem-criado e educado, mas em um momento de raiva matou um egípcio.
Entretanto, após se encontrar com Deus tornou-se o homem mais manso entre os
homens sobre toda a terra (Números 12:3). A Igreja de Cristo tem sido educada
nos moldes divinos pelo Espírito Santo, que tem poder para tratar e modificar o
homem, aproximando-o do caráter de Deus (Efésios 4:13). Ser manso é também
saber se portar bem em ambientes públicos. É claro que existem muitos cristãos
“sem noção”, que não sabem à hora de calar e nem à hora de entrar em uma
conversa. É muito difícil se relacionar com este tipo de pessoas, pois com suas
atitudes descabidas acabam por envergonhar o Evangelho (II Coríntios 6:3). Este
é mais um motivo para se buscar a mansidão do Fruto do Espírito. Deus não se
agrada de quem se porta com este comportamento.
No capítulo 4 de Efésios, o apóstolo
Paulo nos mostra que as características do Fruto do Espírito Santo são
interligadas. Não dá para ser manso sem ser longânime ou amoroso. O fruto deve
amadurecer por inteiro e igualmente (Galatas 5:22). Cristão que falta ter
alguma característica do fruto é porque ainda não amadureceu. O fruto do
Espírito Santo funciona exatamente como um fruto natural. Ele precisa ser
cultivado, regado e podado, e isto depende de nós. Vale a pena ser
especialmente ressaltado para os que o fruto nos é entregue pelo Espírito
Santo, mas quem tem o dever de cuidar para que o seu amadurecimento ocorra a
contento do Criador somos nós. O bom resultado na colheita depende
exclusivamente daquilo que plantamos (Galatas 6:7).
Conclusão
Os apelos midiáticos e tecnológicos
tentam de todas as maneiras nos tornar iracundos. Todavia, o servo fiel conhece
as artimanhas do inimigo e não se deixa enganar, antes se aproxima do caráter
divino, amadurecendo em si a mansidão do fruto do Espírito Santo.
O Fruto Espiritual é uma
prova eficaz que estamos progredindo em nosso processo de santificação,
tornando nossa maturidade espiritual perceptível. Este fruto só será completo se for constituído de amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e
temperanças. Para aprender ainda mais sofre o Fruto do Espírito, e a
frutificação espiritual na era da pós modernidade, participe neste domingo, 19 de JUNHO de 2016, de
nossa EBD.
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