segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Quais os pilares de um Ministério bem sucedido?



A graça de Deus é multiforme e se manifesta “para” o homem e “no” homem de diversas maneiras. Em I Coríntios 12:4-11, o apostolo Paulo escreveu: Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

Já em Efésios 4:10-11, uma gama de ministérios distintos é apresentado: E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.

Mas ainda que existam diversidades de ministérios, todos, sem exceção, precisam estar sustentados por três pilares erigidos e moldados pela fidelidade, sem os quais nenhum obreiro será bem sucedido ministerialmente: sua família, sua igreja e sua vocação.

Família: A fidelidade e o cuidado com a família estão no centro da preocupação de Paulo. O apóstolo adverte os obreiros a cuidarem de sua própria família. Chega, inclusive, a afirmar que se alguém não cuida dos seus e, principalmente, dos da sua família, este negou a fé e é pior que os incrédulos (I Timóteo 5:8). De acordo com Donald Guthrie, o lar é considerado o local onde se faz o treinamento dos líderes cristãos. A vida e os serviços cristãos devem começar na família. Sendo assim, os obreiros devem ser irrepreensíveis em sua vida e no seu casamento, de modo a amar sua esposa e a trata-la com carinho e respeito. Paulo diz que a conduta dos filhos é de responsabilidade dos pais (Tito 1:6). John Stott defende seriamente o pensamento de que os pais são os responsáveis pela crença e pelo comportamento de seus filhos (Provérbios 22:6). Vale ressaltar que, infelizmente, para os pais cristãos cujos filhos se desviam na fé ou dos princípios morais, a dor é bem mais intensa.

Igreja: A Igreja é o corpo espiritual de Cristo e que também tem sua perspectiva institucional, que funciona através da vivência comunitária. Somos todos membros do mesmo corpo, buscamos a unidade e vivemos a mesma esperança cristã (I Coríntios 12:26-27). De modo que desejamos o aperfeiçoamento dos santos para Deus, devemos responder com fidelidade à Igreja. Essa fidelidade envolve várias dimensões: fidelidade à liderança, fidelidade nas relações institucionais, fidelidade nas contribuições (dízimos e ofertas), fidelidade na participação da vida diária da Igreja, conforme Paulo escreve aos Coríntios: “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (I Coríntios 4:2).


Vocação: O ministro deve atender fielmente às recomendações bíblicas (Tito 1:5-9). Ele deve estar consciente de que sua vocação ministerial, quanto à sua função, responsabilidade, atuação na sociedade e relacionamentos com sua liderança e liderados, deve ser pautada pela fidelidade. É necessário que cada obreiro seja transparente e sincero tanto no ministério da igreja local quanto em sua vida particular, ou seja, seu lar. Essa fidelidade inclui compromisso com reuniões ministeriais, pontualidade, assiduidade nos cultos e programações da igreja.

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