sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A essência do Evangelho



Já nos primeiros dias da Igreja como “instituição”, alguns parâmetros foram estabelecidos sobre como deveria ser sua postura em relação ao próprio Cristo e aos homens. Primeiramente, eles foram obedientes a ordenança de Jesus para ficaram em Jerusalém até serem revestidos de poder. Este fato se sucedeu cerca de dez dias após a ascensão do Messias, quando o Espírito Santo foi derramado sobre os 120 remanescentes que perseveravam em oração. Lucas nos dá detalhes deste importante evento em Atos 2:1-4, e ainda revela que através de um único sermão, quase três mil almas se converteram naquele dia (Atos 2:41). 

O crescimento da Igreja era assombroso, mas a essência do cristianismo se mantinha inalterada. Antigos e novos cristãos viviam em perfeita e ampla união, praticando com perseverança os ensinamentos apostólicos. Havia na alma de cada crente grande senso de temor e respeito. A comunhão era cultivada de uma forma onde todos pudessem assentar fraternalmente  numa única mesma mesa e realizar a mesma oração. Os apóstolos pregavam com grande autoridade e poder sobre o “Cristo Ressuscitado”, realizando muitos prodígios e sinais no nome de Jesus. Entre eles não havia gente necessitada, pois os que possuíam mais, vendiam suas propriedades e bens, depositando os valores aos pés dos apóstolos, para que fosse distribuído entre os que mais precisavam.  Este com certeza é “o” modelo a ser seguido pelas igrejas de qualquer época e em qualquer lugar, mas que infelizmente, o tempo aliado ao egoísmo humano, tem conseguido corromper.


O grande desejo de Cristo para sua Igreja, é que ela seja um diferencial neste mundo que jaz no maligno, um farol para guiar os perdidos rumo a um porto seguro, uma luz intensa e incessante em meio as trevas. Somos uma carta viva (e aberta), escrita pelo próprio Deus e enviada aos homens para testificar sobre Jesus, assim como agiam os primeiros cristãos, cuja atividade, foi brilhantemente resumida por Lucas: Todos os dias continuavam a reunir-se no pátio do templo.  Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos (Atos 2:46-47).



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