Dia 19 de maio de 2001,
a cidade toda estava em festa, pois Estiva Gerbi comemorava seu nono
aniversário de emancipação política. Eu tinha por volta de sete anos de idade,
e naquela manhã, minha mão me levou para assistir ao desfile cívico, onde também
poderia brincar nos brinquedos disponibilizados no local.
Voltamos para casa por
volta das 10:00 horas, onde cheguei com o cadarço de meu tênis desamarrado.
Lembro-me de passar pelo
portão, e entrar no quintal todo empolgado, pois a adrenalina ainda não tinha
abaixado. Pisei no cadarço e cai bruscamente, batendo o cotovelo num pedaço de
concreto, sofrendo assim, uma fratura no braço esquerdo.
Minha mãe amarrou uma
camisa no local do ferimento, e pediu a um vizinho que me socorresse. Ele nos
levou até o pronto socorro municipal, onde fiquei por cerca de duas horas sob o
efeito de dipirona, aguardando o atendimento médico.
Foram horas de
desespero, oriundo de uma dor insuportável e angustiante. Enfim, fomos
atendidos e levados para a Santa Casa de Mogi Guçu, onde fui submetido a um
procedimento cirúrgico para inserção de pinos metálicos, para que o osso
pudesse “colar” outra vez.
Foram mais de cinco
horas dentro do centro cirúrgico, e assim que o procedimento foi encerrado, o
médico chamou minha mãe para conversar, e disse a ela que se eu tivesse chegado
na Santa Casa quinze minutos depois, seria impossível colocar os ossos em seus
devidos lugares com perfeição, pois o líquido de irriga o local estaria
completamente seco, e assim, os ossos não se colariam mais.
Neste caso, eu teria que
ficar para o resto da vida com o braço pendurado, sem poder movimenta-lo.
Fiquei internado por
sete dias, devido ao inchaço no meu ombro, em decorrência da agressividade da
cirurgia. Mas graças a Deus, tudo acabou dando certo e voltando ao normal. Não
sinto nenhuma dor no local, e tenho todos os movimentos perfeitos.
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