Livremente baseado na ministração do Pr. Wilson
Gomes no Culto da Família, em 25/10/2015.
Somos um povo
pentecostal. Esta condição, que tanto nos orgulha no Senhor, tem sua origem num
evento registrado em Atos 2, quando um grupo de 120 remanescentes da Ascenção
de Cristo, ainda se reunia no cenáculo de Jerusalém aguardando o “PARAKLETOS”
prometido por JESUS.
Era o último
dia da Festa de Pentecostes e a cidade estava repleta de turistas provindos de
as partes da terra. De repente um som como o de um vento muito
forte é ouvido por todos aqueles fiéis. Pedro levanta seus olhos procurando a
origem daquele barulho, mas acaba se deparando com uma “mini fogueira” bailando
sobre a cabeça de João... Assustado corre seus olhos pela congregação e vê que
André, José, Matias, Maria, Tomé, Mateus, Natanael, Felipe, Nicodemos e muitos
outros também estão sob “línguas de fogo flamejantes”... Ao abrir a boca para
exclamar em espanto, sua fala saí em um idioma que ele se quer conhece... Pedro
se cala. Volta-se para João que também o fita espantado, pois ao tentar dizer
“Pedro, sua cabeça esta em chamas”, soltou um “decantalabassi”... A partir daí aqueles varões galileus, não
conseguem mais se conter, e começam a falar em diversas línguas distintas,
conforme o Espírito lhes dava condição de falar.
Este relato da
chegada do Espirito Santo traz nas entrelinhas as três razões básicas para a
existência do que chamamos de “Línguas Estranhas”, ou de acordo com a descrição
de Lucas, nem tão estranhas assim. Falar em Línguas por inspiração espiritual
(sem tê-las aprendido antes) é uma evidência cabal do Batismo do Espírito Santo
que foi profetizado por João – o Batista (João 1-31-33, Atos 2:4-6, 19:6).
Línguas “estranhas” trazem edificação para quem as fala, pois funcionam como
uma comunicação pessoal com o próprio Deus. (I Coríntios 14:1-15, Romanos
8:26-27, Efésios 6:18, Judas 1:20). Línguas estranhas são dadas a igreja como
um sinal para o incrédulo, e também como uma revelação de Deus para o Corpo de
Cristo, caso haja quem as interprete (Atos 2:12, I Coríntios 12:10, 14:5-22).
A língua
estranha é uma manifestação sobrenatural da presença do Espírito Santo numa
inspiração vocal, e através dela o cristão é capaz de falar uma Língua
completamente diferente do seu idioma natural sem nunca tê-lo aprendido. Num
jargão “pentecostal”, convencionamos a dizer que a Língua Estranha é a língua
dos anjos, e pode ser que alguém seja
sim inspirado pelo Espírito para falar numa língua usada por seres angelicais
(I Coríntios 13:1), mas a grande maioria dos “idiomas” falados durante esta
inspiração espiritual ou são de línguas da Terra ou uma língua misteriosa que
apenas Deus conhece.
Falar em
Línguas usando idiomas da própria Terra serve para testemunho de quem ouve ou
para a transmissão de uma mensagem específica a um indivíduo que a entenderá
por conhecer aquele idioma sobrenaturalmente usado. Falar em Línguas usando um
misterioso idioma, completamente desconhecido seja na Terra ou nas esferas
celestiais, de forma que só Deus o entenda, visa à edificação do próprio
comunicador.
O batismo com
o Espírito Santo representa um revestimento de poder que dá ao cristão, ousadia
e virtude espiritual para a realização da obra de Cristo; já o ato de falar em
LÍNGUAS é uma evidência externa deste mesmo batismo. Todo o Cristão deve sim
falar em LÍNGUAS, pois o uso pessoal desta “Graça” produz auto edificação ao
seu locutor. Além disso, as “LÍNGUAS ESTRANHAS” são poderosas ferramentas de
louvor e oração, duas atividades deveras importantes na vida do Cristão e que
são igualmente combatidas por Satanás, havendo necessidade deste fortalecimento
sobrenatural.
O Batismo no
Espirito Santo, também conhecido como Batismo de Poder, é sim uma realidade, e
se mantem tão atual quanto no dia de pentecoste. O crente em Jesus deve buscar
no Senhor este revestimento poderoso, buscando em oração constante o Batismo
com o Espírito Santo. Esta é uma experiência única e transformadora, que nos
leva a uma nova dimensão de espiritualidade, onde podemos experimentar em nossa
própria vida um pouco mais da multiforme Graça de Deus.
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