quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ministério Profético e Dom de Profecia


A PROFECIA como Ministério é tão importante na história sagrada, que foi o próprio Deus o locutor da primeira, que já se referia ao nascimento de Cristo - Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Genesis 3:14-15)

Posteriormente, sempre que houve necessidade de comunicação com o seu povo, Deus levantava homens especiais para transmitir sua mensagem. E foi através destes profetas que Deus se revelou aos homens ao longo da história. Grande parte do Velho Testamento é composto exatamente por estas mensagens, que com o avanço do tempo, se mostraram irrepreensíveis em cada cumprimento. A Bíblia cita centenas de homens que exerceram ministérios proféticos, agindo como líderes espirituais do povo, conselheiros de reis, inimigos públicos de sistemas tirânicos, opositores ferrenhos de governos idolatras e imorais. Para citar apenas os mais conhecidos, encontramos nos livros de Samuel, Reis e Crônicas; nomes com Natã, Micaías, Elias e Elizeu. No conjunto de livros que chamamos de “Profetas Maiores”, encontramos as impressionantes mensagens de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, e numa biblioteca igualmente fabulosa chamada de “Profetas Menores” temos Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. No Novo Testamento encontramos um único profeta nestes mesmos moldes: João, o Batista; pois ele foi o responsável por revelar Jesus ao mundo, e este testemunho foi dado pelo próprio Cristo:

Jesus começou a falar à multidão a respeito de João:  - "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Ou, o que foram ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que usam roupas finas estão nos palácios reais. Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu digo a vocês, e mais que profeta. Este é aquele a respeito de quem está escrito: Enviarei o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti.Digo a verdade a vocês: Do meio dos nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia, o menor no Reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele. Pois todos os Profetas e a Lei profetizaram até João (Mateus 11:9-13).

O Messias revelado suplantou a necessidade de profetas ministeriais, pois ele mesmo era a revelação de Deus. Com sua ascensão aos céus, a descida do Espírito Santo e a autoridade outorgada aos Apóstolos que culminou nos escritos do Novo Testamento que encerra a revelação do Reino de Deus aos homens, esse ministério profético cessou, dando lugar ao DOM de PROFECIA, que já não pode trazer “nenhuma nova revelação”  além do que já foi testificado (Galatas 1:8).

Comparados ao Antigo Testamento,  os propósitos proféticos são diferentes, logo os profetas também são. Podemos dizer que sobre os profetas do passado era outorgada uma autoridade profética em tempo integral, já sobre os profetas de hoje, a manifestação acontece apenas por iniciativa do Espírito. Um exemplo interessante desta autoridade profética pode ser observada na vida do profeta Elias, quando ordenou que não chovesse “segundo a sua palavra”, e Deus o honrou fechando os céus (I Reis 17:1).Em duas outras oportunidades ele ordenou que “chovesse” fogo, e o fogo caiu (I Reis 18:38; II Reis 1:10). Por outro lado, nos dias de hoje não existe sobre nenhum homem a legalidade para determinar algo por si mesmo, pois os “poderes” miraculosos que acompanham os que creem só são eficientes quando acionados pelo nome de Jesus e com o propósito especifico de glorificar a Deus (João 14:13).

Mesmo como “dom” (presente), as profecias só existirão enquanto houver propósito para as mesmas. Em I Coríntios 13:9-11, Paulo ensinou aos irmãos daquela época que uma parte dos “mistérios” de Deus já havia sido revelado, porém alguns ainda haveriam de se revelar através das profecias. Que naquele momento muitas coisas só podiam ser vistas como num espelho embaçado, mas que chegaria o dia em que veríamos ao Senhor face a face, e quando este dia chegasse, tudo estaria completo e aquilo que fosse em parte seria aniquilado. Com o AMÉM de João em Apocalipse, a REVELAÇÃO foi concluída, e o Ministério Profético vecchio-testamentário se encerrou. 

Quando necessário Deus ainda usa seus profetas de hoje, portadores do DOM de Profecias, para “acariciar” o coração de seus filhos, dizer o quanto os ama (pois quem ama também corrige) e prepará-los para o arrebatamento... E quando Jesus voltar, não mais será necessário à inspiração do Espírito Santo para ouvirmos sua voz, pois neste dia o conheceremos como por ele somos conhecidos, e então as línguas cessarão e as profecias desapareceram, pois já não mais existirá mistérios a se conhecer.

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