segunda-feira, 6 de junho de 2016

Qual o modelo familiar genuinamente bíblico?


O núcleo familiar especificado nas escrituras é formado por pai, mãe e filhos. A própria biologia humana aponta para este modelo específico de família, já que a procriação só acontece na soma “macho / fêmea”, formula que embora já possa ser manipulada pela ciência hodierna, não pode ser substituída. 

Ainda no Jardim do Éden, o primeiro casal recebeu do criador a incumbência de povoar a terra (Gêneses 1:28). Adão, porém, compreendeu que antes de “multiplicar” era necessário “somar”, e assim que se desposou de Eva, estabeleceu que o homem deve deixar a casa de seus pais, unir-se a uma única mulher, e tornar-se uma só carne com ela (Gêneses 2:23-24). Quando paramentado nos princípios divinos, este “cordão de três dobras” oriundo da comunhão de um marido, sua esposa e o próprio Deus, é um alicerce sólido e inquebrável para a construção de uma família, que se perpetra nos filhos, herança do Senhor. Por longos milênios esta tradição tem se mantido, sendo responsável pela sobrevivência e evolução da espécie humana no planeta. Afinal, sem famílias solidificadas, nenhuma civilização subsiste.

Este sistema norteia a moral judaico-cristã por inúmeras gerações, sendo ensinado pelos patriarcas (Provérbios 5:18), ratificado pelo próprio Cristo (Marcos 10:6-8) e instruído pelos apóstolos (Efésios 5:31). Estes valores milenares se mantiveram impávidos ao longo de toda a história, apesar de inúmeras tentativas para compor “famílias” fora destes princípios, e que sempre resultaram em efeitos colaterais de grandes proporções. O eterno conflito entre palestinos e judeus que se iniciou no relacionamento de Abraão com sua serva Hagar, os graves desvios de caráter nos filhos de Jacó oriundos de uma família multifacetada e a guerra civil gerada nos haréns do rei Davi, são apenas alguns exemplos cabais de catástrofes pessoas e seculares resultantes dos “atalhos” criados pelos homens em seus relacionamentos aquém do estabelecido no Éden.

Mas eis que o Século XXI chega com muita força, contestando valores antes inquestionáveis. Uma nova ideologia social que renega a Bíblia e relega as crenças cristãs ao limbo de um arcaísmo retrogrado. Conceitos como a homo-afetividade, (que de forma pontual sempre permearam a história) agora emergem em escala global, ganhando força midiática ao lado de novíssimos elementos sociais, tais como “identidade de gênero” e “multiplicidade de formações familiares”.

No mundo moderno, a “FAMILIA” nos moldes bíblicos se tornou uma instituição ultrapassada e que está fadada ao ostracismo.  Se amparando nos direitos assegurados a cada cidadão brasileiro pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Civil - Lei 10.406/02 (onde é assegurada a dignificação da pessoa humana, resguardando os direitos sociais e individuais de cada), tem se acentuado o debate entre políticos, educadores, filósofos e juristas para que haja maior tolerância para os mais diversificados vínculos familiares. Só no Brasil, já são considerados pelo menos 10 possíveis modelos de família:

Matrimonial – família constituída a partir de uma união conjugal oficializada entre homem e mulher

União Estável – família constituída a partir de uma união duradoura não oficializada entre homem e mulher.

Concubinato – família constituída a partir de uma união entre homem e mulher para a qual não está autorizada oficialização.

Homoafetiva – família constituída a partir da união de duas pessoas do mesmo sexo.

Monoparental – famílias onde apenas um dos pais se mantem atuante junto aos filhos.

Pluriparental – família formada a partir da união de pessoas que já tenham filhos (famílias agregadas)

Anaparental – família formada fora do modelo tradicional, onde pessoas convivem juntas formando sociedades.

Eudomonista – união de pessoas com objetivos em comum, mas que não desejam encaixe nas relações familiares

União Livre – união de pessoas (hétero ou homossexuais) que buscam relacionamento sem incidências de obrigações

Uniões Plúrimas – pratica de união múltipla sob o mesmo teto

A questão da “Multiplicidade de Formações Familiares” traz em seu bojo uma série de armadilhas, prontas para minar o modelo familiar bíblico. Por exemplo, no Congresso Nacional Brasileiro, está hibernando o Projeto de Lei da Câmara 122/2006, que em seu novo texto insere a questão da “IDEOLOGIA DE GÊNERO”, ou a ideia de que ninguém nasce macho ou fêmea, é que tal descoberta se dará durante as primeiras fases da vida. Uma “Proposta de Emenda Constitucional” elaborada por uma comissão da OAB (ordem dos advogados do Brasil), veladamente recomenda ao Superior Tribunal Federal uma verdadeira ditadura de minorias em prol dos grupos LGBT. O Estatuto da Diversidade Sexual, propõem 132 alterações em dispositivos legais que protegem o modelo tradicional familiar.

Somando todos os tramites nos legislativos, a Bancada Evangélica calcula que existam quase 900 projetos de lei que se aprovados, seriam poderosos golpes contra a família cristã. A Igreja de Cristo deve ser a salvaguarda da sociedade diante destes ataques maléficos, e a melhor forma de estar pronto para este inevitável confrontamentos moral e estar embasada na Palavra de Deus, regra inquestionável de fé e parâmetro para uma vida de santidade.

Deus não uniu o homem e a mulher somente para que um suprisse as necessidades e carências do outro. Seu projeto vai além de companheirismo e procriação. Deus sempre quis ser conhecido através das famílias. Adão foi o modelo original, feito à imagem e semelhança de Deus. Isto significa que toda a humanidade descendente de Adão portaria consigo a mesma essência divina (Gêneses 1:26). Desse modo, os atributos e a grandeza de Deus surgiriam naturalmente através dos filhos gerados pelo primeiro casal. A grande comissão sempre foi um projeto do Éden (Mateus 28:18-20).

O plano do inimigo é sempre sabotar essa essência, como no Éden, e assim fazer com que a humanidade seja apartada de Deus, gerando filhos assassinos, violentos e cheios de promiscuidade (João 10:10). Quando as famílias se formaram segundo a vontade de Deus, elas se tornam fortes, sadias e felizes. A presença de Deus em um lar não somente eleva os membros da casa a uma vida repleta de valores, mas influi com esses mesmos valores na sociedade, contribuindo tanto para seu bem-estar quanto para a propagação do conhecimento de Deus.

Assim, uma família estruturada é uma Igreja ambulante, que prega sem esboçar palavras. É como o sal que, por onde passa, transforma o sabor (Mateus 5:13).

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